Lagoa vista do Morro da Saudade – anos 30


Nossa foto de hoje, infelizmente em resolução sofrível mostra um postal da Lagoa, mais precisamente a região da antiga Praia da Piaçava rumo ao Jardim Botânico, praia da Piaçava esta que já encontrava totalmente aterrada com o litoral original da Lagoa já em muito  afastado do seu leito original, neste trecho.
Mais a frente vemos que os aterros perdem força e as águas se aproximam do litoral original embora a ponta onde se localizava a Chácara da Bica não mais se destacava, o que indica pelo menso um quarteirão, na geografia atual de aterros além do eixo da Rua Jardim Botânico.
.Na região perto da atual Rua Gal. Tasso Fragoso podemos ver que o litoral, embora já aterrado, fazia uma marcada enseada onde a água ocupava praticamente toda a área hoje ocupada pela Sociedade Hípica e pelo Clube Militar. Mais a frente vemos a Ilha Piraquê ainda tomada pela densa vegetação que encobria a ilha formada por sedimentos depositados na foz do Rio dos Macacos, surgida possivelmente do carreamento de sedimentos oriundos da ocupação do vale logo abaixo da Estrada D. Castorina onde hoje está o Horto.
Ao fundo vemos os aterros, totalmente irregulares por de trás do prado do Jockey Club, podemos ver a grade caixa d’água que ainda fica numa das pontas da Vila Hípica, quase no eixo da Rua Jardim Botânico bem como as arquibancadas do derby.
No pé da imagem o prédio branco me parece ser o da Obra do Berço.
Esta seria uma imagem que deveríamos ter em alta definição, pois certamente ela tem muito mais a nos mostrar.

20 comentários em “Lagoa vista do Morro da Saudade – anos 30”

  1. O prédio da Obra do Berço é de 1937 e a arquibancada do Flamengo já aparece lá no fundo. O campo foi inaugurado em 1938, daí que a foto deve ser dos anos 40.
    Foto estupenda.

    1. Bem visto Luiz, não tinha reparado a arquibancada do Flamengo. Acho que a chave da datação da foto é a data da construção do hospital veterinário do Jockey, que ainda não existia na foto

  2. Andre: Como sería a zona sul na parte que rodeia a lagoa,hoje em dia sem os aterros feitos no local.

  3. Parabéns pelo site. Já acompanho faz um bom tempo.
    Vou fazer minha estréia nos comentários só pra deixar um registro. O prédio que aparece acima do acento circunflexo é o Ed. Marly da Rua Prof. Abelardo Lobo nº62. Me espanta o fato dele ser tão antigo. Segue link. http://goo.gl/maps/9VhOm

  4. Numa época em que São Conrado ainda era um deserto… atentem para a inexistência de sequer um barraco na encosta direita do Dois Irmãos !

  5. A casa na esquina da Epitácio Pessoa com Conselheiro Macedo Soares foi vendida e dará lugar a um prédio de alto luxo , com seis andares , um apartamento de cerca de 200 metros por andar , com 4 suítes e 3 vagas

      1. É apenas uma informação sobre a região , que perderá uma de suas mais belas casas para dar lugar a um prédio totalmente sem valor arquitetônico. E olha que não sou daqueles que fica lamentando por qualquer demolição. Mas essa será doer.
        Aliás , é a segunda casa em um período curto de tempo que a Lagoa perde

        1. A casa pertence à família Mader há muitos anos. Um deles foi meu colega de CSI. Que pena que vai ao chão, mas não dá para condenar ninguém por querer aumentar seu patrimônio. Isso não é especulação.
          Acho que só venderam depois que o patriarca faleceu.

    1. Eita…propaganda até aqui…putz…realmente a espculação imobiliária está acababdo com o RJ…ou melhor já acabou…

      1. Quem está fazendo propaganda , meu caro ?
        Estou apenas informando. Sem links , sem nomes , sem nada , meu caro.
        Especulação imobiliária ?
        A cidade precisa se renovar. Tem um bando de construções sem valor que as pessoas querem preservar porque mantém o ar do Rio da época da Capital Federal.
        A cidade precisa se modernizar , se agilizar , se tornar atraente para as empresas , para as pessoas. Não é porque há um grupo de meia dúzia de pessoas que gosta de prédios antigos , sem elevador e sem garagem , que esse deve ser o padrão.
        Aliás , quem defende prédios antigos mora em prédios novos , com vários elevadores e N vagas na garagem.
        É igual as pessoas que defendem as favelas. Não conheço um que defenda esse absurdo e que more em frente de uma.
        É tudo hipocrisia.

  6. E vou além. 2013 e 2014 serão dois anos onde poderemos ver sete demolições no entorno da Lagoa. Como o gabarito da orla da Lagoa está maior que de bairros como Leblon e Ipanema , está sendo mais vantajoso para os construtores negociarem na região.

  7. Arrisco dizer que esta parte da Lagoa já apresenta na foto o seu litoral atual, com o aterramento que foi feito ao longo dos anos, desde a Rua Jardim Botânico, que não aparece na foto e que beirava a margem original da Lagoa. Esta margem mais interior da Lagoa era um charque imprestável, e quem gosta de mangue é caranguejo! Aterrada ainda nos tempos da Chácara da Bica, depois loteada a empreendimentos residenciais, com generosas doações de lotes à SHB, Igreja, Clube Militar, etc.
    Da Ilha Piraquê temos uma curva bem aberta até um amplo descampado, que entendo ser o campo de adestramento da Sociedade Hípica (inaugurada oficialmente em 1938 e que existe até hoje). A foto é posterior a 1940.
    Nessa época o trecho da avenida que aparece já duplicada também se chamava Epitácio Pessoa. Depois passou a se chamar Borges de Medeiros (que morreu em 1960). Bem no canto direito da foto aparece a Avenida Alexandre Ferreira, que sempre teve esse nome, antes mesmo da década de 30.
    Parabéns pro Marcelo Santos, que garimpou o Edifício Marly no caminho para o Humaytá!

    1. Marcos, se olharmos numa imagem aérea de hoje vemos que a região da Hípica tem uma curvatura muito mais suave que hoje, acredito que durante os anos 40 ela sofreu seu derradeiro aterro. Acho que essa foto não passa da metade dos anos 40, embora ache que ela possa ser de 1938/39. As pistas duplas existem nesse trecho desde os anos 20 com as obras de aterro da Praia da Piaçaba na Adm. Carlos Sampaio. Já os aterros que fizeram desaparecer a ponta formada pela chácara da bica começaram a ser executados no final dos anos 10 de forma atabalhoada só sendo concluídos após 1925

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