Leme 1924

andredecourt's Foto von 24.05.05

  Leme 1924

Se minha memória não me trai essa foto me foi enviada pelo Eduardo Bertoni ( http://fotolog.terra.com.br/outromundo ), tendo sido por ele restaurada a pedido de um amigo, herdeiro da foto.
A foto é muito interessante por um pequeno detalhe.
Ela nos mostra a Av. Atlântica no Leme, já duplicada, e com os postes no centro da via, vemos também que não há terrenos vagos, todos os lotes já estão ocupados com casas, embora não vemos aí nenhum palacete ou mansão.
Mas o ponto interessante da foto é o muro escuro atrás das senhoras, há o muro e um denso jardim com coqueiros e outras árvores, possivelmente frutíferas, pois na realidade vemos os fundos de uma casa, das da primeira geração do bairro, construída antes da av. Atlântica ser aberta ou logo depois. Na realidade essas casas da primeira geração tinham frente para as ruas que estavam abertas, a Av. Nossa Senhora de Copacabana e a rua Gustavo Sampaio sendo construídas na velha mentalidade da cidade, de costas para o mar.

Comments (13)

jro 24.05.05 10:11 …
Pois eu acho esta “velha mentalidade” simplesmente o máximo!!!
Me encanta a idéia de ter o mar no meu jardim!
Muito melhor assim, sem sombra de dúvida.
Jro :-))
angemon 24.05.05 10:15 …
eu prefiro o mar na porta de casa! hahha
genial esta foto e a sua sacada!
saudadessssss
bj
jban 24.05.05 10:38 …
Isso é comum em outros paises com a praia nos fundos das casa e predios e sem uma avenida litorânea.
Waldenir 24.05.05 12:15 …
Eu nao tenho certeza, e preciso checar nos meus alfarrabios,mas creio que era neste trecho da praia de Copacabana e Leme que ficava a casa/atelier do Rodolfo Amoedo,”logicamente” desaparecida apos a morte do mesmo.
Eh uma pena,daria um otimo espaco cultural ou museu,como acontece na casa do Parreiras,em Niteroi.
lucia 24.05.05 13:10 …
Inacreditável, que já foi asim!
Buenas! 🙂
Mauro_AZ 24.05.05 13:24 …
Esse conceito de praia nos fundos da propriedade e` tambem comum na California. Invariavelmente, o acesso `a praia e` exclusivo aos ocupantes da propriedade, apesar da tecnicamente a praia e o mar nao serem parte da propriedade. Eu prefiro que a natureza seja publica e o seu acesso livre garantido `a populacao.
jro 24.05.05 15:01 …
Discordo, com todo o respeito.
Essa coisa de dar acesso livre para toda a população é discurso de político, e as vezes arrebenta com o patrimônio público.
As praias da California tem acesso ao público, só que eles lá, em grande parte das vezes, possuem ruas só para pedestres entre as casas/prédios e a areia, e coitado do fulano que sujar esta praia ou esta calçada…
Aqui no nosso país as coisas perdem o controle e o que foi bonito no passado se transforma num monte de lixo.
extremehours 24.05.05 15:24 …
show, estou fazendo um trabalho pra facul sobre década de 60, se tiver algumas fotos ae dessa época e poder enviara pra mim, bah ajudaria um monte, apesar q achei bastante coisa. flw!!
eduardo bertoni 24.05.05 18:15 …
Esta foto também é do acervo do Honório Vargas.
Esta situação de ter o quintal dando para a praia é muito comum nos litorais do Brasil onde o progresso(?) ainda não chegou.
Nos condomínios chiques de Ubatuba é tudo assim.
Frente da casa para a rua e fundos para a praia.
Abração!
Bertoni
http://fotolog.terra.com.br/outromundo
leflaneur 24.05.05 20:27 …
Vou viajar, volto segunda. Semana que vem exijo chope!
Marcelo Almirante 24.05.05 23:01 …
A Atlântica foi construída no fundo do quintal das casas da avenida Nossa Senhora de Copacabana.
AG 25.05.05 10:13 …
Não é para recomeçar essa eterna enxugação de gelo que é discutir o passado e o presente. Até porque não me vejo convivendo com as faltas e os excessos do passado; principalmente nesse nosso terceiro mundo tão carente.
Mas olhando essa foto me passou pela cabeça que os descendentes das duas moças fotografadas devem morar aí pelas redondezas. Evidente que não se pode querer que as casinhas ainda estivessem ali como se vê na estampa. Mas, cacilda !!!, também não precisava exagerar. Além de criar um novo conceito de “viver”, os tubarões isaciáveis da indústria imobiliária conseguiram fazer com que em apenas alguns anos não tenha, como na Jerusalem de Cristo, ficado pedra sobre pedra.
Calma. Não vou voltar ao velho de outro dia na cidadezinha suiça mas, caramba, não há nada hoje na zona sul que lembre, nem de longe, o que foi o Rio das pitangueiras, dos mangues, dos colibris, dos mexilhões recolhidos na beira da água do mar.
Mudar é uma coisa; tudo bem, aceito.
Agora, passar um apagador no quadro e instalar um projeto feio, desumano, suicida, aí é dose para Tamoio nenhum botar defeito.
Eu sei que esse assunto já deu no saco. Mas, desculpem, não resisti.
honorio vargas 29.05.05 13:40 …
Meu grande mestre e gurú Bertoni, tem razão.
Essa foto pertence a coleção do Honorinho.
Use e abuse das mesmas.
Grande abraço aos dois.