Bares e vendedor de milho, São Conrado, início dos anos 60

A cena que vemos aqui hoje era desejada por muitos marmanjos, pois poderia significar que o “paraíso”  estava logo ali, subindo mais uma encosta, já que o limite da Niemeyer já havia sido quebrado.
Até o final das obras do sistema da Lagoa-Barra no trecho de São Conrado, no início dos anos 70, o último largo da Estrada da Gávea quase na subida do Joá, abrigava um número de atrações as quais poderíamos chamar de “burlescas” e logicamente improvisadas, com exceção de algumas com o Bar Bem, o qual mostraremos no próximo post, que eram construções com a aparência de definitivas.
Nesse cenário o vendedor de milho cozido, junto com o vendedor de camélias eram os personagens mais populares, fazendo parte do imaginário popular.
Na foto vemos um deles pilotando sua panela, ao lado de um alguidar, certamente com brasas de carvão vegetal para assar ou grelhar outro petisco, como o salcichão na brasa. Ao fundo um dos pequenos bares da região, construído de forma quase mambembe com cadeirinhas metálicas, estrtura de madeira sustentando um frágil telheiro e por fim um balcão de alvenaria. Além dos indefectíveis cocos dependurados.
A imagem certamente lembrará a muitos as aventuras, perrengues, operações milaborantes e até mesmo casamentos que surgiram ao se ultrapassar esse cenário.
Diante o flagelo da serra é necessária a colaboração de todos para aliviar o sofrimento de milares de pessoas, que perderam quase tudo. Sua contribuição por menor que seja será de grande tamanho na corrente de solidariedade formada para a ajuda, mais que necessária. Apartir de uma caixa de fósforos ou resma de velas tudo será bem vindo.

11 comentários em “Bares e vendedor de milho, São Conrado, início dos anos 60”

    1. “Jornal do Brasil
      Jorge Lourenço
      Enquanto o país lamenta a tragédia que matou pelo menos 600 pessoas na Região Serrana, as obras do Museu do Amanhã seguem a todo vapor. O empreendimento, na região portuária da cidade, tem boas razões para ser mais do que eficiente. Em outubro passado, o governador Sérgio Cabral repassou R$ 24 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) para a Fundação Roberto Marinho, parceira no empreendimento. É do Fecam que sai a verba para obras de contenção e drenagem nas encostas em áreas de risco.”

  1. E mais, para nossa indignação:
    ” Jornal do Brasil
    Jorge Lourenço
    Enquanto o país lamenta a tragédia que matou pelo menos 600 pessoas na Região Serrana, as obras do Museu do Amanhã seguem a todo vapor. O empreendimento, na região portuária da cidade, tem boas razões para ser mais do que eficiente. Em outubro passado, o governador Sérgio Cabral repassou R$ 24 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) para a Fundação Roberto Marinho, parceira no empreendimento. É do Fecam que sai a verba para obras de contenção e drenagem nas encostas em áreas de risco.”

  2. Última parada antes do Paraíso! Ou a noite seria maravilhosa se desse para subir a Estrada do Joá ou o prêmio de consolação seria jogar boliche na Estrada das Canoas, no “Pé de Vento”.

  3. Existia na Estrada do Joá , bem numa curva uma Boite ,cujo terreno pertencia ao Estado , que tinha uma vista linda e que
    o estacionamento ficava em frente do outro lado num pequeno
    largo. Algum boemio lembra do nome ?

  4. Minha mãe está perguntando se essa boite tinha sido um restaurante antes? Ela, meu pai gostavam de ir lá e ver o por-do-sol…Há fotos do local tiradas pelo Malta, alguém já viu? Depois virou um restaurante japonês, na década de 80…Depois parece q virou casa da luz vermelha…alguém confirma?

  5. Eu fiz o serviço militar no 8ºGACosM, no Leblon em ’68 e, pasmem o primeiro tiro de fuzil dos recrutas foi em…São Conrado! Os alvos foram colocados há alguns metros de onde as ondas beijam nossos pés quando caminhamos rente à água e ficávamos onde hoje é a parte asfaltada e urbanizada, difícil até de localizar o ponto exato, é de arrepiar! Some-se a isto o batismo de artilharia quando os disparos dos saudosos “canhões” buscavam os alvos que tranquilamente boiavam muuuito alem da arrebentação. Sentir saudades com tais lembranças só faz bem, né não?

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