Praça Cardeal Arcoverde anos 40/50

Nossa imagem de hoje, não é inédita, apesar de ser pouco conhecida, e mostra o primeiro urbanismo da Praça Cardeal Arcoverde feito pelo grande urbanista Azevedo Neto.
A nossa imagem, possivelmente do final dos anos 40 à início dos 50 mostra a vegetação já mais crescida em realção a uma imagem postada por nós no fotolog, em março de 2007 ( http://www.fotolog.com/andredecourt/24036413 ), onde mostrávamos a praça logo após a sua urbanização.
A foto, colorida, pode nos dar uma idéia das espécies usadas, como também da região em volta, até hoje uma das melhores para se morar no bairro, que curiosamente faz fronteira com um dos trechos mais degradados, esaurido pela especulação imobiliária agressiva do meio dos anos 50 e seu sem número de prédios com kitinettes. No fundo da imagem vemos as encostas do Morro de São João, e as ruas que a partir da praça galgam suas encostas, como a Otaviano Hudson, onde temos o único prédio alto da imagem, e a Assis Brasil, além de outras travessas e ladeiras, que fazem fronteira com um pequeno parque estadual e uma APA, que siginifica uma encosta ainda não invadida e último lar da Eugenia Copacapanensis,  ou Araçá de Praia, planta que era endêmica na região e praticamente foi praticamente extinta com a urbanização do bairro, já que só crescia em Copcabana e parte de Ipanema. As encostas da região também abrigam ruínas do Forte do Vigia, que vão além dos arcos da Ladeira do Leme.
No canto esquerdo da imagem, na encosta, vemos o prédio do antigo Hotel Atlântico, um dos primeiros hoteis sofisticados do bairro, que já existia na primeira década do séc. XX, hoje ocupado pelo colégio Sacré-Couer de Marie.
Na praça flores, algo tão raro nos jardins públicos da cidade, talvez por as praças não terem mais o “seu” jardineiro, funcionário da PDF que era responsável pelos jardins de uma praça, todos os dias, o que acabava criando laços com os moradores e frequentadores. Além de uma manutenção cuidadosa e diária.
Hoje  a praça possui apenas 1/4 da sua área projetada e é um espaço degradado pelo excesso de movimento da estação de metrô e pela total falta de manutenção