Os torreões construídos junto com o Passeio eram incialmente mirantes envidraçados, dedicados a Apolo e Mercúrio, os mirantes possuiam trabalhos artisticos, alguns muito delicados executados em penas e conchas executados por Francisco Xavier Cardoso Caldeira, mais conhecido como Xavier dos Pássaros e fundador do provável primeiro museu brasileiro.
Durante os séculos os mirantes foram danificados pelas ressacas e sendo reformados e modificados, bem como os delicados trabalhos artísticos tendo desaparecido.
Ao final do séc. XIX o Passeio, tinha diversas atrações, como cafés cantantes, bares e brincadeiras. Logicamente os torrões foram utilizados para esse fim, como podemos ver por essa foto.
Cadeiras alinhadas em platéia, algumas pessoas já sentadas aguardando e no fundo, junto ao torreão um cavalete, certamente anunciando o programa da tarde/noite.
Essa foto é muito interessante pois dá uma escala humana aos torreões, frequentemente vistos em outras fotografias, isolado, sem nenhuma pessoa perto. Mas aqui duas figuras no alpendre de sua porta nos mostram como o torreão era grande e principalmente alto.
Comments (8)
Andre,
Repito que uma visita a teu F’log é diariamente necessária. Foi um prazer este ano e será melhor no que vem.
Bom 2007 !
RRO
Como se destruiu nesta cidade!
Bom dia, André.
Sempre ouvi dizer que as chamadas “pinturas ovais” de Leandro Joaquim, hoje divididas entre o MNBA e o MHN, estavam dentro destes pavilhões,inclusive,teriam sido feitas para tal,quando da criação do Passeio Público.
Havia alguma indicação física (placas,relevos,etc.)que indicassem que os pavilhões eram dedicados a Apolo e Mercúrio? Essa eu não conhecia.
Interessante devia ser assistir à esse “sarau” aí….
Sim Waldenir, haviam estátuas dos dois deuses gregos nos pavilhões.
Grande foto, André! Imaginava os torreões bem menores mesmo. É uma honra ser “dobradinha” com você. Abraço!
É meu amigo,que pena que o Rio de Janeiro não é mais assim…A coisa tá feia!
Abraço!
Que construção é aquela atrás dos torreões?