Por motivos de obras nosso arquivo inédito, bem como os livros e demais materiais de consulta estão indisponíveis, portando faremos um repeteco de posts que foram realizados no fotolog desde o início do “foi um RIO que passou”, quando possível com os textos revisados e enriquecidos. O de hoje, publicado em Janeiro de 2005.
Uma fantástica foto da Av. Beira Mar na região do Russel nos anos 20.
A estátua à direita é o monumento em homenagem ao Almirante Barroso, de autoria de Correia Lima, ela foi inaugurada em 1909 e ficou nesse lugar até ser transferida para dentro da praça Paris em 1977, o curioso é que o urbanismo no local até hoje indica a presença de algum monumento como a forma dos canteiros e a presença de dois postes antigos da Light com três luminárias que até alguns anos atrás sustentavam enormes refletores de cobre da General Elletric para lâmpadas incandescentes de mais de 1000 watts.
No meio da vegetação à extrema direita podemos ver a torre da casa da família Pareto, um belo palacete aristocrático, demolido no início dos anos 70 para a construção do segundo bloco do prédio da Manchete.
Essa foto é belíssima e nos permite observar com detalhes o mobiliário urbano usado na época, observamos que as lâmpadas de arco voltaico já tinham sido substituídas por unidades à tungstênio, o canteiro central ainda era bem largo, pelas minhas informações ele foi estreitado e as pistas alargadas do Russel ao Morro da Viúva na década de 40. As belas palmeiras imperias se mostram muito viçosas, e o pouco volume de tráfego permitia a manutenção de bancos rente ao meio fio (podemos ver no centro-direita da foto, entre os dois postes de globo redondo em estilo francês) .
Foto de autoria de Constante Ballvé, e da coleção de Honório Vargas.
Bravo pela bela foto.
Qual foi o motivo pela a mudança de local do monumento ?
Nessa época a Av. Beira-Mar era de uma beleza ímpar.
Perdemos a Beira Mar e ganhamos o Aterro. Sei não, mas ainda fico com a primeira.
Encanto de cidade. Não foi por acaso que um renomado urbanistas estrangeiro batizou a Beira-Mar como a mais bela via litorânea do mundo.
Notaram a limpeza da rua (creio que à época, chamavam de “leito carroçavel”, he, he), bem como das calçadas, e o gramado aparado e sem falhas? Cada vez que que vejo uma foto dessas, me deprimo ao comparar com o Rio de hoje, completamente imundo, mal cuidado, abandonado mesmo.