Barra da Tijuca, 1980

andredecourt's foto van 6-6-07

Barra da Tijuca 1980

Nessa foto da Barra quase no final da nossa linha do tempo vemos que o bairro ainda contrastava com o resto da cidade pela sua baixíssima taxa de ocupação.
Mesmo com a abertura do sistema de túneis e elevados do Joá, tão importantes como bonde e o Túnel Velho foram para Copacabana 80 anos atrás, o bairro ainda se encontrava pouco povoado.
O transporte já era um problema, pois o bairro foi criado pensando-se no transporte individual e numa futura linha de metrô, que pelos planos do Estado da Guanabara estaria concluída em 1996/98, quando os acessos começassem a ficar complicados. Nessa época os moradores contavam com pouquíssimas linhas de ônibus, quase todas apenas de passagem e a linha Frescão Castelo-Alvorada inaugurada poucos anos antes.
Essa linha era sempre usada praticamente pelas mesmas pessoas que iam à trabalho para o Centro da cidade, e dada a baixa taxa ocupacional do bairro muitas vezes o motorista aguardava alguns minutos algum passageiro habitual que não estava no ponto, pois poderia estar atrasado.
A foto mostra que mesmo o Tijucamar e o Jardim Oceânico loteamentos antigos do bairro, que por isso ficaram fora do Plano Lúcio Costa, ainda eram pouquíssimo ocupados, e praticamente todas as suas ruas eram de terra, situação que permaneceu até o fim da década de 80.
Ao fundo vemos o início da cortina de espigões que segmentou a vista do bairro em duas, na região de Ataydeville. Mas nessa época o único condomínio pronto, pelo menos na foto era o Atlantico Sul, outros como o Riviera del Fiore e o Nova Ipanema ainda estavam em construção, para serem inaugurados pouquíssimos anos à frente.
A Barra desenvolveu uma cultura de bairro própria nos dias atuais, diferente da cultura carioca, possivelmente pelas suas características urbanas. Sendo algo que não agrada os cariocas mais tradicionais, mas o bairro por dispor de espaços, que em breve sumirão, atraiu nos anos 80 e 90 um grande sortimento de grandes lojas, super-mercados, shopping’s e complexos de lazer, sendo essa característica importante. Mas que pela constante valorização fundiária poderá mudar nas próximas décadas. Isso se o bairro continuar viável pelos problemas de transporte que cada dia tornam seu acesso mais impossível e já começa a gerar problemas nos deslocamentos internos.

Comments (30)

jban 6-6-07 8:51 …
Havia o Frescão Santa-Cruz Aeroporto, que passava pela Barra e era a salvação de quem morava na região.
alo_helo 6-6-07 9:24 …
Como ainda tinha verde, eu costumava passear muito por aí, nesta época, o Rio era menos problemático para passeios.
[email protected] 6-6-07 9:33 …
André, me desculpe, mas nessa época Nova Ipanema já tinha gente a morar pelo menos desde 1978, pois em 1979 namorei um menina que vivia na Nova Ipanema e o Novo Leblon também tinha ficado pronto há pouco tempo e acho que já estavam pessoas também a morar ali.
/andredecourt 6-6-07 10:56 …
Opa Roberto, nessa época o Nova Ipanema só tinha a parte de casas 100% pronta, acho que os edifícios foram sendo construídos até 1982, e sâo deles que mencionamos, pois as casas já eram previstas no plano Lúcio Costa em grande parte da região.
Em Setembro 1974 a transação imobiliária entre o Chines da Barra ( ESTA SA ) e a Gomes Fernandes foi assinada, e o traçado urbano interno delimitado criado, inclusive com a destinação do terreno para a escola e ruas.
Já o Riviera é de 1981 e se não me engano o Atlântico Sul de 1977/78
derani 6-6-07 10:59 …
Nesta época também já havia o Barramaris.
Mas, se nada for feito, e quase afirmando com certeza que nada será feito, o trânsito simplesmente vai ser impossível em cinco anos, gerando um caos total e talvez com a proibição de gente de outros bairros irem de automóvel à Barra para que os moradores possam circular pelo menos lá dentro.
Qualquer projeto que se começasse agora, exceto o transporte marítimo, iria demandar mais de 5 anos para ficar pornto e ser viável.
tumminelli 6-6-07 11:14 …
Não suporto esse rascunho mal feito de Miami.
Lembro-me da Barra vazia quando íamos para o Nevada Praia Clube, isso nos anos 70. Hoje é um caos! O Nevada nem existe mais…
:-))
[email protected] 6-6-07 11:26 …
André, pode ser até que os ultimos edificios da Nova Ipanema foram concluidos até 1982, mas essa minha namorada morava na Nova Ipanema, pelo menos desde 1979, em um dos prédios de frente para o Barra Shopping, e me lembro de ir a casa dela e ao ir ao cinema com ela no Barra Shopping que tinha acabado de abrir e na hora de voltar para casa pegar o onibus 524 até São Conrado onde eu morava, tudo isso já em fins de 1981.
buraite 6-6-07 11:52 …
Conheci a Barra em três momentos diferentes:
Nos anos 70, quando a atual Ayrton Senna, antiga Alvorada, era apenas uma língua de asfalto entre charcos e dunas e que atravessávamos os canais em precárias pontes de madeira, cuja areia da praia fazia barulho quando pisada e o horizonte era totalemnte limpo, com exceção da Torre do Athaydeville, ainda no esqueleto.
Nos anos 90, pré-urbanização da orla, com seus quiosques ainda remanescentes dos trailers, suas ruas de terra e paralelepípedo, do trânsito fluido, levava-se menos de 20 minutos para sair da Zona Sul e chegar na Barra.
A agora até o ano passado, quando morava em Jacarepaguá e ia sempre ao bairro, agora com suas vias entupidas de carros e com seu transporte coletivo precário, os condomínios atropelando-se uns aos outros, e a “fronteira” da Barra invadindo bairros de Jacarepaguá como Camorim e Anil.
A continuar desse jeito, não só a Barra, mas também Jacarepaguá será destruída pela especulação imobiliária, só em um projeto previsto para onde outrora foi projetado o Centro Administrativo do Plano Lúcio Costa estão previstas 80 mil unidades habitacionais.
Será que existe tanta gente assim para morar nesse lugar da cidade?
Júlio 6-6-07 17:52 …
Posso parecer meio maluco, mas quando vejo algumas praias de Floripa, com uma larga faixa de terreno adjacente ao mar onde não há construções (Praia de Moçambique, Joaquina, p.ex.), fico imaginando como poderia ser a Barra. Agora, o que não dá pra engolir é aquele monte de loja com nome americanizado, sem falar naquela estátua da liberdade ridícula.
alwaysmara 6-6-07 18:35 …
Muito legal,não sabia nada sobre a antiga Barra!
Aprendi!!
bjuuz
panoptico 6-6-07 18:47 …
Eu morava lá nessa epoca!
Fiquei de 1981 até 2001. Tenho fotos bem legais do bairro logo no início.
Abc
Rafael “Junior” 6-6-07 18:49 …
A Barra tem seus problemas sim,como a ligação com outras regiões da cidade apenas por meio rodoviário,ao passo que o restante da Z.Oeste-exceto Barra,Recreio,Vargens e Jacarepaguá- e Z.Norte e Z.Sul possuem transporte de massa(com trens e metrô,respectivamente).Esse problema que se torna mais evidente a cada dia que passa diminui a qualidade de vida dos que demoram mais de 4h para ir trabalhar no Centro,e depois voltar.Mas ainda assim,eu a vejo como uma das melhores opções para se viver no Rio,na minha humilde opinião infinitamente melhor que a Tijuca e tão boa quanto a Zona Sul.Quem vive e trabalha na Barra e está acostumado as suas longas distâncias(pra quem não sabe, Barra,Jacarepaguá,Recreio,Vargem Gde. e Vargem Pqna juntas são 5x maiores que a Zona Sul),simplesmente não se pode conceber sua vida sem carro,e não sofre com esse problema de fluxo de carros Barra-Centro(via Z.Sul ou Linha Amarela)de manhã e o contrário a noite.Penso que o problema em si não seja esse,e sim a sua conexão com as demais regiões do Rio,cuja concepção é totalmente distinta.Com transporte de massa adequado,distâncias são vencidas facilmente.
Rafael “Junior” 6-6-07 18:52 …
O que não se vence da noite pro dia é a idéia de que”Barra é o fim do mundo”(frase que ouço todo dia na minha faculdade,no centro,e que é frequentada em sua maioria por moradores da Zona Sul e Tijuca – nada contra,não se determina caráter pelo lugar em que se vive,temos todo tipo de pessoa em todos os bairros da nossa cidade- ).Para aqueles que criticam a Barra por ser americanizada(sim,também ouço isso sempre por lá com uma frequência incrível),vale lembrar que a Av.Central era “afrancesada” e nada tinha a ver com as ruas coloniais do Centro,também sendo uma outra concepção que ganhou seu espaço.André,parabéns pela foto,você por acaso teria mais registros dessa região??Um abraço a todos,amigos,tenham um bom feriado
Rafael “Junior” 6-6-07 18:53 …
Onde escrevi “não se pode conceber”,por favor leiam “não pode conceber”
🙂 🙂
Rafael Netto 6-6-07 20:37 …
Dessa época, lembro do lançamento do Riviera dei Fiori, e das idas ao Carrefour, passando pelo “gargalo” da ponte do canal de Marapendi que era uma só. A praça José Bernardino era um pântano. Íamos a uma churrascaria na esquina da Av. Gilberto Amado (de terra) com Olegário Maciel, parecia beira de estrada no interior. O Barra Shopping também foi inaugurado nessa época, 1981.
O Atlântico Sul já estava de pé em 1980, porque o nosso telefone foi comprado de um cara que mudou pra lá.
E é bom lembrar que todas as ligações da Barra com o restante da cidade, com exceção de Guaratiba, são dominados pela “outra sociedade”. Tal qual o litoral da União Soviética na época da Guerra Fria…
andrepostarek 6-6-07 20:39 …
Faço minhas as palavras do Rafael “Junior”.
só faltou a plaquinha 6-6-07 20:45 …
só faltou na foto a plaquinha “sorria você está na barra”, o que fazia a minha alegria enquanto moleque, pois era a confirmação que a praia estava próxima!
Marcelo Almirante 6-6-07 20:52 …
Além dos problemas crassos de planejamento, até propositais visando o lucro do lobby rodoviário, a Barra é um subúrbio distante, onde os cariocas se sentem “fora de casa”. Um estrangeiro além túnel.
Rafael “Junior” 7-6-07 12:48 …
Os moradores da Barra TAMBÉM SÃO cariocas,Marcelo.Acho que uma concepção sobre o que é ser carioca não deve se restringir apenas a uma localidade em especial da cidade,sendo o carioca um somatório de diferentes tipos de diferentes lugares,ao contrário do que se imagina por aí,inclusive fora do rio.Todos os amigos que tenho e que vêm de outros estados,ao chegar aqui se surpreendem quando vêem que o carioca não corresponde ao estereótipo que se tem em vários lugares do Brasil,e que são muito mais do que a novela que se passa no Leblon mostra pra eles.
Mas,sobre o planejamento da Barra não te tiro razão quando você diz que o lobby rodoviário é fortíssimo nessa região da cidade,de fato,sem o transporte individual(automóveis),a Barra se torna complicada para seus moradores,a escala do homem diante do espaço é de fato muito diferente.Quando ando pelas ruas estreitas do centro da cidade,posso percorrer a mesma distância do que de um trecho a outro da Av.das Américas que sempre tenho a impressão de que andei muito menos,em virtude exatamente disso.
Rafael “Junior” 7-6-07 12:49 …
Quando um ponto de referência está longe e pequeno em um lugar descampado,tem-se a impressão de que o caminho é muito mais longo e árduo do que se esse percurso é feito em um local onde outros referenciais surgem e desaparecem ao longo dessa trajetória.
A expansão do metrô rumo a Barra promete ser uma batalha homérica,hajavista que existem muitos interesses que não querem de forma alguma que o transporte rodoviário perca sua primazia na região.
Um abraço a todos
zecarioca 7-6-07 13:16 …
Excelente registro!!
dexteram 8-6-07 16:41 …
Realmente, as reformas do centro da cidade no início do séc. XX tiveram uma matriz estética frencesa(o que NÃO transforma, absolutamente o Rio de Janeiro em uma Paris Tropical), mas a influência norte-americana não só na barra, nem só no Rio, é algo que merece uma profunda reflexão.
Na minha opinião, o que nos ocorre, é um problema extremo de IDENTIDADE, que deve ser encarado como um processo de longa duração, com suas raízes na colonização portuguesa e na inserção do Brasil na sociedade ocidental, segundo o modelo do antigo sistema colonial e dentro do paradigma da modernidade.
A Europa , de uma forma geral, sempre se viu como modelo civilizatório e nós, mestiços, como escória,sim, escória mesmo, que só é tolerada por sustentar a sua opulência.
O mais impressionante, é que nós aceitamos e reproduzimos esse discurso como se fosse verdadeiro, em um excesso de referencial externo.
Os Estados Unidos, como um novo modelo estético e cultural, nem precisaram colonizar fisicamente essa terra para nos explorar tal qual os nossos ancestrais lusos; não determinando, porém contribuindo pesadamente para a nossa disgraça como povo, apesar de nosso potencial. E nós, achamos tudo lindo, até aquela estátua risível á frente daquele “SHOPPING CENTER”. FRANCAmente…
Pobre Rio de Janeiro, pobre Brasil
Raphael 10-6-07 3:57 …
O que não se fala é que o New York City Center foi concebido como um Shopping Temático, a idéia era justamente essa. Lojas que não existiam no Rio antes dele, boate com a identidade toda Nova Iorquina (Studio 54 e Slávia), uma GameWorks imensa e com um excelente restaurante… pena que foi perdendo-se esta característica, ainda mais após com a sua incorporação ao Barra Shopping pelo grupos Renasce.
Quanto ao fato do rascunho da Miami brasileira, da americanização do bairro, acho pura besteira pois não é um problema (se for realmente um problema) unicamente da Barra e sim de todo Rio de Janeiro, inclusive no interior do estado, pois cada prédio comercial novo se chama Tower, ou Center, ou Business Center. Acho sim que existem muitas expressões práticíssimas na lingua inglesa e que essa coisa de americanização da língua nada mais é do que fruto da globalização e troca de cultura hoje em dia. Lembre-se que o café brasileiro, a tecnologia na exploração de petróleo, a tecnologia em etanol (alcool), a mão de obra brasileira (seja ela em quaquer nível de experiência) é extremamente influente, e com os EUA não é diferente, porém este tem a língua de influência. Acredito que o problema não é da influência da língua e sim da síndrome de inferioridade de alguns brasileiros (cariocas ou não) como o amigo dexteram acima e o tuminelli.
Raphael 10-6-07 4:00 …
Acho ainda que o Recreio é atualmente o melhor lugar pra se morar, nascí em Nilópolis, morei no Grajaú e Ilha do Governador. Frequento todos os bairros do RJ e o Recreio é disparado o melhor, arquitetura com prédio baixos em sua orla, ruas bem definidas apesar de algumas em estado precário, completamente diferente do caos da zona sul. Para mim a zona sul é horrorosa e a cada dia se afunda em sua podridão. Moradores da Tijuca teimam em achar seu bairro cercado de favelas o melhor do RJ porém não se pode sair de casa após as 20h ou seu risco de ser assaltado multiplica-se por 10, nem na baixada o risco é tão grande.
Tomemos como fundamento as seguradoras de automóvel pois não existe “exemplo” melhor de análise de risco de moradia. A Barra e Recreio hoje são os locais que possuem os menores valores para assegurar um carro.
E não se fala também que esta região foi se tornando um polo de entretenimento, as melhores boates (fora a Baronetti em Copa ou Ipa, sei lá), bares onde se tem espaço para sentar, excelentes restaurantes, os melhores cinemas, parque aquático e até a infeliz Terra Encantada que foi feita visando o fracasso pois não existe lugar para expandir suas instalações.
Raphael 10-6-07 4:14 …
Ao menos aqui não acontece como em Copacabana, onde um infeliz aluga a parte de cima de um beliche num quarto de um apartamento com mais 10 pessoas só p/ dizer que mora em Copacabana. Existem sim barrenses que bebem água e urinam perfume, mas pelo menos estes alugam o apartamento inteiro…
A Barra e o Recreio com seus condominios fechados, ainda são infinitamente melhores que a zona sul, tijuca e afins com suas inseguranças na porta, raramente se ouve ou lê-se noticias de apartamento invadido dentro de condominio, coisa comum em outros pontos do Rio. O índice de violência cresce a cada dia ? com certeza, mas grande parte dele não chega dentro do condominio, restringem-se aos locais públicos.
Enfim, pode ser rascunho mal feito de miami, pode ter americanização do que for, pode ser taxada de fútil e insuportável, mas a qualidade de vida aqui é indiscutivelmente superior a qualquer outro bairro da capital, portanto pra mim isso não passa de inveja de quem não mora aqui… hehehehehe 😀
dexteram 11-6-07 13:30 …
Caro Raphael
Respeito sua opinião, pois a realidade se impõe a qualquer discurso. Definitivamente, nem eu, mem ninguém consegue escapar atualmente a essa influência externa. O que peço é uma REFLEXÃO, não apenas como um exercício intelectual, mas sim , visando uma melhor compreensão da realidade, para um maior agir no mundo.
Acho muito bom que você goste do seu bairro, não tenho nada contra o recreio, mas sinceramente, não tenho uma visão bairrista, nem me sinto inferiorizado pelo lugar onde moro (O Méier). Acho que a cidade toda está interligada e sofre com os excessos, com as carências e com a negligência.
E para se sentir inveja de alguma coisa, é preciso fazer um julgamento positivo sobre essa coisa, e não acho positivo esse abismo existente na nossa sociedade que gera esse tipo de comportamento.
Não sou marxista, mas li, certa vez, uma frase sua que dizia: ” A condição para libertação é consciência da sua sujeição”
Com todo Respeito
Local Eterno 15-6-07 11:29 …
Andre, otima foto da vista da Barra, tirada da Joatinga.
Quanto aos predios, bom o Hotel Tropical, foi o primeiro, entre o “postinho” e o Quebra-Mar. Ja o Barramares, Atlantico Sul, Nova Ipanema e Leblon, e Riviera di Fiori, tiveram suas torres construidas e habitadas no final dos anos 70. Meus pais se mudaram para a Barra em 71, e meus avos tinham “casa de praia” desde o inicio dos anos 60.
Eu estudava em Ipanema e minha mae fazia o trajeto da ida e volta 3 vezes ao dia (durava 15 minutos). Em 1979 o colegio Veiga de Almeida, junto com o Anglo-Americano abriram suas portas e passei a estudar no Veiga. A Barra sempre foi e sempre sera diferente do resto do Rio, mas e acima de tudo e parte do Rio!
Meus pais continuam vivendo na mesma casa, em frente a praia, desde 1977. Para eles nao ha nada melhor que as caminhadas pela praia com amigos e os mergulhos no mar (ainda limpo 90% do dias, corrente de leste!). E logico que a visao dos que nunca moraram em frente desta praia e mar e visitam somente nos finais de semanas e deturpada. Ipanema tem seus excelentes restaurantes e bares que adoro. Lugares diferentes que fazem parte da querio Rio de Janeiro.
Local Eterno 15-6-07 11:48 …
Um fato interessante e que apesar de ter crescido, mais de 2/3 dos predios da Barra tem areas de lazer: piscina, quadras de esporte, etc… Quando era crianca e vivi por 2 anos em Ipanema, eu nao tinha onde brincar. Eu vivi eu um predio com somente um playgrond sem graca, e dependia do meus pais para ir a praia. Para os que tem filhos, gostam da praia e de esportes, a Barra apesar de seus problemas ainda e um oasis na nossa cidade.
A Barra cresceu, mas se vcs olharem as fotos de Ipanema e Copacabana nos anos 30-40 o que fizeram la foi bem pior! Poxa, a praia de Copacabana foi ATERRADA!! A de Ipanema/Leblon tem canal de esgoto saindo na areia. A Barra nao e a mesma mas ainda e a Barra…
Local Eterno 15-6-07 14:14 …
Esta foto parece ser da 2a parte da decada de 80, ja que pode-se ver predios ao lado do Riviera.
Bons tempos os anos 80. Quebra-mar com agua limpa e as melhores esquerdas da cidade. Todos se conheciam no bairro e a dirigida a Ipanema era de 20 minutos. Mistura Fina no Itanhanga, Pavelka na Olegario. Mercado 3 Poderes, que juntamente com o supermercado do Largo da Barra foram os primeiros a alimentar a rapaziada (O Carrefour so abriu em 1976), ainda estava aberto. E as ruas ainda eram de terra. Por incrivel que pareca, apesar dos mosquitos, as ruas de terra eram bem melhor. Nao havia tantos playboys correndo de carro e o estilo rural a 20km do centro do Rio, podia ser apreciado.

7 comentários em “Barra da Tijuca, 1980”

    1. Exatamente assim como está escrito acima, no comentário de “Local Eterno”. Quanta saudade dessa Barra. Morei lá, e lembro do supermercado “Três Poderes”… lá pelos idos de 1974 ou 1975. Frequentava a Paróquia São Francisco de Paula e fazia catecismo. E foi exatamente em 1976 que o Carrefour foi inaugurado. As torres do Novo Leblon e Nova Ipanema já estavam sendo construídas nessa época… e o La Mole ainda era um restaurante novo na Avenida das Américas.
      As ruas em sua maioria de terra e eram muitos os terrenos baldios. Eu estudava na Escola Municipal Almeida Garret e morava exatamente onde hoje é o Condomínio Condado de Cascais. A minha casa era uma casinha muito simples num terreno enorme todo fechado com grandes pinheiros (não havia muros no terreno). O terreno pegava duas ruas: a Avenida Armando Lombardi (na época aquele trecho ainda era av. das américas) e a rua Helios Seelinger. Quando eu ia pra escola (à pé, com minha mãe), passava por ruas completamente desertas, com muitos terrenos vazios e com muitas amoreiras pelas calçadas. Que tempo bom!

  1. Ola,
    Sou arquiteta e atualmente desenvolvo um trabalho de pesquisa sobre a Barra da Tijuca, na Bauhaus, Alemanha. Todos os comentarios e depoimentos sao contribuidores para o entendimento de como era a Barra e como e em que ela se transformou e vem se transformando nos veloz passar dos anos. Seria de enorme valor se pudessem me enviar fotos, encartes de lancamento imobiliario, jornais de bairro ou qualquer outro material que remonte e represente a memoria desse bairro. Qualquer documento atual ou antigo. Conto com a colaboracao de todos!
    Abraco,
    Renata.

  2. Não quis morar na Barra por medo de mosquitos, hoje quando olho pra Igreja de São Francisco de Paula e o prédio de três andares penso, não era o meu destino.

  3. Olá moradores da querida Barra da Tijuca, morei em meados de 2001 e 2003 na Cel. Eurico de Sousa Gomes Filho. Procuro por Luis Fernando Inácio, foi colaborador por muito tempo dos Três Poderes Supermercados. Estou a 29 anos sem conhecer nenhuma informação dele, pois ele é meu pai. Quem poder me ajudar, segue meu email para informações ([email protected]).

  4. Lembro muito que nos anos 80 eu ia à praia e na saída sempre passávamos numa churrascaria que ficava na esquina da Av. Gilberto Amado, com Olegário Maciel. Era uma coisa inc´rivel, pois ficava no meio de um terreno de terra e o estacionamento era enorme, todo de terra batida também.
    Foi lá que tomei meu primeiro porre na adolescência!!! KKKKKKKKKK
    Alguém lembra o nome dessa churascaria???

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