Num ainda longinguo bairro rural, Malta documenta as obras de melhoria da velha estrada da Taquara, o objeto focado na enlamaçada via certamente é a ponte de alvenaria.
A estrada da Taquara é uma das vias ancestrais do bairro de Jacarepaguá, ligando as terras que foram originalmente do Visconde de Asseca, Martin de Sá às terras de Gonçalo de Sá, posteriormente divididas e redistribuídas entre diversos propietários no decorrer da história de nossa cidade, inclusive entre os Teles de Menezes, família proprietária do conjunto de prédios que tinha o Arco do Teles entre eles.
A ponte que vemos certamente atravessa o rio Grande.
Da velha estrada da Taquara pouco sobrou, hoje essa via tem o nome de Avenida Nelson Cardoso e é uma das mais importantes do bairro de Jacarepaguá, com farto comércio, sede de várias empresas, clínicas médicas e recentemente agraciada com um Rio-Cidade em um de seus trechos
Comments (28)
Por que é que dizem que uma pessoa tem voz de taquara rachada?
Simplesmente sensacional!!! pena que não dá pra identificar este trecho.
Agraciada ? Tá de sacanagem…
nem da para acreditar como uma cidade muda tanto.
eu adoro essas fotos antigas.
abracos,
roney
Não era só essa época que era área rural não.
Quando era criança, década de 60, uns primos meus mudaram para lá (Rua Pinto Teles, se não me engano, próximo à Praça Seca) e era mato puro!! Quando íamos visitá-los, a brincadeira era subir em árvore e caçar passarinhos…
Pensei que fosse na Tijuca…
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Jacarepaguá progrediu e se transformou em um dos lugares mais difíceis da gente sair. As ruas são muito parecidas, as praças iguais, as referências confusas, e a região é enorme. Labirinto é apelido.
Postei foto do “Panorama Palace Hotel”, cuja construção presenciei, do início à paralização, mas sobre o uso atual pouco sei. Se quiser passar lá, sirva-se…
Abração, André!
esse lugar se modificou muito,passando de uma região rural pra 1 centro de comércio e serviços.E se modificou ainda mais com o advento do riocidade.Certas regiões de jpa continuam muito atrasadas e rurais.até mesmo quem mora aqui se confunde quando vai a lugares vizinhos,além de aqui ser muito grande,tem poucas referências e sinalizações através de placas.muito boa a foto,se minha camera não tivesse pifado,eu iria me oferecer pra ir no mesmo local e bater uma de lá.
1 abraço,andré.
obs:1 post do meu bairro no dia do meu aniversario,q coincidencia!!hehehe
Fim do mundo. Essa ponte seria sobre o Rio Caronte, se não estivesse sobre um brejo (o Rio Grande), criadouro de mosquitos e viveiro de gigogas.
Pois é Lefla, mas nessa época esse fim do mundo não devia ter esgoto, favelas, poluição industrial e falta de planejamento urbano.
Era apenas um daqueles bucólicos fins do mundo, ótimos para se esconder
Não era uma simples ponte. Tinha detalhes ornamentais.
http://fotolog.terra.com.br/cartepostale
O fim do mundo fica um pouco mais perto….
Aí parece ser bem o Largo da taquara , onde o rio passa por baixo , e a estrada se bifurca em estrada dos bandeirantes e estrada de curicica , acho !
perguntas:
1- Praça Seca tem alguma coisa a ver com o Visconde de Asseca ??
2- Alguém sabe o porque do nome Jacarepaguá ?
pra que q existe google ??:
” Em 1594, Salvador transferiu as posses territoriais de toda a zona oeste da cidade a seus dois filhos: Martinho e Gonçalo.
A Martinho, menos empreendedor que o irmão, mas, por sua vez, mais afeito a aventuras, ficou com a várzea de Jacarepaguá (cuja tradução é “lagoa chata dos jacarés”). A Gonçalo, caberia toda a restinga de Jacarepaguá, áreas planas e praianas correspondentes às atuais praias do Vidigal, Gávea e Barra da Tijuca.”
Andresíssima figura,
gostei da opção precisa. Ou 1913 ou 1918.
1914 ou 1916 nem pensar; a data era uma ou outra, sem margem de erro para mais ou para menos.
Esses ermos são os tais que, na boca do povo, viraram o “onde o diabo amarrou as botas”, “casa do chapéu” ou “lá em cachaprego”.
Quem tinha parentes morando aí (todo mundo tinha uma tia que morava além do Grajaú) era como se eles estivessem no Alto Xingu. Neguinho morria lá e a parentada só ia saber seis meses depois.
Eu, sinceramente entrava em pânico quando minha mãe cismava em visitar a Luiza e o Barreira que moravam na lonjura de Santa Cruz. Nos preparávamos como se fossemos encontrar Dr. Livingstone nas pirambeiras da África. O safári levantava 5 da manhã em Ipanema e o horário provável de chegada, casos os Kurú-Kurú não nos atacasse, seria por volta das duas da tarde. Lá ficávamos o tempo necessário para os beijinhos, abraços, petelecos e apertões na bochecha. Voltávamos por volta das 4 da tarde carregados de pitangas e carambolas e chegávamos em casa, exaustos, por volta da meia noite. No dia seguinte, na Praça N.S. da Paz os coleguinhas faziam um círculo para ouvir, eletrizados, mais uma aventura da família Marques que trazia em seu histórico a ousadia de ter passado, várias vezes, da Praia de Maria Angú rumo à chamada zona rural.
e mais google:
” No tempo do 4º Visconde de Asseca, a comunidade recebeu daquele nobre uma área para construção de um jardim ou mesmo praça que viesse beneficiar os moradores da região, dando-lhes um espaço para descanso e lazer. 0 local ficou conhecido como Largo do Visconde de Asseca e algum tempo depois abreviado para Largo do Asseca e a seguir, por corruptela, Largo da Asseca e mais tarde Praça Seca. “
Tá bem, André, tá bem.
Só agora entendi que a data foi tirada de alguma anotação na foto que dizia 13 de novembro de 191…(em que o 3 podia ser um oito e vice-versa)
É este meu sanguinho português, não ligues, pá.
É isso mesmo Luiz, a praça Seca é uma curruptela do nome do primeiro proprietário das terras que ela se encontra. É o mesmo caro de Pedra de Guaratiba e Realengo, nomes que foram mudando pelo falar do povo simples daquelas regiões rurais.
Nunca entendia o porque de praça Seca, para um local que nas chuvas mais fortes fica com quase um metro de água por se encontrar no fundo de uma depressão e ainda cercada de rios e mangues
Sobre jacarepagua fiz uma pesquisa para identificar fotos de familia e achei o site:
www.acija.org.br/site/histjpa.htm
Pena que não conheça tanto Jacarepaguá para identificar com exatidão onde fica esta ponte, mas não deve ser muito longe de onde eu moro.É puro preconceito quem pensa que Jacarepagua é fim do mundo.
é o bairro do Rio onde mais se constrói e cresce a cada dia os condomínios de luxo, onde pessoas que
fogem dos tiroteios, dos “apertamentos” e engarrafamentos da zona sul vem procurar refúgio.
Nem gostamos de enumerar as vantagens de Jacarepagua, para não atrair mais gente e destruir nossa qualidade de vida.
I love Jacarepaguá.
André,
muchas gracias pelo posto jacarepaguaniano, manda mais !
epa ! “post”
Toty, tenho esse site já entre os meus favoritos há um bom tempo, obrigado pela dica
Tudo bem, Solange. Mas o fim do mundo é só uma questão de referência. Eu moro em Copacabana, que deve ser o fim do mundo para vc e outros tantos. Pra mim, Jacarepaguá é o fim do mundo, com portaria, bilheteiro e sem ticket de retorno… Sem ofensas. Sou tão carioca quanto vc e tenho direito de gostar deste ou daquele bairro, sem preconceitos.
Lefla, diz-se “voz de taquara rachada” pois há uma espécie de bambu chamada de taquara, que numa ventania forte enverga e acaba rachando e o vento passa assobiando de uma forma aguda.
Um antigo patrão meu morava pelas bandas da Freguesia na época do bonde e ele contava dos galegos e lusos que tinham plantações no Mato Alto (entre a Praça Seca e o Largo do Tanque), e que quando criança mangava deles gritando “faz favoire”. Os gajos obviamente ficavam irritados… Alguém sabe porque eles ficavam com raiva?
E concordo com um comentário acima: Jacarepaguá é um verdadeiro labirinto. Você vai do ponto A para o ponto B fazendo n caminhos, um mais tortuoso que o outro, que chega lá. Só São Paulo supera JPA nesse quesito.
Moro em Santa Maria e se vcs quiserem ter mais um pouco de lembranças procurem a historia deste local e´incrivel,o Presidente Getulio inaugurou um educandario em 1942,um hospital em fins dos anos 40 eu considero obras que devberiam ter mais importancia para a historia do nosso bairro,o educandario agora está desativada e sendo( “mal” )cuidado por uma fundação eunice weaver que não faz nenhuma obra de conservação no predio
Oi!
Vim para Portugal aos 11 anos de idade. (Hoje, só tenho 49…heheh). Morava na antiga Estrada do Capão, hoje, Avenida Marechal…?
Gostaria de ver fotos dessa época (anos 70) com a ponte ainda não reconstruída, com os matos e cipós depois da ponte…
E como será agora?
Era amiga das irmãs, Raquel, acho que gorete, mias uma rimã e irmão. Eu morava acho que no nº 72… Algué, aí se lembra de mim???????????
Olá:
Bonito ver isso do RIO ANTIGO!
Nessa época, a cidade oferecia coisas/era atraente mesmo…
Se bem que QUALQUER CIDADE ANTIGA (ou PAÍS) chama atenção: marca mesmo.
Sou tb do Rio, só que resido no RS: lembro e muito de coisas; bairros que morei – e confesso que não troco o Estado que resido por nenhuma outra grande (maior) metrópole (se bem que aqui em POA as coisas não estão fáceis!)…
Vejo que muito debatem sobre tal HOTEL PANORAMA PALACE, não é da minha época: sempre achei tal edificação curiosa…
Assim como o CORTE DE CANTAGALO também (aquelas contenções me impressionavam quando era criança!).
Há três locais no Rio que curto*: Largo do Boticário, Jardim Botânico e Teatro Municipal… Sei que se encontram diferentes hoje em dia!
É isso.
Saudações CARIÚCHAS,
Rodrigo Rosa
* As PAINEIRAS e o PARQUE LAGE também são lugares fenomenais.
Bom hein,…já tinham inventado a roda. A Prefeitura, através de seus órgãos voltados para esse tipo de estudo, deveria fazer um levantamento junto à população, colhendo informações, documentos e fotos. Algumas papelarias do bairro estão vendendo um livro do prof Waldemar Costa que contem fotos e comentários históricos de Jacarepaguá (maio de 2012).