Cascadura, 1959

andredecourt's Foto von 19.03.05

Estação de Cascadura em 1959, típica confusão desse tipo de localidade, muita gente, bondes, ônibus e lotações disputam o grande número de pessoas que desembarcam das composições.
Segundo fontes o local permanece ainda muito parecido, o acesso à estação de trem, e os azulejos em xadrez do boteco ainda permanecem os mesmos, bem como a largura da rua.
As mesmas fontes dizem que o tempo parou, o comércio deixou de existir em torno da estação e há vários imóveis abandonados. Um retrato comum dos subúrbios cariocas, que vão sendo destruídos pela incúria dos governantes, que expulsaram suas indústrias através de altos impostos e falta de contra partidas; o ICMS com alíquota de 35% sobre telecomunicações em nosso estado é só um recente exemplo, bem como a população expulsa pela violência e pelo avanço sem controle das favelas, que como um câncer vem fagocitando a cidade sadia, ocupando áreas abandonadas ou muito desvalorizadas, que irá acarretar o mesmo efeito em área proxima e assim sucessivamente até alguém ter topete para brecar, mas quem será ????

Comments (22)

henrii 19.03.05 07:30 …
Eu tambem não sei quem e quando será….
Parabens pelo flog, é uma aula muito, mas muito agradável de conhecer a história do nosso Rio de Janeiro
paidososo 19.03.05 08:30 …
Continua o mesmo, só que mais bagunçado.Cada vez mais esquecido o nosso suburbio.
abs
[email protected] 19.03.05 08:59 …
Além dos impostos, certamente a violência é a maior culpada pelo desaparecimento das indústrias em certas áreas da Zona Norte. Na Estrada do Itararé e Av. Itaóca, em Bonsucesso/Inhaúma, foram desativadas grandes fábricas. Na área do Jacarezinho quase não sobrou nenhuma também. Nem mais com “acertos” com os bandidos (através da doação de produtos) foi possível permanecer nestes locais. Desanimador!
http://ludaol.multiply.com/
rodperez 19.03.05 09:19 …
o rio está perdido
eduardo bertoni 19.03.05 09:40 …
Belo registro!
O que o Luiz falou é a expressão da mais pura verdade.
Só não sei onde é que vamos parar por causa da violência.
Tenho negros sentimentos.
Abs,
Bertoni
http://fotolog.terra.com.br/outromundo
jban 19.03.05 09:57 …
Sem falar na fuga da classe média do subúrbio para o sonho dourado da Barra da Tijuca.
Alvaro Gabriel 19.03.05 10:16 …
André, em primeiro lugar parabéns pela coragem. Não é qualquer um que coloca o têrmo derivado de fagócito assim ao ar livre, na presença de todos, pouco se importando para o que irão dizer.
:-))))))
Em segundo lugar, você, para variar, está certíssim, como sempre. É assunto recorrente, neste e em outros flogs co-irmãos, a incúria, o desmando e a arrogância com que alguns governantes tratam àqueles que os colocaram lá no poder.
Vejam o caso, vocês sabem quem (não cito nomes para não correr o risco de vírus, que, a meu juízo, não só deveria ser cassado como ir ver o sol nascer quadrado por um bom par de anos.
Com saúde, meus amigos, não se brinca. Com saúde não se mede forças para ver quem tira mais vantagem politicamente da situação. Saúde não é moeda de troca para conquistar mais alguns deputados e secretários de estado. Gente morrendo na porta de hospitais não pode ser arma política para safado nenhum exercitar queda-de-braço para mostrar que é sagaz.
E olhem, representantes da classe mais abastada; cuidado! Não se enganem; isso tudo que está acontecendo aí tenm muito a ver com todos nós, pobres ou ricos. Caso o “seu dotor” tenha um periquipaqui no meio da rua quem socorre, em primeiro lugar, é o sistema público de saúde. Depois é que o cara vai para os Copa D`or da vida. Mas ali, na primeira instância, quem quer que seja, passa na mão da emergência do estado. Assustador, né não ?
andredecourt 19.03.05 10:55 …
Acho que o Rio já está cansado de governantes que sentam em sua cadeira e em seu gabinete com planos, fantasias, sonhos ou delírios de trocar ou o Palácio da Cidade ou o Guanabara pelo Planalto…
Nessa eles se esquecem do Rio, fazem mesquinharias e ficam polemizando entre as esferas, com o tipo “meu pirão primeiro” e nisso a cidade se F…..
Temos que ter políticos que se dediquem ao Rio em tempo integral, e não só no executivo, no legislativo também, pois é muito bonito ver nossos deputados, principalmente de esquerda (isso ainda existe ??) preocupados com questões nacionais mas se esquecendo de lutar pelas verbas para colocar a merenda nas escolas !!!
gabriel_andrade 19.03.05 11:35 …
Muita gente em 1959, ja se passaram uns bélos anos e a população aumenta!!!!
abs.
[email protected] 19.03.05 12:18 …
Pegando carona na questão da saúde: o Alvaro tem razão. Em caso de urgência vai-se inicialmente para o Pronto-Socorro público (e, garanto, mesmo com toda a crise, em caso GRAVE, é o melhor lugar para se ir. Onde,além do Souza Aguiar e do Miguel Couto encontrar todas as especialidades de urgência e com pessoal habituado com elas? Certamente não é na rede privada). Agora, a situação atual é uma piada.
O Município está do jeito que todos sabem. Intervém o Governo Federal. É o caso de perguntar: e as filas no HTO, o fechamento da emergência do Fundão, o Hosp.dos Servidores abandonado e a desgraça da Emergência do Hosp.de Bonsucesso, que são federais?
E o gestor agora vai ser o Estado. Qual? O responsável pelo Getúlio Vargas, Rocha Faria, Carlos Chagas, caindo aos pedaços? O IASERJ com UTI fechada há meses e quase sem cirurgias eletivas. O Pedro Ernesto só com problemas.Os de Saracuruna, Itaboraí, Araruama do jeito que estão?
Me poupem. É o roto falando do esfarrapado. E todos nós na pior. Francamente!
tumminelli 19.03.05 13:19 …
O seu texto está apocalipitcamente certo… Mas o Rio não mudou muito não… salvando as devidas proporções a zona norte sempre foi abandonada pelo poder publico, ainda mais agora com os problemas citados no texto…
Vou postar e breve uma foto da Dias da Cruz (possvelmente ela) em 1952… vai ver que desgraça era aquilo lá.
mapas 19.03.05 13:44 …
O Álvaro tá certo: quando enfartei, foi lá na emergência do “pé sujo” que seguraram o tranco; o hospital cheirosinho veio depois (não tinha luxo porque não sou abastado, que pena!).
Luiz, é a primeira vez que vejo alguém tratar desse assunto com idênticos peso e medida. Gostei da lucidez.
gerard_3 19.03.05 17:59 …
Nossa que caos …e eu nem tinha nascido!
:))))))))
Vim direitinho…
🙂
Bjócas!
De
Alvaro Gabriel 19.03.05 18:15 …
Quem vai a Cuba torce o nariz diante da “pobreza”. Já vi uma granfina, bater o pezinho no Hotel Nacional e obrigar o amante, intelectual famoso, a rebocá-la imediatamente para qualquer lugar do mundo no primeiro avião da Cubana que levantasse vôo do José Martí.
Entretanto, neste país “pobre” que nem tem Mc Donalds, os hospitais e ambulatórios são impecáveis. Você entar em um posto de saúde de bairro (geralmente para comprar um remédio encomendado para vitiligo) e acha que está em Oslo ou Zurich.
Entrar no Hospital Central de Havana então nem se fala; você acha que está em outro planeta.
Já sei o que você vai dizer. Que Fidel é um ditador, que Cuba não tem eleições livres, que tem não sei quantos “contras” na cadeia.
Concordo com isso tudo. Nem vou discutir o bloqueio injusto e cruel que sufoca há anos o povo cubano.
O que eu queria apenas e mostrar que aquele país pobre, sem fartura de brinquedinhos a pilha e vendedoras da Avon, tem o maior respeito pela saúde e pela educação do seu povo.
Muito ao contrário dos “democratas” de plantão (como descobri no Roda Viva de segunda feira passada ser o Zé Sarney o campeão) que não têm pena de um pobre velho, jogado numa maca enferrujada num corredor de um hospital carioca, baiano ou maranhense, esperando apenas a hora para morrer.
FMO 19.03.05 19:48 …
marcante comentário, assino embaixo.
jaymelac 20.03.05 00:35 …
C`est la barbarie, qui vient`elle, chaque fois plus vite… On n`trouvra pas jamais l`home de nôtres rêves… Il est mort, Lacerda!
f_polis 20.03.05 00:40 …
é um bonde ali?
tenho fixação por bondes…
abraços
eduardo bertoni 20.03.05 05:05 …
É, meu amigo…hoje você gasta uma nota pagando ao Bradesco-Saúde ou à AMIL para ser VIP na hora que a saúde te falta porém você não pode escolher ONDE ela vai te faltar.Se for na rua, a tua vida vai ser encaminhada ao Souza Aguiar, ao Miguel Couto ou a outro hospital público qualquer e se eles não tiverem o mínimo de infra-estrutura (hoje estão a léguas do mínimo), você vai simplesmente morrer. E se morrer tá morrido.
Não tem volta e nem tem graça.
E agora como qualificar os que, como estes caras que detem a gestão da saúde, deixam as coisas chegarem a este ponto e fazem da saúde pública moeda de troca? Como?
peixynha 20.03.05 07:47 …
poie é…o tempo passa e tudo continua na mesma…ou seja…só piora!
tumulos 20.03.05 08:55 …
Concordo com a Peixynha, hoje em dia são os ônibus e as famigeradas Vans que compõem exatamente o mesmo quadro da foto acima. Um lamentpavel retratto do eterno caos no qual estamos mergulhados (e afundando cada vez mais).
Um abraço!
hlgvargas 20.03.05 11:41 …
Somos um povo, em que o poder constituido, nada significa (vide reportagem de capa de “O Globo” de 20/03/05).
Alí está retratada, a forma de se conseguir algo nos dias de hoje, com a “leitura” de nossas massas.
rike 12.12.05 21:39 …
ainda se pode ver pedaços dos trilhos de bonde onde ficava o antigo terminal

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