Palacete Martinelli 1970

O Palacete ou Casa Martinelli não é entranha no site, já falamos dela algumas boas vezes ( http://www.rioquepassou.com.br/2008/12/10/casa-martinelli-anos-5060/ e http://www.rioquepassou.com.br/2010/05/04/palacete-martinelli/ ) e inclusive como era antes da profunda transformação imposta por Virzi ( http://www.rioquepassou.com.br/2010/04/28/pegadinha-15/ ).
Porém nossas fotos de hoje, mostram uma pequena sequência de imagens desconhecidas da residência do Comendador Martinelli, poucos anos antes de sua demolição nas lentes do Sr. Gyorgy Szendrodi.



As imagens possivelmente tiradas junto ao gradil da residência mostram a opulência do estilo surrealista de Antônio Virzi, um injustiçado Galdi Carioca que teve praticamente todas as suas obras na nossa cidade pulverizadas pelas picarestas dos anos 60 e 70 para a construçãos de impessoais edifícios de apartamentos.
É impressioante notar as sucessivas camadas de relevos que vão dando um ar de penetração para dentro da construção mesmo em uma simples imagem, e como esse relevo brota das lisas colunas da varanda. Há gárgulas, colunetas mouriscas, elementos góticos, renascentistas numa orgia estética.
Podemos observar também que a casa, poucos anos antes de ser demolida se encontrava em muito bom estado, embora já emparedada pelos prédios construídos na Av. Oswaldo Cruz apartir dos anos 50.
No site a pesquisa do verbete Virzi no campo da extrema direita leva o leitor a uma modesta viagem a várias obras od grande arquitero, em grande parte desaparecidas e onde a genealidade pode ser vista, sugiro uma lida nos comentários principalmente os do prédio do Elixir Nogueira.

28 comentários em “Palacete Martinelli 1970”

  1. Particularmente não gosto do estilo dele, não gostaria de viver numa casa assim, verdadeiramente fantasmagórica.
    Me sentiria o Corcunda de Notre Dame.

  2. Visitar as construções de Gaudi em Barcelona é um privilégio e tanto. O “cara” era genial e as soluções que encontrava para iluminação, aeração, aproveitamento de espaço, etc, eram estupendas.
    Não sei como seria o interior dos prédios construídos por Virzi.

  3. A bordo do DKW passando pela Oswaldo Cruz, o coroa anunciava: “olhem à esquerda a casa mal assombrada das bruxas!”. A gente gritava e se “escondia” no assoalho do carro. Tínhamos verdadeiro pavor dessa casa. Por coincidência, meu pai viria a comprar um apartamento no 13º andar quando do lançamento do prédio pela Veplan Imobiliária ewm 1976. Meu irmão mais velho lá residiu por muito tempo e não sei se os Srs. sabem, atrás do prédio existe um elevador bem antigo, de madeira construído numa rocha que leva os moradores à área de lazer do prédio, onde existia a residência de verão dos Martinelli, uma construção absolutamente sensacional também.

    1. Eu morei em 1976 no ed vizinho
      Casa do mirante, entravamos na casa , tinha esse elevador que era dentro de uma gruta, um dia perambulando por la descobrimos esta gruta atras de varias trepadeiras, o vigia vivia correndo atras da gente, dentro da casa tinha um subsolo c varios carros antigos, aventuras de criança

  4. É uma daquelas construções que, hoje em dia, seriam proibidas de demolir.
    Nas fotos da Life há algumas do interior da casa, o Decourt já mostrou.
    Acho que eu já disse uma vez, há um túmulo no S.J.Baptista, naquela aléia mais arborizada, que tem um estilo muito parecido com a casa dos Martinelli.

  5. Quando vi as fotos no site original, lembrei logo do Antônio Virzi. Seria o máximo se o Sr Gyorgy Szendrodi tivesse feito registros do prédio do Elixir Nogueira.

  6. Recentemente descobri um detalhe bizarro numa obra de Virzi, a igreja de N.S.Lourdes, ainda de pé em Vila Isabel. No frontão há uma frase em latim, “Inimicitias ponam inter te et mulierem” (Porei inimizade entre ti e a mulher), que está no trecho do Gênesis da Bíblia onde Deus castiga a mulher, Eva, por provar do fruto proibido. Pode ser até que a frase se encaixe em algum outro contexto na doutrina cristã, mas achei de péssimo gosto ela estar colocada em destaque na fachada do templo.

  7. Também não gosto do estilo de Virzi. Acho um pouco rebuscado demais para o meu gosto e como disse o Derani, meio aterrorizante. Mas daí, a destruição de sua obra, é criminoso.
    As fotos são ótimas!

  8. Estive no prédio recentemente onde outrora existia essa mansão e na área de lazer onde se fez a festa, existem ainda vestígios desse colosso. O Local é incrível com uma visão para as praias de Flamengo, Botafogo, Pão de Açúcar e Niterói que nos deixa tonto.
    Detalhe: Existe um túnel por onde passamos que nos dirige a um unico elevador que nos leva ao topo do morro e que seria a Casa dos Empregados.
    Um verdadeira viagem no tempo.

  9. A atual área de lazer do prédio era um teatro, mandado construir pelo comendador. Ele trazia companhias de ópera da Itália para apresentações exclusivas. Meus avós maternos assistiram a diversas dessas apresentações.

  10. Dizem que uma cigana ou vidente tinha dito ao Martinelli que quando ele acabasse as obras do seu palacete ele morreria. então ,quando uma obra acabava ele imediartamente começava outra,e isto levou anos. Não sei o fim desta lenda.

  11. Fui criado na Glória e tinha minha avó morando na Praia de Botafogo, precisamente quase na curva do Morro da Viúva e quando criança, perto dos meus 6a em 1961, passava pela Av Oswaldo Cruz, olhava este palacete sem nada saber e ficava grudado nas grades admirando a beleza arquitetônica deste imóvel. Passei a vida toda me referindo como a mais bela casa por mim já vista e hoje, 29Outubro2015, numa ousada pesquisa, depois de saber que a mesma pertenceu ao nome Martinelli, descubro na Internet o que de criança para mim era um sonho.
    Nada conheçi do Comendador/Arquiteto Martinelli, mas pela minha impressão e por já ter visto tanta coisa na vida, continuo afirmando, era e sempre será a mais bela casa que eu já vi.
    BRAVÍSSIMO ao seu idealizador e construtor, ela sempre permanecerá existindo nos meus sonhos!!!⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

    1. Aficionado pelo Rio e por sua história, do jeito que sou. Acho fascinante cada curiosidade sobre a cidade e tudo o que ela representa. Tenho alguns livros. Livros fotográficos que gosto muito porque guardam a memória. Quanto a você que previlégio de ter visto esta joia arquitetônica!

    2. Junho de 2021 – Faço minhas as tuas palavras, só que eu morava na Rua Voluntários da Pátria e passava todo dia por ali e a casa vazia e pronta para a sua demolição, recebo a autorização de entrar na casa para conhecer o corredor central, cortado em pedra e forrado em mármore até uma certa altura e tendo no fundo um elevador de porta pornográfica, que fura o morro de forma vertical até o “topo relativo” do morro da viúva. Recebi na hora a informação, que esse elevador seria modernizado para levar os moradores do prédio ao topo do morro onde futuramente se instalaria um ambiente de lazer, talvez picipiscinas. Foi emocionante ver o corredor cortado com ferramentas manuais e corredor largo o suficiente para receber um automóvel fusca.
      Eu amava aquela casa.

  12. O projeto de Virzi de uma residência na Rua Tamarindo, 67 no Gragoatá/Niterói é um bom exemplo de aproveitamento do terreno. Uma bela fachada!

  13. Meu pai foi amigo de um dos filhos do Comendador e frequentou a casa diversas vezes. Como se percebe o Comendador deveria ter recursos financeiros ilimitados para poder financiar obras tão extravagantes, certamente complexas e interessantes mas de gosto duvidoso, mas é como se diz – gosto não se discute, se lamenta -. Outro aspecto interessante é uma igreja que foi construida sobre o Morro da Viuva, que pode ser vista sobre o Muro da Piscina do Edificio Residencia. Não obstante tentasse ver quando eu morei lá, não conseguia pois o muro era muito alto, só se podia ver as torres dela. O senhor possui alguma foto desta igreja? Tudo ficou encoberto pelos edifícios, mas pode-se perceber que há algumas construções em estilo clássico atrás dos edificios quando ser observa o Morro da Viuva a partir do Mirante do Morro D.Marta. No vão entre aquele imenso edifício amarelo envidraçado e um branco mais baixo, se vê algo como uma torre de igreja. Mas do chão ou das Avenidas, não se vê nada. Talvez os moradores dos edificios tenham uma boa visão.

  14. ABSURDO TOTAL DEMOLIREM UMA OBRA D ARTE ARQUITETÔNICA COMO ESSA E OUTRAS…Ñ ESTAVA TOMBADO ? POIS DEVERIA ESTAR…

  15. Estudei no colégio Alberto Bart que ainda existe a frente deste antigo palacete. Conheci o neto do deputado Barreto Pinto que lá morava, e tive a oportunidade de entrar e visitar alguns ambientes. Fiquei triste ao voltar ao Rio anos depois e verificar um prédio em seu lugar. Restou a lembrança de anos da infância. O palacete, era Belo e grandioso.

  16. Boa tarde,
    Estamos produzindo um livro sobre os prédios antigos demolidos do Rio de Janeiro. Teria um e-mail, ou telefone de contato?
    Estamos com poucas imagens do Palacete Martinelli, e gosteríamos de saber se você consegue nos ajudar com isso, considerando fecharmos uma parceria.
    Aguardamos retorno.
    Obrigado

  17. Não viveríamos no Coliseu, nem no Parthenon e nem por isso, deveriamos demoli-los para construir pombais que hoje, 50 anos mais tarde, ostentam fachadas sujas, expressando apenas decadência.

  18. Pelo que entendi o palacete mudou de mãos em 1917 e foi quando Virzi reformou o prédio. Ou seja, não é projeto do Virzi. Me interessa saber exatamente quando esse palácio foi construído, por quem etc. Qual seria sua destinação original?

  19. conheci essa casa por dentro ainda com o ultimo proprietário, e era realmente “um sonho” de casa . toda a casa era um sonho de acabamento, assim como tudo o que estava dentro dela.

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