Hoje vemos uma sequencia de 3 fotos tiradas da Praça Vereador Rocha Leão com sua primitiva e conflituosa urbanização, feita de maneira improvisada enquanto não se terminava o prolongamento da Rua Figueiredo Magalhães nem se decidia qual o tipo de duplicação que sofreria o T. Velho bem como por onde seria conduzido o tráfego para as novas galerias.
Estamos no pequeno quarteirão semi-circular entre as Ruas Maestro Francisco Braga e Henrique Oswald, ambas abertas na antiga propriedade de Felizberto Peixoto, sendo a última já fronteira com vertente da grande propriedade dos Gardone Constante Ramos.
Com a inauguração do Bairro Peixoto a região ficou com um grande espaço sem aproveitamento, que tirava de escala a embocadura do Túnel Velho, na reforma feita por Alaor Prata, que contava com um pequeno largo circular com uma fonte em estilo neo-colonial no seu centro. Com o alinhamento do prolongamento da Rua Figueiredo de Magalhães foi aprovado um PA que criava duas praças, uma de forma triangular e outra amebóide. Pela dificuldade da abertura da rua e sua embocadura junto a Siqueira Campos, tomada por uma construção antiga, a praça triangular não foi realizada de pronto, sendo construída apenas a de forma amebóide, junto aos prédios da grande curva. Com a morte do Vereador Rocha Leão em 1952, amigos do político, que dedicou sua vida política a autonomia administrativa e financeira do Distrito Federal começaram a tentar nomear uma rua ou praça, principalmente em Copacabana, bairro de residência de influência política do homenageado.
Em 1954 com o suicídio de Getúlio, inimigo político desde a Intentona Comunista, abriu-se caminho para a homenagem, a pequena praça ainda precariamente urbanizada, num canto de bairro meio vazio era o que havia de disponível na região de Copacabana e para lá foram levadas não só as placas de logradouro como também um busto esculpido por Ariel.
Em 1966 da praça triangular foi construída e a Praça Vereador Rocha Leão ganhou área maior, jardins e calçadas de pedras portuguesas, a praça triangular ganhou o nome de Augusto Frederico Schimidt, o busto foi remanjado para o cento da praça. Mas poucos anos depois em 1969 comn as obras de tuplicação do Túnel Velho a região foi novamente modificada, as praças foram unificadas, indo o poeta batizar um viaduto na Lagoa. A praça Vereador Rocha Leão virou umna Park-Way com o mergulhão da galeria sentido Botafogo em seu centro. Nesta reforma o busto foi retirado e levado para o depósito da prefeitura, estando lá há quase 40 anos.
Nas fotos vemos alguns dos prédios que estão no local até hoje, bem como um desconcertante espaço livre, pois a Rua Figueiredo de Magalhães ainda estava praticamente vazia, bem como as encostas do Morro da Saudade/Cabritos ainda tomada pela mata nativa. O destaque é a enorme amendoeira, quase centenária que até hoje dá sombra nesse pequeno pedaço de Copacabana