Lagoa, Grande Mortandade de 1973

foto de andredecourt en 6/07/05

Saiu no jornal, hoje que a Lagoa Rodrigo de Freitas está com suas águas contaminadas.

Ora, tal notícia é uma constatação de algo que já vai mal há pelo menos 100 anos, mortandades sempre foram “normais” na lagoa em determinados períodos, parte de um processo natural de oferta e falta de água e oxigênio, mas a ocupação a área pelo homem inicialmente com a fábrica de pólvora do Jardim Botânico, depois com as texteis, junto com desmatamentos, aterros, favelização e finalmente despejo atraves da galerias inadequadas de todos os tipos de resíduo, desde o esgoto doméstico até óleo de motor usado.
O resultado que além dos coliformes a lagoa apresenta hoje uma alta taxa de metais pesados depositada em seu lodo. Desde Saturnino de Britto se pensa num sistema de saneamento para a região, projetos de galerias, salinização nos anos 20, elevatórias e comportas foram construídas, canais traçados, bombas para puxar a água do mar planejados etc….. o grande problema é que todos eles foram executados pela metade ou então engavetados.
Hoje com a companhia de esgotos mais ineficiente do mundo a solução está longe de ser encontrada, temos apenas que fazer a nossa parte, não jogar lixo na rua e fiscalizar despejos em suas águas.
Na foto garis recolhem peixes mortos da grande mortandade de 1972/73, qual o local exato, vou deixar vocês adivinharem!!!!

Comments (28)

jban 6/07/05 10:16 …
Catacumba, perto do Corte de Cantagalo. Aquilo alí atrás, na antiga pedreira, era uma concessionária de Veiculos e depois ou antes foi de Motos. Hoje existem alguns prédios construidos no terreno.
André, essa foi fácil! Desculpe ser o estraga prazeres !!!!
João Novello
/heilborn 6/07/05 10:16 …
Corte do Cantagalo, ali onde tem o posto de gasolina.
Rafael Netto 6/07/05 10:23 …
Abri a página e tentei adivinhar sem ler o texto. Adivinhei o lugar sem muito esforço…
Eu me lembro muuuuuito vagamente da tal concessionária, eu devia ter uns 5 anos (fim dos anos 70). Depois construíram o Ed. Villa-Lobos (junto do parque da Catacumba), os demais foram construídos por volta de 1984 (quando eu corria a pé por ali, lembro-me nitidamente da construção) e os últimos foram os que estão mais perto da curva. Todos têm nomes de compositores clássicos.
Aliás tem uma coisa engraçada… o Villa-Lobos é o número 2900 da avenida, depois do parque a numeração volta para 2780.
Luiz D´ 6/07/05 10:28 …
Estou com o João. Esta foi fácil!
A pedreira, que era explorada até quase a metade da década de 60, deu lugar à concessionária da Volkswagen.
O curioso é que o trânsito da Av. Epitácio Pessoa era interrompido duas vezes ao dia, por volta das 10 horas da manhã e das 4 horas da tarde, para as explosões. Duravam cerca de 5 minutos. Como ainda não existia o túnel Rebouças e as pistas não eram duplicadas, isto não criava muitos problemas.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Luiz D´ 6/07/05 10:29 …
Complementando o comentário do Rafael Netto: a numeração da Av. Epitácio Pessoa mudou na década de 1960. Por exemplo, o prédio nº 834 (aquele de faixas marrons, diante do Viaduto Augusto Frederico Schimidt), passou a ter o nº 2120.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
lucia 6/07/05 10:30 …
Buenas!
love_kau 6/07/05 11:19 …
coisa triste, isso…
🙁
Rafael Netto 6/07/05 11:53 …
A numeração das ruas no Rio de Janeiro é algo que merecia alguma pesquisa… Além de conviverem dois sistemas (algumas ruas são numeradas por lote, outras pela distância), existem inúmeras “anomalias”, como por ex. as avenidas Armando Lombardi e Américas onde existem duas sequências “entrelaçadas”.
Em São Paulo se não me engano todas as ruas são numeradas pela distância.
Leflaneur 6/07/05 12:05 …
É ali onde estão hoje aqueles prédios marrons. Ali era uma revendedora de automóveis onde comprei meu primeiro carro. Um fusca!
jban 6/07/05 12:11 …
Se não me engano era a Auto Modelo da VW, depois Moto Modelo, concessionária Honda.
AG 6/07/05 12:58 …
A Concessionária que havia inicialmente naquele local era a Lagoa S/A e vendia carros da Ford.
Um dia rolaram umas pedras e arrebentaram vários carros. Dali em diante (ou mais ou menos por aí)a Lagoa começou a fazer água, sem trocadilho.
Curiosidade: em 1974 Nixon renunciou. Na manhã seguinte da renúncia, a Lagoa saiu com um anúncio que dizia: ” Faça como os Americanos, Troque por um Ford”.
Aos mais jovens: Gerald Ford foi o presidente que assumiu com a renúncia do Nixon.
rodperez 6/07/05 12:59 …
também acho que é perto do corte
Rafael Netto 6/07/05 13:06 …
Caramba! Auto Modelo! Era isso mesmo! Estou achando que durou um pouco mais do que eu pensava (talvez até 1983 mais ou menos).
Outra relíquia da época, que ainda está lá, é o Posto Itaipava (não sei se ainda tem esse nome), com aquela cúpula futurista. Seria coisa do Niemeyer? Lembro que deu origem a toda uma rede de “Postos Itaipava” que acabou, não sei o motivo.
Voltando ao assunto do post, nessa época que eu corria na Lagoa (cheguei a dar a volta toda quando tinha 10 anos!) teve uma mortandade e eu lembro que o cheiro ficou no ar por meses a fio.
cpessoa 6/07/05 13:42 …
É mesmo uma pena… puxa, 72/73?! E até hoje não se tomou uma solução? 🙁
tumminelli 6/07/05 13:42 …
O João matou. É ali na Catacumba. Me lembro que quando eu era criança houve uma época onde a mortandade de peixe da lagoa gerou um fedor fortissimo, que por incrivel que pareça chegava aqui no Posto 5. Nunca mais houve isso.
Uma contra parente nossa moradora da Eugenio Jardim tinha seus objetos de prata enegrecidos rapidamente pelo fedor (algo na composição quimica da putrefação dos pobres peixes)
:-))
jban 6/07/05 13:58 …
Devia ser o gas emanado pelo lodo ativo do fundo da Lagoa… Algo assim meio National Kid contra os seres abissais.
O primeiro comentário é sério… 😛
Rafael Netto 6/07/05 15:20 …
O jban tá certo. É o gás sulfídrico das emanações, em contato com a prata produz sulfeto de prata, de cor escura.
Acontece efeito parecido com o cloreto da maresia.
andredecourt 6/07/05 15:24 …
Essa mortandade que o o Tumminelli falou foi em 1982, o fedor chegou aqui no Bairro Peixoto
rbpdesigner 6/07/05 15:31 …
concordo contigo!
grande abraço!
[]s
Luiz D´ 6/07/05 16:29 …
Todos acima estão certos, ou quase.
Morei aí perto por 20 anos e não foi uma, mas várias vezes, em que todos os objetos de prata ou prateados ficaram cobertos por uma gosma preta.`
O cheiro, quando das mortandades, era horroroso.
Quanto ao deslizamento citado pelo AG, chegou a atingir parte do prédio perto da Praça Corumbá.
Uma outra pedra enorme, nos anos 60, destruiu o carro do Almirante Alvaro Alberto, que morava perto da Gastão Bahiana. Houve, então, um grande trabalho de escoramento de todo o morro entre a Gastão Baiana e a Montenegro (V.Morais) que, de tão bem feito, permitiu nunca mais haver desabamentos.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
andredecourt 6/07/05 16:36 …
Alvinho também houve um grande deslocamento de pedras e terra aí pertinho em 1987, atingindo o prédio construído no terreno do hospital abandonado, a terra destruiu mais de uma dezena de veículos dos moradores e um dos apartamentos do prédio, apesar de um dos pilares ter sido arrancado a construção era forte e aquentou os danos.
gabriel_andrade 6/07/05 17:39 …
Problemas antigos e pouco movimento para novas soluções!!!
abs.
Mauro_AZ 6/07/05 17:47 …
Aquilo e` realmente a Auto Modelo e foi la` que eu tirei no sorteio do consorcio o meu saudoso Fusca 1978, da cor branca, zero km. Fui la` pegar o carro e eles entregavam com o tanque na reserva, de modo que minha primeira providencia foi parar naquele posto do Corte de Cantagalo para encher o tanque.
criseandre 6/07/05 20:28 …
nao consigo imaginar qual seja o local.
angemon 6/07/05 21:20 …
…seu amigo precisa de um advogado, URGENTE!
corre lá!a causa é nobre!
bjs e boa noite!
Sergio Luis dos Santos 7/07/05 9:19 …
Praça Corumbá ??? A praça Corumbá não é a que fica na São Clemente em frente ao posto de Gasolina e as ruínas do Princesa Isabel ??
jro 7/07/05 12:04 …
Isso aqui tá movimentado hoje, parece uma feira livre, até no cheiro…
Jro :-)))