Ed. Marquês de Herval e parte do Castelo, anos 50

Hoje temos uma das raras imagens do Ed. Marquês de Herval com sua fachada original, com o intricado sistema de brises-solei ainda instalado, tal mobilidade da fachada deu ao prédio o apelido de ” Tem Nego Bebo Aí”.
A foto ainda nos mostra bons detalhes, com os dois prédios da segunda geração da avenida, um deles do Cineac Trianon, demolidos nos anos 70 para a construção do desproporcional Ed. Século Frontin, no pé da imagem vemos o enorme terreno vazio, onde antes estava o Liceo de Artes e Ofícios desde os séc XIX, expulso da região central por uma nebulosa operação do governo Vargas, até hoje pouco explicada, mas com cara de vingança. No seu lugar foi construído anos depois do prédio da CEF.
A Av. Almirante Barroso tgem seus dois PAs em conflito, o arborizado e estreito da era Passos, e o largo e estéril da abertura da Esplanada. Os PAs só seriam unificados no início dos anos 70, com a demolição dos prédios do Derby e do Jockey, abrindo o recuo necessário para a unificação dos dois trechos da avenida, que foi reformada, ganhando os largos canteiros centrais de hoje, mas causando a extirpação da calçada do único imóvel que respeita o natigo PA, o prédio do Ministério Público Federal.
Ao fundo vemos o terreno vago para o novo prédio do Jockey, o Ministério da Agricultura e as ruínas do Bairro da Misericórdia.

8 comentários em “Ed. Marquês de Herval e parte do Castelo, anos 50”

  1. É impressionante o nível de degradação urbana atual desta parte da cidade.
    Não há conservação, as calçadas já começam a mostrar a terra com a soltura das pedras portuguesas, caos urbano, camelôs em profusão e edifícios em decadência total. Inclusive o Século Frontin que está tomando o mesmo caminho do Ed. Av. Central e o próprio Marques do Herval.
    Isso em plena Av. Rio Branco.
    Hoje o lado menos pior da Rio Branco é entre a Pres Vargas e Praça Mauá, por incrível que pareça.

  2. A foto deve ter sido tirada daquele prédio avermelhado na esquina da 13 de Maio.
    Quanto ao Marquês do Herval, torçam para não acontecer um incêndio. Os corredores são revestidos com lambris e as escadas são abertas, sem nenhuma separação dos corredores.

  3. Estou procurando a quase ums 3 anos o antiquario que estava no Ed. Marquês de Herval em uma loja no subsolo. Gostaria de saber para onde mudou ou se fechou.

  4. Muitas lembranças desse edifício. Foi nele que, em 1973, funcionava, acredito na primeira sobreloja, o cursinho pré-vestibular ADN.Terminava a aula, por volta das 11:00 da noite. Dali partia a pé até à praça 15 pra pegar o ônibus e voltar pra casa na Vila da Penha. Enquanto o ônibus não vinha, aproveitava para comer um prato do “Angu do Gomes”. Saudades.

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