Favela do Pasmado

Por motivos de obras nosso arquivo inédito, bem como os livros e demais materiais de consulta estão indisponíveis, portando faremos um repeteco de posts que foram realizados no fotolog desde o início do “foi um RIO que passou”, quando possível com os textos revisados e enriquecidos. O de hoje, publicado em Outubro de 2004.
A favela do Pasmado ficava no morro do mesmo nome em Botafogo, foi removida pelo governo Lacerda e em seu lugar construído um belo parque público na administração Marcos Tamoio, com um mirante, e que em cada ano vai tendo sua vegetação original cobrindo a devastação produzida pela ocupação irregular.
Na década de 90 o parque ganhou o nome de Izaak Rabim político pacifista israelense, morto por um dos seus, fanático de direita que não aceitava a paz com os palestinos .
Na coluna “Há 50 Anos” do Jornal O Globo há a transcrição de editorial de 10 de Novembro de 1958 que dava à favela o nome de “Favela da Prefeitura”, pois, segundo a antiga notícia a PDF se omitiu desde o aparecimento do primeiro barraco surgido logo após a abertura do túnel e em pouco tempo o morro estava tomado de casebres.
Queixava-se o jornal da inércia do poder público, a mesma inércia de sempre, salvo raras exeções de ver a ocupação irregular como fonte de votos, de “toma lá dá cá”. Onde o político esperto pratica a política da bica d’água e ganha os votos dos desasistidos, que continuarão assim, pois a ele interessa que a misséria permanece, para pouco antes da eleição ele praticar mais um pequeno melhoramento na invasão e ser tratado como herói. Infelizmente com o novo prefeito, acho que teramos a continuação da omissão ( planejada e incentivada) que vem desde 1976, amplificada e muito a partir de 1982.
Foto: Cadernos do Edmundo

25 comentários em “Favela do Pasmado”

  1. Acredito que todos os carros visíveis são de fabricação nacional. Destaco o ônibus Metropolitana amarelo e marrom, do início dos anos 60.

    1. Há, no retorno, um carro americano dos anos 50 meio encoberto pelo Aero-Willys azul claro. Pelos carros, a foto foi tirada após 1963.

  2. Lotação, Aero-Willys (dois modelos), Rural, Fusca, favela colorida só com barracões de madeira, tempos românticos.
    Muitas vezes, indo do Colégio para aula de inglês no Leme, passei por aí a pé, sem nenhum perigo.
    Outro mundo.

  3. Sou admiradora inconstestável deste blog, procuro sempre assesa-lo, pois amo
    demais esta cidade e a minha curiosidade tem sido saciada por estas lindas fotos e suas explicações tão detalhadas. Parabéns André por este maravilhoso
    trabalho! O que me deixou um pouco extarrecida foi fato de o senhor ter referido ao suburbio com certo preconceito, já foi tempo que as pessoas deste local eram manipuladas por uma camiseta ou por um saco de feijão, nós moradores do suburbio não tivemos uma escolha melhor, em quem votar? No Eduardo ou Gabeira? Que triste dilema para nós ! Eu Da. Hilda, fiquei indignada contra oque foi dito contra nós. Lembre-se senhor André E JBAN, não é necessário ironizar, pode me chamar de mais uma PATRULHA SUBURBANA, porém
    nota-se, que quem se manifestou, fez também seu desabafo na mais pura educação,
    sendo estes ainda suburbanos ! O senhor tem todo o direito de se expressar, o blog é teu, porém o mesmo está incerido na grande rede (internet) e está acessível a todos, e eu creio que todos também podem se manifestar. Não queremos um ex-amigo virtual, pois a mais de 02 anos você está sendo um amigo
    de todos os dias. Me desculpe se eu errei na gramatica, ou não me expressei como se deveria. Mas não poderia de deixar de dar um apoio aos meus dois outros
    queixosos de sua manifestação de 26/10. Espero que você respeite a minha idade de 63 anos e não me mande: PASSAR BEM !!! Eu já vivi o bastante e uma pessoa tão exclarecida, e com grande nível de educação como você, deve me endender. Um abraço de mais uma suburnada, Hilda.

    1. Wanessa, pelos post’s antigos vc deve ter percebido que sempre defendi o subúrbio e sempre fui contra a decadência que a ele está sendo impligida.
      Porém o que combato de forma veemente é a mentalidade suburbana, não a folclórica das cadeiras na calçada, dos blocos de carnaval, do bar da esquina, da pipa, da missa aos domingos, pois a final adoro comer bacalhau e tomar cerveja pelos bares da Penha Circular ( principalmente na colônia Lusa), Braz de Pinna etc… Mas sim a mentalidade atrasada principalmente dos politicos clientelistas, e dos pobres coitados que por eles são manipulados, pois a situação de falta de educação só beneficia esses mesmos politicos, e a população cada dia mais cai num vácuo cultuiral e de falta de visão crítica.
      É interessante que a Zona Sul pode ser “esculachada” como terra de riquinhos e alieanados, mas engraçado que os moradores não ligam. mas basta chamar suburbano de suburbano, com qualquer tom de critica é o suficiente para se despachar as patrulhas, do politicamente correto. É uma pena que os próprios moradores da região se exasperam de serem chamados de suburbanos, carapuça???…… Espero que não!

  4. Vai apagar de novo e sempre, mas vou escrever de novo e sempre…
    Não existe cancro pior que os parasitas sociais que os “nossos” adÊvogados. Viver às custas do trabalho dos outros é muito bom, pelo menos deve ser para você.
    Por que a nossa “elite” é feita das pessoas com as mais parasitárias profissões???

    1. Sou da opinião que espasmos de insinificantes amebas que vivem em alguma fétida poça de esgoto de nossa cidade não devem ser amplificadas. Mas já se vc vai ficar aí dando uma de chato aí vai….
      Parasita é quem não tem opinião própria, ou então quem fica apenas querendo aparecer, no virtual, quando falta coragem de pendurar uma melancia no pescoço e sair as ruas, é Feudiano.
      Acho que você deveria primeiro conhecer quem você boquirrota opiniões sobre sobrevivência, se estou aqui te desagradando, com certeza é porque faço sucesso, dou ibope, e conquistei isso com meu esforço, se vc tem ciuminhos, me desculpe, a mediocridade é um estado de espírito. E como já falei no parágrafo a cima uma terapia pode ajudar.
      Se você quiser vir aqui e criticar, de forma construtiva, sinta-se a vontade. Mas atos circences do tipo de quem anda com mais 50 dentro de um Fusca, aqui não. Você não vai apagar, então eu também não vou, afinal não tenho paciência de ficar de babá de algum beócio que se acha o máximo. Vá se achar o máximo na sua casa. Aí você pode até colocar a roupa do Batman, do Robim ou do Capitão América, poque a casa é sua, mas não queira na casa dos outros limpar a mão na cortina.

  5. A favela hoje é a cara do Rio de Janeiro. Por ter vergonha de viver nessa canoa furada, me mudei pra bem longe …

  6. Me desculpe, Derani, mas O “Globo” (do qual sou leitor), vive criticando e denunciando as ocupações irregulares, seja na Zona Sul, na Zona Oeste, na Zona Norte. Não vejo esta “glamourização” da miséria, por parte do jornal. Quem faz isso são algumas empresas de turismo, com os tais tours por “comunidades”, bem como muitas ong’s que tentam passar a idéia de que são bairros como outros quaisquer.

  7. Acho de um tremendo baixo nível levar qualquer divergência de opiniões para as ofensas pessoais. Não sou advogado, mas acho que a classe não é formada por parasitas.
    Outra coisa: elite se tornou ofensa. Lutei a vida toda para ser elite, desde os bancos escolares até a minha vida profissional. Espero ser considerado elite em todos os lugares que freqüento.

  8. Graças a Deus esse é um Rio que passou. IMAGINA a criminalidade que ia estar nas ruas próximas se permanecesse essa zona aí?! Pessoal acha que pode morar onde bem entender. Quero me morar em Nova Iorque, então é só erguer um barraco no Central Park? Tem gente que ainda apoia esse tipo de coisa pq aproxima subir o morro pra comprar o baseado da sua casa.

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