O principal óbice era a Marinha e a Igreja, a primeira não queria que o Arsenal de Marinha ficasse tão exposto, com uma via elevada passando sobre as construções administrativas e o cais pelo qual desembarcavam autoridades. Já a segunda não queria, ou então pedia pesadíssimas indenizações para que fosse escavado um túnel por dentro do morro de São Bento, e demolido o prédio da casa Mauá, ou no terceiro traçado possível demolidos os prédios da ordem localizados na rua Dom Gerardo.
Terminava então assim o perimetral nessa foto de 1970, duas rampas faziam o acesso à Pres. Vargas e duas esperas se projetavam ao espaço esperando a continuação.
Se repararem bem a área da Marinha era cercada por grossas paredes, que tinham nessa época a função de muros, certamente restos do velho Cais dos Mineiros numa foto anterior postada pela Milu podemos ver ainda uma das sobras do velho cais: http://fotolog.terra.com.br/cartepostale:93 .
Comments (10)
Este viaduto é um dos tiros que a cidade tomou na cara!
Militares e Igreja: que dupla!
Há uma tirinha no Caderno B do JB que mostra estas duas instituições como as rainhas da opressão através dos tempos.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Tudo sempre privilginado os transporte individual.
As indústrias automobilisticas (grandes aves de rapina) agradeciam penhoradamente. Faziam umas merdas de produtos, enchiam a matriz de lucros e o povão achava que o Juscelino era maravilhoso.
Justiça seja feita, foi um pulha do Collor que enquadrou os caras e os obrigou a fazer carros decentes. Não fosse aquele escroto até hoje estaríamos fabricando sucata remasterizada.
Antes do safado, o Wolfgan Sauer dava murro na mesa do Sarney e, cheio de empáfia prussuiana, ameaçava fechar a fábrica e despedir milhares de empregados.
E olha que os alemães ainda não eram os piores.
E, de contrapeso, ganhamos escárnios como essa perimetral que rsolve o problema dos privilegiados que podem ter automóvel e esquece transporte da massa sofredora que leva três horas para chegar em casa, enlatados em ônibus e vans.
Peguei essa época em que os carros da Perimetral, na descida sentido Candelária, se misturavam com os veículos da Alfredo Agache. Mais tarde é que o fluxo foi separado em duas pistas.
Por sinal, a data de inauguração da segunda etapa do viaduto da Perimeitral é uma incógnita. Foi por volta de 1980, um pouco depois da inauguração do metrô. Mas em que data ?
Também não lembro se inauguraram direto até o viaduto do Gasômetro.
Complementando:
“… transporte da massa sofredora que leva três horas para chegar em casa, enlatados em ônibus e vans E TRENS.”
Eu tinha aqui um croqui (da época do Negrão de Lima) da Perimetral pasando por dentro de um predio, bem na altura do AMRJ. Não sei que predio. Mas lembrava muito aquele hotel na Disney o qual o trem suspenso passa por dentro.
Esse croqui foi pro espaço. Não tenho mais a imagem.
Taí uma curiosidade minha: a cronologia da construção das grandes vias da cidade nos anos 70 e 80.
Eu sei que o elevado do Gasômetro no sentido da Av. Brasil é o mais antigo de todos. Mas depois? Tem o Rufino Pizarro, o Paulo de Souza Reis na Leopoldina, o outro elevado do Gasômetro, a Perimetral, todos têm um estilo semelhante. Além da Ponte e do Túnel Noel Rosa. Foi tudo na mesma época?
Rafael, o grosso desses viadutos feitos com os tabuleiros metálicos é do primeiro governo Chagas Freitas