Construção da ponte

Sempre se pensou em uma ligação em “terra firme” com Niterói, desde o sec. XIX os Cariocas e Fluminenses vieram a se acostumar com propostas umas mirabolantes, outras com racionalidade .
Cogitou-se em fazer uma ponte ferroviária, túneis subterrâneo primeiro férreo, depois para veículos normais, pontes penseis tipo a Golden Gate, até um gigantesco prédio de apartamentos serpenteando a baia com uma pista em sua cobertura, esse logicamente do Sérgio Bernardes .
Os lugares de partida variavam ou da praça XV, ou do bairro da Misericórdia ou até da ponta do Calabouço.
Nos anos 60 a idéia ganhou corpo, e o governo militar resolveu fazer uma de suas obras “modestas”, a licitação se deu em 1968 e logo começaram as obras, a beleza da obra ficou muito longe de uma bela ponte pensil, mas sim de uma bruta estrutura basicamente de concreto armado, no qual a marinha à queria a mais alta possível e a aeronáutica de preferência de baixo d’água, decidiu-se fazer a ponte bem longe do centro da cidade aproveitando-se dos eixos criados no plano Diaxodis, como o Perimetral, o Rebouças e o Santa Bárbara .
Várias lendas rondam a construção da ponte uma das mais aterradoras é que em seus tubulões jazem sepultados sobre toneladas de concreto vários opositores do regime de 64, sabemos que alguns pobres “candangos” tiveram esse triste fim, mas quanto a prisioneiros políticos ainda não passa de pura lenda .
Hoje a ponte está sobrecarregada, e uma das causas foi a falta de visão e a política rodoviarista dos militares, que numa obra tão grande não colocaram nenhuma “espera” ou previsão na estrutura para que pudesse na ponte correr um transporte de massa sobre trilhos .
Vemos na foto, os vãos já de estrutura metálica, na subida do vão central, sendo terminados e montados, para depois serem assentados no topo dos pilares que já estavam prontos, na época dessa foto, 1972, a ponte já estava praticamente pronta, só faltando concluir a estrutura na área central .