Metrô, a mais um passo da destruição do sistema

As notícias do trajeto da Linha 4 são desalentadoras, a politicagem e a administração de curto prazo e  a toque de caixa, com mero interesse eleitoreiro está colocando em cheque a ampliação mais vital para o Metrô do Rio nas últimas décadas que é a ligação com a Barra da Tijuca. Uma das últimas para acontecer no projeto original do metropolitando dos anos 70, mas que está sendo realizada agora e de forma que o sistema nunca mais poderá ser consertado.
Primeiramente partimos da estação terminal na Barra, localizada num canto  além do Jardim Oceânico em uma área de turfa e isolada do sistema troncal rodoviário do bairro, passando pela ridícula ponte estraiada proposta, mais um aleijão arquitetônico que infla o ego dos péssimos administradores que tentam com obras vistosas remendar suas vazias biografias, como os dois trambolhos jogados na regão da Cidade Nova, que a bem da cidade deveriam ser demolidos o mais rápido possível e chegando pelo periclitante traçado da Linha 4 pós São Conrado.
Primeiramente retira-se do circuito a estação Gávea que seria de suma importância para fechar futuramente o anel da Linha 1, conduzindo o Metrô pelo corredor viário mais gongestionado da Z. Sul, que é o Jardim Botânico e sepultando a futura união pela Rua Uruguai que poderia encurtar a ligação Z. Sul Subúrbios da Central em poucos minutos via Meier, que desafogaria boa parte da Linha 1 entre Botafogo e o Centro. Além de sepultar uma estação no Humaitá, lacrar de vez a Morro de São João e esquecer um possível prolongamento rumo a Praia Vermelha/Urca.
Em segundo lugar na passagem equivocada por Leblon e Ipanema, estações deslocadas dos centros dos bairros, construídas em locais de solo delicado como o Jardim de Alah, um complicado trecho em jet-grounding pela restinga de Ipanema pelo meio de caras ruas residenciais e por fim o surreal encontro na Estação da Gal. Osório.
Por uma caracteristica geológia e física as duas linhas não poderão se encontrar ao menos que dois enormes edifícios nas encostas do Morro do Pavão sejam demolidos, a uma custosa desapropriação, haverá então a construção de duas estações independentes, com linhas independentes, o que nesse lado também inviabiliza o fechamento do anel da Linha 1, além de obrigar a construção de mais um centro de manutenção, manobras e garagens de trens, algo que ninguém sabe onde será até agora.
E por fim o prolongamnto da incompentente linha 1-A até Ipanema criando o trecho Pavuna-Gal Osório, certamente operando com os trens mais lotados de todos os tempos, numa total deformação do imaginado por compententes técnicos de a Linha 2 parar na Estação Carioca, tendo dois transfers na Linha 1, o Estácio e a Carioca, onde seria feito também o transfer para a Linha 3 e a baldeação para a Linha 6.
Com esse ridículo traçado a Linha 4 não atende nenhum de seus objetivos, servindo apenas para adoçar a boca do narrador da propaganda eleitoral dos atuais administradores. Na ponta Oeste ela não chegará ao Cebolão, planejado para ser um terminal metro-rodoviário por Lúcio Costa, unindo linhas de metrô que viriam da Z. Sul, da Leopoldina (via baixada de Jacarepaguá) e de Campo Grande (perfurando-se a Grota Funda). Já na ponta Sul a Linha 4 não se integrará como um dos arcos da Linha 1, ficando como se fosse um caco de um trecho da um sem possibilidade de integração com futuras ampliações. Mais uma vez esse panorama se desenha sem os holofotes da grande imprensa, apenas com notinhas fragmentadas em colunas em segundos cadernos dos jornais, para não chamar a atenção de mais um sórdido plano onde não se visa o transporte de massa, mas sim o voto de massa de manobra!
Na foto um dos mapas do Metrô dos anos 70, se vocês notarem as Linhas 4 e 6 não estão traçadas, pois não eram prioritárias até o final do séc. XX, como também não era o fechamento da Linha 1, via Gávea/Uruguai, que possivelmente se daria com uma perna da Linha 4.