Velha Alfândega e término da Av. Pres. Vargas


Nossa foto de hoje é tirada da Praça Pio X em direção ao litoral, mais precisamente a antiga Alfândega e é uma das irrefutáveis provas que a Av. Pres. Vargas foi e é uma aberração urbanística que até hoje, mais de 60 anos após sua abertura resulta em uma paisagem estéril em diversos pontos.
A construção de cor mais escura não existe mais, derrubada nos anos 60 para a conexão do sistema do elevado da Perimetral com a Av. Pres. Vargas ( http://www.rioquepassou.com.br/2008/09/12/perimetral-descida-pres-vargas-1965/ ), possivelmente essa construção ainda atuava como armazem alfandegário, ou unidade da Marinha, que com a criação do novo porto por Passos paulatinamente conquistou o antigo Cais dos Mineiros para seu uso como parte do Primeiro Distrito Naval. Ao seu lado vemos a velha Praça do Comércio  projetada por Grandjean de Montigny por ordem de D. João VI para melhorar a chegada das mercadorias para a nova sede do reino. Nessa época o prédio já estava sendo usado pelo II Tribunal do Juri, uso este que teve até o meio dos anos 70 com a inauguração da Lâmina I do Palácio da Justiça da Guanabara.
Vemos os postes típicos da Light SP usados na Av. Pres. Vargas e o grande parqueamento que esse canto, desconectado do fluxo de transito da cidade se transformava, até os anos 70 quando as rampas de descida do elevado foram posicionadas conforme o projeto original ( http://www.rioquepassou.com.br/2005/09/13/perimetral-a-serie-vi/ ). Nos carros estacionados timidamente veículos da então incipiente industria nacional apareciam tímidos entre os carros importados, grande parte de décadas anteriores.