Nosso post de hoje é uma continuação do post de ontem e mostra a inauguração do sistema definitivo da orla Ipanema-Leblon, por volta de Outubro de 1975.
O sistema era totalmente integrado, da marca Philips, luminárias, reatores, lâmpadas, caixas de relês, células foto-elétricas faziam parte de um conjunto que era muito comum nas vias da cidade como na Av. Atlântica inaugurada anos antes e em vias como Av. Rio Branco, Av. Almirante Barroso, Rua Humaitá, Lagoa ( sistema mais novo) Av. Pres. Vargas……E que tinha como caracterísitica alta confiabilidade e durabilidade dos equipamentos, muitos funcionaram até o início do séc. XXI quando por falta de peças foram retiradas de quase toda a cidade algumas já bem prejudicadas principalmente na troca para a iluminação para vapor de sódio.
A demora de quase um ano entre o término das obras de re-urbanização e a instalação do sistema definitivo de iluminação, pode ser creditada a duas hipóteses, falta do equipamento na praça ou a mais plauzível a total paralização da CEE quando da fusão entre a Guanabara e o ERJ no início de 1975, que provocou grande confusão administrativa, que rende disabores aos cidadãos cariocas até hoje, mas que até o meio dos anos 80 foi absurda, como no surreal exemplo que o asfaltamento era municipal e a pintura de faixas e implantação de sinalização luminosa do estado.
E somente graças a um grande evento da cidade a ASTA em Novembro de 1975 é que essa iluminação foi instalada quase a toque de caixa, como nos bairros turísticos se implantou o plano de modernização da iluminação, instalando luminárias de mercúrio no lugar das inacendescentes da Light ou trocando as lâmpadas e luminárias com 250 W de potência instalada ainda dos anos 60 para modernas de 400W como foi o caso da Av. Nossa Senhora de Copacabana e a Av. Visconde de Pirajá.
Andre, você poderia escrever um livro sobre a história da iluminação pública no Rio de Janeiro. Alguém já fez algo assim?
Rafael, a Eletrobras, dentro da série “Memória da Eletricidade”, lançou há alguns anos “Reflexos da Cidade”, que fala sobre isso.
Exato, há mais outro livro. O que eu queria escrever, tendo acesso ao arquivo da Light, seria sobre a evolução da iluminação pública pós arco-voltáico, os dois livros sobre a iluminação da cidade não entram profundamente no assunto e as vezes até mesmo se confundem.
Só sei é que atualmente estamos às escuras.
Com poste ou vapor de sódio, tem um montão de lâmpadas apagadas e a luminosidade nem passa perto disso que esta foto nos mostra.
Olha, tenho que admitir que a Prefeitura fez um bom trabalho em Ipanema, com a instalação de luminárias mais baixas em muitas ruas. A Prudente de Morais, por exemplo, praticamente duplicou a luminosidade.
Esse é o principal problema de só aplicar postes de 9 metros de altura. Na época do início da CEE implantou-se também postes de 7.5 metros, mais adequados para ruas arborizadas, pois normalmente ficam abaixo da copa. Mas algum tecnocrata unificou para a partir de 9 metros, com a alegação, certamente, que mais alto há maior propagação da luz, esquecendo-se das árvores
No Leblon, até eu sair de lá há uns 5 meses atrás, estava um breu em quase todas as ruas.