Vemos as obras para a construção da estação Botafogo do Metrô carioca. A estação Botafogo foi uma das últimas construídas antes do abandono total do cronograma de prosseguimento das obras do metrô como “programa de governo” pelos dois governos Brizola, e final da Linha Prioritária que se deseja contruir até o fim dos anos 70.
Inaugurada em 1981 num pacote de inaugurações de várias estações, prédios de operação e sistemas, no segundo semestre do ano. A estação Botafogo foi entregue à população no dia 18 de Agosto, junto com a Flamengo e a Catete, sendo claro a pressa na entrega da Estação Botafogo, principalmente na comparação direta de seu acabamento com outras estações como a Saens Penna, São francisco Xavier e Afonso Pena inauguradas só em 1982 e mesmo a Estação Catete, mas com seus materiais licitados antes e certamente já adquiridos.
É uma estação completamente inacabada, aliás até hoje quase do mesmo jeito em que foi entregue, faltam o revestimento nas paredes das plataformas e parte dos acessos, escada rolante em um dos acessos (Prof. Alvares Rodrigues) e principalmente roletas. A estação não conta com todas as roletas planejadas, e a falta delas ( 1/3 das planejadas ) vem sendo notada desde que ela deixou de ser a terminal nos anos 90 e principalmente com a conclusão de todas as estações de Copacabana.
Isso inviabiliza a vantagem dela possuir 3 plataformas, pois do jeito que está é impossível a segmentação já no mezanino do publico que desembarca com o que vai embarcar. Além da mistura do fluxo dos passageiros no mezanino, há a desobediência do correto uso das plataformas em muito aumentada pela falta de educação dos usuários e a falta de coerção e interesse de impo-la da operadora a Metro-Rio.
Primeiramente tais roletas já deveriam ter sido instaladas há anos, ainda mais agora que a concessionária mexeu nas roletas de várias das estações para a implatação do seus sistema de bilhetagem, inclusive criando ilógicos currais, como na Cinelândia, melhorando em muito a operação da estação, e em segundo lugar a operadora deveria orientar com firmeza os usuários mal educados que desrespeitam a ordem de embarque e desembarque, já que a segmentação é impossível no momento, evitando as constantes cenas de desrespeito e falta de educação que vemos nas horas de maior movimento.
Se a estação está inacaba no sub-solo o mesmo pode se falar da superfície. Planejada para abrigar um edifício garagem, um terminal rodo-ferroviário e um prédio comercial, contando para isso com complexas fundações, como a Estação Siqueira Campos, ligando as Ruas Voluntários da Pátria e São Clemente. Tal empreendimento não saiu do papel na época e nem sairá mais. Por isso na época da sua inauguração a estação foi entregue como uma superfície com uma urbanização precária e improvisada. Abrigando um estacionamento de integração e pontos de ônibus das linhas M21 e M22 numa paisagem árida, de asfalto e bloquetes de cimento. Que durou pouco tempo, pois em 1986 no lugar do estacionamento foi instalado o canteiro de apoio para as obras das estações até Ipanema, que está no local até hoje, fruto da falta de seriedade com o sistema de transportes sobre trilhos, principalmente nos dois governos Brizola do nos 3 “inhos”.
Tudo isso provocou uma fissura no urbanismo de Botafogo, que está lá até hoje aguardando a urbanização da área e a consolidação do PA da Rua Nenson Mandela, que iria no projeto até a Rua Gal. Polidoro.
No mínimo deveria haver um bom terminal de ônibus, permitindo a integração direta e com maior conforto. Como esse setor está amarrado só nos resta a esperança de emancipação da zona sul, pra ver se nos delisgamnos dessa canoa furada que é o Rio de Janeiro.
Teoria do crioulo doido….
Grande Decourt, esperava por uma foto como essa desde os primórdios do fotolog!
Essa foto deve ser do fim dos anos 70, não imagino de onde tenha sido tirada, pois não havia (como não há até hoje) nenhuma construção alta no eixo da rua Nelson Mandela. Será que foi do alto de algum guindaste ou torre de cimento?
Vê-se o contorno que foi feito na Voluntários para tocar a construção no local, à esquerda a antiga concessionária Gávea, depois Disbarra, e ao fundo o Ed. Bellina, um dos mistérios urbanísticos do lugar, junto com o Ed. Odebrecht e seu vizinho de fundos, todos erguidos numa época em que já se planejava o Metrô (ou mesmo durante a sua construção) mesmo assim não se preocuparam em “dobrar a esquina” deixando uma aparência de obra inacabada.
Lá no fundo da foto, na calçada do que sobrou da Muniz Barreto vinham eu com a minha mãe e o carrinho de bebê do meu irmão vindo da Sears, um pouco mais atrás o jovem JBAN tirava suas fotos “cult” em preto-e-branco…
Amigos eu vivi isso ai diariamente !!! O apartamento dos meus pais é na Muniz Barreto, “na cara do gol”. Um inferno diário com a promessa da Terra Prometida onde o maná desceria dos céus e o metrô seria o paraíso.
Essa região ainda é uma zona e o Metrô deixou uma cicatriz urbana ainda que ainda não foi curada.
A poeirada dentro de casa era absurda. E quem não viveu na Muniz Barreto pré-metrô, não tem idéia de como era boa aquela rua.
Tá sabendo da mais nova artimanha da Metrô-Rio? A sinalização de alta visibilidade no padrão que remonta às origens do sistema está sendo substituída por umas plaquinhas modernosas com muito texto em fonte pequena que só se consegue ler bem de perto. A mutreta é que cerca de 1/3 da área da placa está em branco, provavelmente para anúncios! Tá na cara que o objetivo é fazer a propaganda chamar mais atenção que a informação relevante!
E outro dia desses um cara escreveu no Globo dizendo que a Linha 1 já chegou a ter intervalos de 3 minutos entre os trens, enquanto isso a concessionária anuncia intervalos de 4 minutos como se fossem melhoria do sistema!
As plaquinhas são ilegíveis para quem não tem nenhum grau a média distância, só conseguindo ser lidas de perto, fico imaginando para os idosos.
Primeiro eles tiraram os relógios análogos para colocarem aqueles digitais, com propaganda, e agora tiram o que sobrava da ótima e legível comunicação visual do metrô planejado por técnicos, para colocarem mais propaganda. Acho que a Metro-Rio deveria operar uma agência de publicidade e não um modal de transporte de massa !
Na prática os intervalos da linha 1 estão em 4’30” minutos
Nos anos 70 o metrô foi construído para o bem estar da população, hoje ele opera para proporcionar lucro aos seus “concessionários”, tudo isso num patrimônio construído com duras penas por toda a coletividade.
O metrô que já estava abandonado desde 1982, agora foi amarrado de vez com essa gambiarra criminosa que chamal ramal 1a.
O Metrô nunca foi para valer.
Notícias fresquinhas da operação desleixada da MetroRio: http://oglobo.globo.com/participe/mat/2008/05/20/internauta_relata_sufoco_no_metro_parado_entre_as_estacoes_do_estacio_sao_cristovao-427472178.asp
É o Metrô de brinquedo. Só funciona se não for “à vera”.
Aquele trecho de Botafogo realmente ficou no abandono. É uma pena porque, pelo tamanho dos terrenos do Metrô na área, poderiamos ter grandes projetos.
Como cabeças pequenas farão grandes projetos ? Impossível
Uma das piores coisas da Estação Botafogo é o cheiro insuportável de xixi na saída São Clemente onde havia a Disbarra. Tem dias que pode-se sentir o cheiro antes de chegarmos à escada rolante.
:S