Portôes da Quinta, anos 20

Nessa belíssima foto amadora feita por Roberto Augusto Barthel e hoje compondo o acervo de seu neto, Roger Barthel, vemos os portões da Quinta, antiga residência imperial envolvido em obras de re-urbanização.
Esses portões que vieram substituir os primitivos, doados pelo Duque Northumbeland a D. João, e hoje instalados no Zoo, foram por muitas décadas os limites da propriedade da família imperial, mas com a República transformações começaram a acontecer na velha Quinta.
A transformação do palácio em museu e seus jardins em parque público provocaram mudanças geográficas, como a ida do portão literalmente para o meio da rua, como ele está nos dias de hoje. Mas nessa época apesar de escancarado o portão ainda não estava envolvido pela rotatória que existe no local hoje.
O local acabou se sofrer uma pequena reforma, vemos a gola da árvore vazia, e carroças responsáveis pelo asfaltamento. Em primeiro plano um poste em estilo francês, do modelo grande, convertido para o uso de iluminação elétrica. Até hoje esses postes estão na antiga via principal da Quinta, em péssimo estado de conservação, como aliás todos os postes históricos e antigos de nossa cidade.

11 comentários em “Portôes da Quinta, anos 20”

  1. Taí, não sabia que os portões do Zoo eram os originais da Quinta.
    Você sabe quando as vias periféricas da Quinta foram abertas ao tráfego? Acredito que tenha sido já nos anos 60/70 porque no antigo Guia Rex elas apareciam “retocadas” como outras atualizações da época.
    Existe um outro portão menor naquela rua que sai no Largo da Cancela, não sei se há mais algum outro.
    No Parque Guinle aconteceu algo parecido, mas como o lugar é bem mais apertado ficaram os “portões escancarados” mesmo.

  2. Esse local hoje em dia se encontra tomado de prostitutas em qualquer hora do dia ou da noite…
    Que tristeza
    Estão fazendo um condomínio para classe média bem perto dali, mas acredito que não deva ser um sucesso de vendas.

    1. O Museu mesmo aos trancos e barrancos começa a ser recuperado, uma de suas fachadas está quase pronta, mas o absurdo é…porque esperaram chegar a quase ruína para fazerem obras, o museu deveria ser referência para o país, poois possui um acervo que em qualquier lugar do mundo seria tratado a pão de ló como a coleção de múmias !

      1. É verdade André! Estive lá semana passada, e é realmente incrível a coleção egípcia do Museu. A familia imperial devia ter muitos contatos por lá! ehehhehehee. Trabalho na rua do Parque, portanto frequento a Quinta. O jardim está muito bem conservado, e é bonito vê-lo cheio aos fins de semana!
        Estao mesmo reformando a fachada do Museu. E de fato, as fachadas q ainda nao foram reformadas estao aos pedaços!
        Por falar em pedaços, vc poderia fazer um post sobre o Edificio Pedro Ernesto, o “Fonsecão”. Esse sim náo se aguenta mais em pé. E olha que lá estão excelentes laboratórios da Faculdade de Engenharia da UERJ (sei porque estudo lá! ehehehe)
        Abraços

  3. Interessante, não sabia que aqueles portões se alinham perfeitamente com a entrada do palácio da Quinta e nem que são originais deste lugar. A placa que tem nos portôes falam alguma coisa de serem a principal entrada da Quinta.
    Esta atual rotatória é engraçada, os motoristas que estão dentro dela não têm preferência em relação aos carros que estão chegando.

  4. Tenho uma foto com os portões da quinta bem defronte ao palácio, foram movidos para este local por Dom Pedro II. Como agora sabemos, estão no Zoológico (os originais)

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