Em relação ao mobiliário urbano há uma curiosidade, vemos na foto o processo da troca da iluminação pública, o velho poste de iluminação , no extremo esquerdo da foto, já tem preso o braço e o reator da luminária à vapor de mercúrio. Esse processo se repetiu por toda a cidade nos anos 70, onde a iluminação por lâmpadas incadescentes que ficava em belos postes de ferro fundido foi substituída pela à vapor de mercúrio em impessoais postes tubulares.
Não houve a preocupação, em lugares históricos como o Centro, Santa Teresa, e várias ruas da cidade de serem mantidos os velhos postes trocando apenas o tipo de lâmpada, mantendo-se assim uma ambiência, ainda é de se pensar que nessa época a lâmpada de mercúrio já começava a viver o seu ocaso no primeiro mundo, substituída pelas de multi-vapor metálico e de sódio.
Comments (27)
Gostei mesmo foi do DKW Belcar 1967, atrás do bonde.
Hoje em dia o gradil de ferro está muito danificando com peças quebradas e outras faltando. Apesar de tudo, Santa Teresa ainda é um lugar onde se respira um pouco do Rio de antigamente. Almoço de Domingo por alí é um programaço !
Sou doido pra passear por Santa Teresa e fotografar o que ainda restou de antigo. Mas a violência me assusta. De qualquer forma, se um dia eu for, levarei minha antiga máquina de filme e irei acompanhado !!! 🙂
Bela foto André.
Abçs.
Luiz.
Em São Paulo, no Centro Velho, TODOS os postes são antigos. Iguaizinhos a esses que a gente vê nas fotos antigas da Presidente Vargas, Beira Mar, etc, em forma de “Y” ou de “garfo”, com os globos nas pontas. Não sei se foram mantidos ao longo do tempo, ou se é alguma restauração recente.
Enquanto isso, no Rio, o Campo de Santana é um verdadeiro museu da iluminação carioca. Espalhados pelos jardins existem postes de todos os tipos, com destaque para os 4 postes que foram da Rio Branco em torno da praça central, acompanhados de outros 4 em forma de “garfo”, que talvez tenham sido da Pres. Vargas.
Rafael, acho que os de garfo do Campo de Santana também foram da Rio Branco no período 1938/39 até 1944 quando co canteiro central foi retirado, a base dos postes é igual, na realidade os postes eram os mesmos só trocados os braços das luminárias.
Infelizmente o Campo de Santana não possui todos os modelos instalados na cidade, há na estrada Joaquim Mamede em Santa Teresa há um modelo do primeiro elétrico da Light em perfeito estado ( enferrujado sem luminária, mas inteiro), mas abandonado, há um também na frente do CEAT mas está meio avariado com a instalação de um braço da iluminação de mercúrio
Os da Pres. Vargas eram praticamente identicos aos de 3 globos de São Paulo, e há dois ou três modelos no Largo das Neves em Santa Teresa.
Já em Sampa pelo que vi em algumas ruas (por fotos anigas e de hoje) os postes antigos foram reinstalados, e algum lugares não condizem com os originais do local.
Sampa possuia modelos parecidos com esse da foto, que pelo que sei estão extintos.
André,
Quando você vai escrever um livro sobre iluminação pública no Rio?
Santa Teresa, como nesta magnífica foto, já foi nossa Montmartre.
Ainda hoje, apesar da insegurança, almoçar no Aprazível é um programa do outro mundo.
Simpaticíssimos o bonde e o DKW!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Sabendo que o pessoal iria ficar curioso acabei de postar no /visaocarioca um recorte de uma foto que fiz do poste da estrada D. Joaquim Mamede, como a foto é nova coloquei lá e não aqui, dêem uma olhada:http://ubbibr.fotolog.net/visaocarioca/?pid=8733719
Falando em Santa Teresa, data máxima vênia, gostaria de dizer que a “violência” do bairro precisa ser melhor explicada.
Na verdade, o ponto realmente conturbado da região é no lado do Catumbi, mais precisamente no Morro da Coroa, Barão de Petrópolis etc. E mesmo assim, por obra e graça de meia dúzia de varejeiros de drogas (é um erro chamar aqueles infelizes de traficantes) que volta e meia trocam tiro entre si e com a polícia quando a “caixinha” não sai.
Do Largo do França para baixo, em direção à cidade, passando pelo Largo dos Guimarães e o Curvelo, o que vemos é um bairro carioca com todos os problemas (eu diria até menos) que qualquer outro bairro do Rio. Tenho convicção que se o Natureco for passear em Santa não estará mais ou menos exposto do que ir a Botafogo, Copacabana, Tijuca ou Andaraí. Com as vantagens inerentes do bairro mais romântico do Rio.
O simpático DKW é anterior a 67, pois neste ano os carros tinham 4 farois e também foi seu último ano de produção aqui no Brasil.
Ajudado pelo Jason, uma vez eu escrevi isto aqui:
http://ubbibr.fotolog.net/jro/?photo_id=7105769
“O nome DKW apareceu na alemanha em 1916 em função da criação de um carro movido a vapor – “Dampf Kraft Wagen” ou Carro de Propulsão a Vapor.
Mais tarde estas tres letras foram usadas em outras tres palavras que, com certeza, traduziam mais adequadamente o espírito da coisa : DKW = “Das Kleine Wunder” ou A Pequena Maravilha.
De lá para cá muita coisa aconteceu…
A VEMAG SA-Veículos e Máquinas Agrícolas iniciou em 1956 a fabricação do primeiro carro brasileiro, que foi a camionete DKW Universal, logo apelidada de “Risadinha” em função de sua grade dianteira.
Em seguida a Vemag produziu o sedan e o jipe Candango, e, em 1962, a camionete e o sedan foram batizados de Vemaguete e Belcar, respectivamente.
A Vemag encerrou a produção destas fumacentas gracinhas em 1967, quando então foi absorvida pela Volkswagen.
Nesta foto temos tres Vemaguetes, sendo que a do meio é o modelo popular que era chamado de Pracinha, e a da direita, a azul, é da última série, fabricada em 1967 com algumas reestilizações feito seus quatro farois dianteiros.
(Agradecimentos especiais ao meu amigo Jason, que sempre corrige e atualiza minhas informações)”
Eu jurava que o DKW da foto tem quatro faróis… André, você deve ter a foto com maior resolução.. dá para ver ?
O Belcar é dos antigos João, apenas dois farois e grade pequena
Acabei de visitar o Campo de Santana e confirmei que os postes “garfo” realmente têm a estrutura idêntica aos “clássicos” da Rio Branco que estão junto deles.
Como estava com pressa não vi com muito cuidado, mas no restante do parque a maior parte dos postes é daqueles simples com um globo em cima, alguns de concreto sem enfeites, outros de ferro enfeitados, inclusive têm uma imitação de trepadeira se enroscando na haste.
Tem também alguns que parecem esse da Joaquim Mamede em miniatura.
O meu pai teve uma Vemaguet 1965 que foi destruída num acidente em Paraíba do Sul quando eu era pequeno (1975, acho). Os DKW foram alguns dos poucos automóveis com motor de 2 tempos bem sucedidos. O motor tinha ainda outras particularidades como 3 cilindros, uma bobina para cada cilindro e o radiador atrás do motor.
Acho o Belcar muito interessante… um dia ainda vou ter um. Mas tem que ser pré-1967 porque aquela frente de 4 faróis era medonha…
Os de concreto sem enfeites são chamados de postes do tipo Americano, eram muito usados nos EUA, e são mais recentes, do final de década de 40 para frente, eram muito usados em praças urbanizadas nesse período, como na Edmundo Bitencourt no Bairro Peixoto, Corumbá em Botafogo e prof Silva Melo no Cosme Velho.
Eu como fã incondicional do bairro curti a foto. é bem interessante ver o bonde sem a pintura amarelo canário atual.
Acho que Santa Teresa poderia manter o piso de paralelepipedo, o que daria mais charme ao local, ao inves da lama asfaltica jogada de qualuqer jeito e mal remendada (bem isso é por toda a cidade).
No filme Cronicas da Cidade Amada, há uma historia passada no bairro, onde podemos ver o bonde na cor verde escuro, assim como eram os bondes aqui debaixo…
Alias falando nesse filme, né seu Andre?
:-))
AH!!!
Concordo com o misteriosissimo AG. Ja andei nas ruas de lá fotografando numa boa. Mais seguro que estar no calçadão da minha Atlantica.
:-))
Mas existem muitas ruas de Santa que ainda são de paralelepípedo, inclusive uns trechos da Almirante Alexandrino.
Uma das coisas que também “estraga” são alguns trechos em que os trilhos, que eram do tipo “gola”, foram substituídos por trilhos comuns de ferrovia, e ficam bastante salientes no piso, parece que vão cortar os pneus. Enquanto isso em alguns trechos (como no Silvestre) os trilhos ainda são antigos e muito mais tranquilos de passar por cima.
(Eu vi isso num site de um angolano sobre os bondes cariocas, não sei se ainda está no ar)
Caramba …. o Rafael arrasou o meu DKW… acabei de comprar um 67 vermelhinho… até que é bem bonitinho.
Nada pessoal, gosto não se discute… rs…
Mas pessoalmente eu acho que na maioria das vezes os carros são mais bonitos na forma original. Poucas vezes as modificações e “modernizações” são felizes.
Os mais velhos devem se lembrar de colocar as rodas do carro bem sobre os trilhos do bonde para evitar a trepidação dos paralelepípedos.
Era um “barato”, como se dizia na época!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
vose brazilero eh!!!!!!!!!!! 😀 joda
Santa Thereza é o nosso bairro alto, lugar de refúgio dos românticos e artistas, que mesmo cercado de favelas ainda guarda um belo cenário, uma outra escala de vida.
Lugar parecido, só conheço Alfama em Lisboa.
Amei a foto, queria muito andar neste bondinho!! Aqui no Brasil nunca andei 🙁
Bjs
O seu fotolog já se tornou referencia em matéria de fotos antigas do Rio de Janeiro.
Parabéns!!!!
Um Abraço,
Do amigo
Horácio
Concordo inteiramente com o AG. Outro dia fui com Elisa até Santa comer pizza. Descemos a pé do Guimarães até à Glória, tranquilos, batendo papo, observando a arquitetura, suspirando pelos detalhes… Foi um passeio ótimo e feito beirando meia-noite.
Passear no calçadão de copa a essa hora, por exemplo, eu não passeio