Hoje mostramos mais duas imagens nos enviadas pelo colega Hélio Ribeiro do site Bondes do Rio de Janeiro ( http://www.bondesrio.com/ ) que mostram mais uma região varrida do mapa por reformas urbanas questionáveis.
Estamos na embocadura do Campo de Santana com as Ruas Senador Euzébio e Visconde de Itaúna, porta de entrada da Cidade Nova e um dos caminhos para as Zonas Norte e Suburbana da cidade.
Ao contrário do que poderíamos imaginar essa efervecente região, passado menos de ano dessas imagens seria varrida do mapa por uma das mais desastradas reformas urbanas de nossa cidade, a construção da Av. Pres. Vargas. Vemos aqui em destaque o miolo de quarteirão que desapareceria, fazendo o Hotel Fluminense de razoável tamanho e média classificação se transformar apenas em fotogramas do filme. O hotel já nos anos 20 tinha alguns luxos como elevador, água em todos os quartos, central telefônica e uma ótima localização.
Notem o poste do sinal de transito, possivelmente de modelo norte-americano bem como um poste de iluminação em estilo NY de luminária a meia altura. O pior que o frenesi demolitório não se limitou apenas aos imóveis necessários para a construção das pistas da nova via, um decreto criava um novo bairro, de inspiração fascista que condenou toda a região provocando o abandono dos prédios, seus arruinamentos e por fim o desaparecimento, deixando a avenida até hoje cheia de terrenos baldios.
A segunda imagem mostra além dos prédios demolidos a fatia extirpada do Campo de Santana com sua densa vegetação.
O Arqueologia do Rio já falou do Hotel Fluminense, através de seu anúncio em jornal: http://fotolog.terra.com.br/bfg1:97