Rua Salvador Correia, início dos anos 50


Nosso post de hoje mostra uma fantástica foto que mostra as dificuldades para se abrir toda a Av. Princesa Isabel nos anos 50.
De início, ainda fazendo parte dos desdobramentos do Plano Agache a duplicação pensada para o túnel Novo era muito diversa da que foi efetuada mais de uma década atrás e não previa que a larga avenida chegasse até a praia, mas sim que o tráfego fosse distribuído entre a Av. Prado Júnior, Ministro Viveiros de Castro, Atlântica e o antigo leito da Salvador Correia até o encontro com a Ministro Viveiros de Castro. Sendo realizado um alargamento nas pistas da Av. Atlântica entre a PJ e a Salvador Correia e o túnel em dois níveis, sendo o expresso ligado por um viaduto até o projetado Túnel do Pasmado que começaria na Av. Pasteur junto a Policlínica e não no nível da Av. Beira Mar.
Durante esse tempo pelo menos 2 grandes prédios foram construídos no leito do que seria a atual Princesa Isabel, o Edmundo Xavier e o Hotel Vogue, o primeiro na Av. Atlântica e o último da Salvador Correia, o qual vemos sua empena cega. Além dos prédios inúmeras casas, da segunda geração do bairro ocupava o trecho que nos anos 20 foi rapidamente ocupado pela facilidade de acesso e valorização do terreno.
Foi onde o projeto parou, de início no pequeno prédio que vemos em primeiro plano, fazia parte do primeiro quarteirão da Ministro Viveiros de Castro, pois a demolição das quadras de Tênis e sede ocupadas pelo Botafogo foi fácil de baixa indenização. Mas ao chegar na fatia mais valorizada do bairro, principalmente em prédios de menos de 20 anos que as finanças da prefeitura do DF não poderiam suportar as custosas desapropriações.
Mas em agosto de 1955 com o violento incêndio que destruiu o prédio do Vogue a prefeitura pode concluir os planos de fazer as pistas da Av. Princesa Isabel chegarem na Av. Atlântica praticamente 10 anos depois de inauguradas as novas galerias do Túnel Novo , sendo o último prédio a tombar o Edmundo Xavier, curiosamente o primeiro a ser construído, ainda nos anos 30.
Na foto podemos ver o canteiro central da nova avenida colado no muro do pequeno prédio da Rua Salvador Correia.

7 comentários em “Rua Salvador Correia, início dos anos 50”

  1. Deixa eu ver se entendi. Construiram os predios sabendo que havia o projeto de alargamento?
    Não é de hoje que tem espertinho…

    1. Augusto até os anos 40, os projetos eram diversos do que foi realizado no pós guerra, os prédios foram todos construídos nos anos 30 e início dos 40 num trecho que se pensava não ser atingido pelas obras de alargamento

  2. Em São Paulo houve o caso daquele edifício da Praça da Sé, que fora construído no final dos anos 50, (bem) vendido como um símbolo de modernidade, e que foi ao chão pouco mais de dez anos depois para a construção do Metrô paulistano. Se não me engano foi a primeira implosão no Brasil.

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