Bondes de Santa Teresa o funesto acaso


A declaração do secretário de transporte Júlio Lopes: “Uma perda para o turismo do Rio” resume de forma sintética todo o ocorrido.
Nossas “autoridades” estaduais e também municipais vem encarando o que sobra do sistema de bondes de Santa Teresa como apenas um bibelô turístico, quando é por natureza o meio de transporte ideal para o bairro, mas esse serviço deixam para os seus amigos; a “Máfia Lusa”, que vem enfiando ônibus enormes nas estreitas e íngremes ruas destruindo o pavimento e causando inúmeros acidentes, além da poluição e do barulho.
Parece que a idéia é bem parecida com o metrô, que impedido de ser bibelô turístico vem sendo inviabilizado por “trapalhadas dolosas” deste mesmo secretário que solta essa pérola em forma de declaração, além de criar VLTs transformados em bondes que não funcionam e engatilhar os velhos carris do meio do séc.XX com arames e outras “avançadas técnicas”, sucateando a frota e privando o sistema de qualquer manutenção.
Talvez o secretário até entenda de colégios, mas de transportes temos certeza que não, absolutamente não! Já temos pelo menos 5 vítimas fatais em sua conta, e tenho certeza que um provável acidente no metrô que cada dia chega mais próximo aumentará em muito a contagem do secretário.
Vemos pela velha foto, possivelmente dos anos 50, da coleção de Allen Morison, que acidentes de bondes aconteceram, mas se pensarmos num transporte que tinha mais de 400 km de linhas distribuídas pelo Rio, ligando da Gávea até a Praça Seca, isso nos anos 40, que era até proporcional. Mas nos últimos 02 anos o modesto, ou o melhor que sobra, do sistema de de bondes de Santa Tresa, já produziu inúmeras fatalidades, todas causadas pelo descaso estatal.