Trevo das Forças Armadas, final dos anos 60

andredecourt's photo de 02/05/05

Trevo das Forças Armadas

Nessa foto de 1969 vemos o trevo ainda sem vários dos viadutos que existem hoje. Ele começou a ser constituído em 1964 com a construção do viaduto dos Marinheiros, o mais a esquerda, e ao longo dos anos mais 3 viadutos foram incluídos, contando-se aí o folclórico “lá vai um” que liga o início do viaduto Rufino Pizarro ( primeiro trecho da Linha Vermelha até o Campo de São Cristóvão) a Cidade Nova.
Se repararmos bem na foto, veremos que o viaduto da Paulo de Frotin ainda não existe, nessa época ainda estava só nos pilares.
Podemos reparar ainda o conjunto habitacional Ferro de Engomar ainda em construção, bem como a Cidade Nova nesse trecho ainda totalmente intacta.
Poucos anos depois essa paisagem seria bem modificada.

Comments (28)

rbpdesigner 02/05/05 09:52 …
ótima essa imagem!!!
abração, grande!
quer dizer que acertei a lanterna do carro, né?
tô afiado….
[]s
meizinha 02/05/05 10:01 …
Muito boa mesmo!
grandprixonline 02/05/05 10:05 …
q bacana esse flog… parabéns
abs e tá add
luiz
jplages 02/05/05 10:24 …
Eu passo por aí todo santo dia !
Rafael Netto 02/05/05 10:31 …
Nessa época já existiam todos os viadutos que existem hoje. Só faltava mesmo o complexo Paulo de Frontin – Rufino Pizarro.
Já a Cidade Nova… simplesmente deixou de existir. Merecia uma série como aquela do Catumbi.
jro 02/05/05 10:34 …
Porque Ferro de Engomar??
Bom dia.
Jro :-))
Alvaro Gabriel 02/05/05 10:38 …
Quem foi, outro dia, que estava falando aqui do Mangue, isto é: da zona ?
Pois nesta foto a gente vê a Rua Pinto de Azevedo em todo o seu esplendor e plenitude.
Um velho carioca que por aqui bordeja (e diz que trabalha), requisitado por mim para ver essa foto, me falou que naquela época (não sei se é verdade, palavra) a entrada da Pinto de Azevedo pela Presidente Vargas era tapada por painéis de propaganda para justamente respeitar os olhos sensíveis da população carioca.
Como se pode supor, quem procurava a zona naquela época eram os pobres, os degenerados, os pretos e os comunistas.
Quem respeitava o Papa, era correligionário do Lacerda e da Sandra Cavalcanti, gostava do Flávio Cavalcanti quebrando disco de rock e apoiava o Movimento com Deus pela Família, via o sexo como um mal necesssário; um detalhe desagradável que Deus pôs no mundo para perpetuar as espécies.
Aquelas coisas escabrosas que se dizia acontecer em seminnários, conventos, casarões em Santa Teresa e Botafogo, bailes de carnaval com convites com senha, encontros de Presidentes com amantes em alcovas do Palácio do Catete ou em seus apartamentos na Zona Sul, bem… isso era tudo mentira.
Satisfazer “os baixos instintos” era coisa do povilhéu; a elite ia para o céu direto. Se tivesse escapulário chegava até mais cedo.
fotocity 02/05/05 10:41 …
Interessante notar que em todas as áreas onde houve uma grande renovação urbana com criação de grandes áreas vazias a cidade não se consolidou de maneira satisfatória.
Isso vale para a Cidade Nova, área da Av. Chile e Castelo. Até hoje existem espaços vazios nesses lugares. No Castelo menos, mas mesmo assim existem espaços “novos” e já bastante degradados.
A abertura da Rio Branco não está nesta lista porque, apesar de ter sido um rasgo fenomenal na malha existente, liberou apenas lotes, e não quadras inteiras. Assim a cidade pode se apropriar dos espaços e compor nova malha.
Não sei se vc concorda.
ABS!!
jban 02/05/05 10:41 …
Dois comentários:
1 – A destruição que ocorreu na Cidade Nova foi impressionante. Derrubaram tudo e não construiram nada no local…
2 – Dá para ver a vila de casa onde meus avós vieram morar quando chegaram ao Brasil, bem no final da Pres Vargas à direita de quem vai para a Francisco Bicalho. Acho que ali agora tem uma estação de abastecimento de carros pipas da CEDAE. Sempre que íamos para Petropolis, passávamos por ali, até que foi demolida no final dos anos 70 ou inicio dos 80.
andredecourt 02/05/05 10:44 …
Quem respeitava o Papa, era correligionário do Lacerda e da Sandra Cavalcanti, gostava do Flávio Cavalcanti quebrando disco de rock e apoiava o Movimento com Deus pela Família, via o sexo como um mal necesssário;
Esses iam é prá Casa Rosa, lá na rua Alice, hipocrisia sempre existiu !!!!
andredecourt 02/05/05 10:50 …
Com a Rio Branco além de só se usar lotes demoliu-se tudo, entregando a área totalmente nova. E as desapropriações foram rápidas, fora os prédios públicos perto da cinelândia não se destinou nada a nenhum órgão público, ou seja não se deu chances para ficarem lotes enormes vazios dificultando a completa ocupação da área.
Essa foi a razão do fiasco da Pres. Vargas, que além de tudo deixou um casario velho e decadente e desconexo junto a nova via, e depois ainda destinou grandes espaços a órgãos públicos, espaços esses que continuam vazios até hoje, além de proibir construções na Rio Branco o que seria o mais certo.
Já as reengenharias urbanas seguintes foram cada vez mais desastrosas
lucia 02/05/05 11:27 …
Buenas, André! 🙂
Muito interesante!
lucia 02/05/05 11:40 …
Como assim espetado???
Voodoo???
:)))
Waldenir 02/05/05 12:31 …
Realmente, a area em torno do que hoje em dia eh o Piranhao era bem mais densa.Segundo meu pai, toda a regiao entre a Praca da Bandeira e a altura da atual sede dos Correios na Pres. Vargas era uma enorme zona, no sentido sexual do termo.Ele trabalhou no antigo predio da Telefonica,ao lado da fabrica de gas do Maua, entre 1960 e 1971,passava ai todo dia.E a construcao da estacao do metro Estacio tambem removeu muita coisa.
Uma pergunta, os predios com aspecto de galpao, no canto inferior esquerdo,sao do Matadouro?
andredecourt 02/05/05 12:35 …
Poderia até ter servido Waldenir, mas a muito que o matadouro não estava mais na praça da Bandeira, nessa época a área já estava toda fracionda entre órgãos do estado da Guanabara
joelmarinho 02/05/05 14:00 …
o folclórico “lá vai um” – é muito boa … 🙂
Lefla 02/05/05 14:10 …
Alvaro está com a corda toda hoje..
Claudia 02/05/05 14:51 …
O Conjunto habitacional Ferro de Engomar, fica no Catumbi.
Aquele conjunto fica ao lado da escola Martin Luther King.
Rafael Netto 02/05/05 14:52 …
Um resumo das grandes “reformas” do Rio:
1- Av. Rio Branco. A única que “deu certo”. Acho que funcionou porque contemplou também a construção dos edifícios, e não apenas a abertura da via.
2- Zona Portuária. Um grande aterro criando ruas largas e grandes quarteirões. Acho que nunca se consolidou e hoje é totalmente decadente.
3- Castelo. Ainda existem terrenos vazios 80 anos depois.
4- Presidente Vargas. Só “funcionou” na região entre Rio Branco e Uruguaiana. Daí pra frente, sabe-se lá porque os terrenos foram deixados vazios.
5- Catumbi. Deixou um resto de bairro decadente.
6- Cidade Nova. Destruiu tudo, não sobraram nem as ruas. Quem sabe um dia implantem o Teleporto, o Centro de Convenções…
7- Metrô. Deixou um rastro de destruição pela cidade e enormes terrenos que não podem ser ocupados por força de uma lei tacanha.
Antonio Carlos 02/05/05 16:22 …
Recordo-me que na Pinto de Azevedo e mais algumas ruas que faziam parte da zona de prostituição do Mangue, as ruas eram fechadas por uns biombos enormes para disfarçar a visão de quem passava. As ruas eram apinhadas de homens circulando e as mulheres encostadas nas portas e janelas.
Na época,(década de 50), ainda garotos e virgens achavamos o máximo, hoje … chocante …
jro 02/05/05 17:02 …
De novo:
O que diabos é FERRO DE ENGOMAR?????
Jro :-))
Rafael Netto 02/05/05 22:25 …
Decourt, estarei aguardando ansiosamente a série sobre o Guanabara! Meus pais se conheceram lá e eu praticamente fui criado no clube. Mas não o frequento há quase 15 anos.
hibridocreativo 02/05/05 23:11 …
the great lines of the city!
Marcelo Almirante 02/05/05 23:21 …
Tem muita gente que chora a demolição dos imóveis na abertura da Rio Branco, por que não choram também o “arrasamento” do Catumbo e da Cidade Nova, sem falar dos ínúmeros terronos vazios ao longo da Presidente Vargas atá a rua Uruguaiana.
O que seria o “la vai um” ?
A cidade nova parece ser uma região “maldita”, meio que assombrada. Ninguém quer morar lá, apesar da proximidade com o centro da cidade, farta condução, inclusive metrô.
É uma região sem “pé nem cabeça”. Talvez por ter sido implantada sobre aterro, assim como a assustadora Francisco Bicalho.
jban 03/05/05 08:46 …
São os espíritos do Pântano…
Fernando Scofano 04/05/05 17:57 …
Interessante ver a Praça da Bandeira sem a passarela e as divisões…
Eu em lembro que há uns cinco anos atrás ainda continuava pendurado o sinal de trânsito com duas lâmpadas, alguém reparou se ele ainda tá lá?