Hoje fazemos um post duplo com o Carioca da Gema que publiucou uma imagem do Restaurante Ok nos anos 30 ( http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema_2:335 ), nossa imagem tirada de ângulo inverso data de alguns bons anos para frente, possivelmente uns 5, 7 anos para frente, mostrando do restaurante para a rua.
As calçadas e o restaurante continuam movimentados tal como na foto dos anos 30, mudaram as roupas, os carros e detalhes do urbanismo como o poste instalado no vértice da esquina, em 1936, as mesas também não contam mais com guarda-sóis e aparentemente há um letreiro instalado junto ao balcão, o que não existia na imagem do Carioca.
Apesar de um mundo em guerra, ainda havia combustível no Rio, pois o Brasil não havia declarado guerra ao Eixo, fato esse que faria em breve quando os navios mercantes viraram alvo dos U-Boats nazistas pois o Brasil, com sua dúbia política externa, resultante dos dois grupos antagônicos dentro do governo de Vargas, havia virado um importante fornecedor de matérias-primas para os aliados.
Copacabana e o Leme, apesar de já verticalizados ainda guardavam juto ao mar quarteirões só de casas, como entre a Av. Prado Júnior e a Rua Belford Roxo, essa era a época que o bairro deveria ter sido congelado face a sua verticalização, mas sabemos que nos 15 anos seguintes ele seria predado sem dó nem piedade pela especulação imobiliária.
Agradecemos ao amigo Carlos Ponce de Leon de Paiva pela imagem de hoje.
Linda foto de uma Copacabana que morreu faz tempo.
O que chama mais atenção são as mesas já tomando a calçada um hábito que hoje leva as raias da incivilidade , atrapalhando os moradores, não só da zona sul mas de toda a cidade. Vejo tambem que a elegancia imperava até nos bares
á beira mar ,coisa rara de se ver hoje em dia.
Elas não estão na calçada, mas dentro do prédio, na área de recuo, a calçada da Av. Atlântica velha tinha essa largura, só era mais larga na frete dos prédios novos que não tinham jardins, nem rampas de acesso as portarias, como era bem comum na época.
Que recanto agradável… e perto do mar, que hoje em dia está a léguas de distancia daí..
O problema é que nessa época o mar às vezes chegava até “perto demais”…
A cidade que chegou perto demais do mar…
Olá.
Estive fazendo uma pesquisa sobre a história do Hotel Glória e me deparei com este post: http://www.rioquepassou.com.br/2005/04/07/hotel-gloria/. Se possível, gostaria de conversar mais sobre o assunto por email.
Aliás, que bom que eu achei este post e este site. Excelente trabalho e vou passar a visitá-lo com frequência. Preservar uma memória: taí algo completamente desprezado no Rio e no Brasil.
André,
O que é aquela mancha escura no mar? Seria resquício da pedra da Inhangá?
Não são o restos do navio Saint Martin, que encalhou na praia em 1918 e foi sendo destruído pelo mar, até ser explodido quando da construção do interceptor oceânico http://www.rioquepassou.com.br/2004/06/04/dinamitacao-do-casco-do-san-martin/
Retificando….. encalhou em 1916
Só para completar as informações: A foto é da magistral Genevieve Naylor.
ao fundo dá pra ver o que me parece um posto de salvamento, onde se le URCA ou RCA…ou não é nada disso ?…rss…
Anúncio do Cassino da Urca, certamente !
Excelente post duplo! Com direito a propaganda do Cassino da Urca e um pouquinho do San Martin.
😀
O Carlos Paiva arrasou hoje com suas fotos. Beleza de tempo em Copacabana. Pena que não peguei isso.
Excelente foto!