A visita do Rei, além de turismo nos trópicos tinha a missão e explorar o potencial Brasileiro para a aplicação dos recursos financeiros Belgas em áreas não exploradas, diversificando a economia colonial do país europeu, que nunca foi muito forte em concessões na África e na Ásia.
O Rio como sede da república sofreu melhorias, principalmente em áreas turísticas, regiões como Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Alto da Tijuca ganharam obras urbanizadoras definitivas para que o monarca, herói da primeira grande guerra pudesse aproveitar o “novo Rio” que surgia, fazia menos de 20 anos. Além disso para a cidade a visita do monarca implementou o germinar da Universidade do Distrito Federal no dia 7 de Setembro de 1920, hoje UERJ, pela necessidade de se dar um título de Doutor Honoris causa ao monarca. A universidade vinha sendo criada já ha anos, mas sem nenhum resultado concreto.
Para a cidade as obras realizadas que são notadas até hoje, é o alargamento da Av. Niemeyer, com a retificação de curvas e a criação de mirantes e áreas de pic-nic, e a construção de uma escada escavada na pedra do Pico da Tijuca.
O traçado da avenida de hoje é praticamente o mesmo do da visita do monarca, as áreas de pic-nic existem até hoje, algumas cobertas com asfalto na beira da pista, e outras mais abaixo dela em platôs nas pedras foram isoladas com a construção das muretas nos anos 70 e esquecidas por quase todos, sendo algumas usadas por pescadores. A gruta de Imprensa apesar de ser a mais conhecida só foi urbanizada poucos anos depois, na Adm. Alaor Prata.
Na foto vemos operários da PDF executando os últimos ajustes na pavimentação da via, os detalhes interessantes são: o canteiro ajardinado separando a pista de rolamento do mirante/refúgio, o pequeno quiosque junto a ele e a grande quantidade de pedras quebradas se espalhando pela encosta logo a frente.
Comments (18)
Como é bom ver esse paraiso com a mata das encostas intocada e sem construção nehuma, barraco ou casa de rico. Hj ta tudo misturado, colégio, favela, predios, motéis…
:-))
Roberto, esse trecho tirando a movimentação dos carros ainda está muito parecido, é quase em São Conrado
.. e a vegetação natural que lá existia era completamente diferente da de hoje em dia…
Bem embaixo fica, hoje, o chamado “Chapéu do Pescador”, construído na década de 60 para ser uma boate e parcialmente demolido anos depois (a cobertura de concreto, em forma de bico de pato, ameamçava ruir). Ficou tristemente famoso por ser o lugar onde encontraram o cadáver da Clúdia Lessin Rodrigues.
As árvores plantadas parecem ser palmeiras ou coqueiros, mas foram substituídas, depois, por amendoeiras, que ficaram até as chuvas de 66 ou 67. Acima deste mirante foi construída uma casa, que foi arrasada por uma barreira e arrastada quase até o mar. Morreu toda uma família , com excessão de uma menina, salva por milagre, e do pai, que não conseguiu chrgar em casa por causa da chuva.
www.flaviorio.globolog.com.br
André, pelo menos parte da Gruta da Imprensa deve ter sido feita para a visita o Rei Alberto, porque a pista é, na verdade, um viaduto, que leva o nome de Viaducto Rei Alberto, gravado em pedra.
(continuação – enviei antes de acabar)
Já li muitas vezes que o nome Gruta da Imprensa era por que o mirante junto à gruta (abaixo da pista) era destinado à imprensa, durante as provas do Circuito da Gávea, alguns anos depois.
Mas tenho lembrança de ter visto uma foto de um coquetel ou cerimonia parecida dentro da Gruta da Imprensa, com a presença do Rei Alberto. Vou ver se acho…
Boa tarde,André.
Até hoje podem-se ver as placas da inauguração,talhadas na pedra,junto ao início da pista,no Leblon.Uma delas mostra um logo inusitado,uma roda com asas.
Há uma placa semelhante no Itanhangá,próxima a um hotel vagabundo,quase em frente às pontes da lagoa de Marapendi. Seria da mesma época,construída com a mesma finalidade?
E a escada escavada no morro,ainda existe?
Sem dúvida as fotografias são fundamentais para conhecer melhor o passado. Se estiver interesado nalguma da Europa (especialmente), passe por aquí.
Está nos meus F/F.
Flávio, certamente a “gruta”já existia, mas a urbanização, construção de mesinhas, amuradas, bancos etc..foi patrocinada na Adm. Alaor Prata.
Waldenir, só conheço a placa do Leblon, a do Intanhangá eu já reparei, mas nunca a li.
A Ponte sobre o Canal da Barra é muito posterior, já dos anos 40, nessa época a Estrada Velha da Barra da Tijuca estava dendo aberta e possuia um quarto da largura atual
Que beleza!
Dos platôs, só conhecia a Gruta da Imprensa, que na vez que descí lá, parecia ser o mictório dos motoristas, tal o cheiro ruim…
Essa história da Gruta da Imprensa ser local para a cobertura das corridas do circuito da Gávea é muito interessante. Será verdadeira ?
Sim, sim é verdade !!!
Lindo tudo, a história e a foto, a vegetação era muito diferente da “nativa” de hj.
Parabéns.
Região paradisíaca. Imagine um condomínio de casas no lugar do Vidigal. Ficaria mais bonito que Positano.
Se não me engano, para este rei também foi preparado especialmente um luxuoso trem que está (se degradando, é verdade) hoje em dia no Museu do Trem.
Waldenir, a escada existe, sim, mas provavelmente sem o cabo de aço que fazia as vezes de corrimão (estava caido a última vez que vi, uns 12 anos atrás). Ainda é o principal acesso ao alto do Pico da Tijuca.
Lembrando: a Rainha Elisabeth (com “s”), que deu nome à rua, era a esposa do Rei Alberto.
Foi aí na Gruta da Imprensa que morreu afogado, em 4/11/1928, quando pescava em companhia do filho e de um amigo, o pensador católico, filósofo, jornalista e escritor, de direita radical, Jackson de Figueiredo
Linda foto, como dá saudade da decada de 60, lembro muito bem da tristeza que foi a morte da familia, que morava na casa à cima do mirante quando no temporal de l966, uma pedra de 50 toneladas rolou e passou por cima da casa e jogando no mar as duas amendoeiras do mirante. Em consequência do temporal ficamos sitiados em São Conrado por uma semana, ficou interditado Niemeyer, Estr. da Gávea, Estr. da Canoa e Estr. do Joá. Um abraço a todos.
Sou Pres. da Assoc. dos Moradores da Estrada do Vidigal, rua paralela a Av. Niemeyer aqui mencionada e contemplada.
Agora nosso atual Prefeito diz querer duplicá-la em função do elevedo fluxo de veículos e transtornos por isso causado. De transtornos nós que aqui residimos sabemos bem do que se trata. Agora buscar uma solução como esssa é simplesmente tapar buraco de incompetencia de outros por não concluirem o metro até a Barra. è importante todos que aqui residem fiqeum atentos a ese absurdo, IPHAN não deixe de enxergar a derrubada dos mirantes da avenida, e talves até a derribada da abandona Gruta da Imprensa. Isso sem contar com a derrubada da escola Pública em frente a entreda do Vidigal, quem sabe do um anexo do Hotel Sheraton (entrada de serviço), algumas casa ao longo da via ( algumas com valores bastante elevado, outras nem tanto-comunidade fique atenta). O aumento elevadíssimo de poluição sonora e de fumaça, por conta do aumebnto do fluxo de veículos. A interrupção da vista até então maravilhosa. Nas últimas chuvas de março e abril que ocasionaram danos razoáveis, assim como queda de uma escada de pedra que dá acesso a nossa rua, que até hoje mascaram uma contenção com funcionário terceirizados que não fazem mais do que tirar terra do local, tendo um risco iminente de queda do nosso asfalto e por fim a não transitação de nosso veículos, ou seja, ficaremos rpesos em casa, só poderemos sair de onibus/táxi/vans (aliás vans em excesso e sem nenhuma fiscalização). Pena lidarmos com políticos astuciosos e oportunistas. vamos a campanha do voto 000 confirmando nulidade de voto, se conseguirmos chegar a 51 do total haverá nova eleição e esses políticos cadastrados não poderão mais nessa nova, isso é Lei. vamos fazer como fizemos na retirada do Collor da presidencia, vamos nos impor e mostrar a essa classe prostituida de políticos que somos nós “quem manda na verdade”. vamos sair da cadeira, da cama, co conforto de não fazer nada. espero que em todas as tentativas que faço por menor que seja, toque no âmago de cada um de nós e façamos o nosso papel, porque se cada um de nós fizer o seu e isso virar coletividade seremos o que os poucos pensam que não é possível: a realização da vontade comum e não da individual, no que se refere ao bem comum.Grato pelo tempo perdido do essa dissertação tão longa.
Júlio chalréo- [email protected]
A Av. Niemeyer é um dos cartões postais internacionais do Rio de Janeiro e do Brasil.
É um absurdo concluirem um estudo da duplicação quando se sabe que isto já foi feito e agora querem fazer de conta que não foi feito nos anos 1990.
Aonde está este estudo e quais foram os motivos que não foi permitido a duplicação na época ????
Sou a favor das barcas ( catamarans) saindo da Recreio até o Centro, pois é barato e rápido. Trens magnéticos de suprfície.
Pq é muito mais barato e muito mais rápido para melhorar imediatamente o trânsito do Rio de Janeiro!!!!!
Vamos ter mais bom senso e praticidade para com os cariocas que já estão sofrendo com o trânsito caótico tem mais de uma década.
Que Deus ilumine todos os envolvidos com as soluções do trânsito do Rio de Janeiro.