O Endereço Misterioso do Plano Agache II

Por incrível que pareça essa é uma continuação de um post de Março de 2006, feito ainda nos tempos do fotolog. Era sobre a descoberta de mais um prédio que teria respeitado o Plano Agache e acabou emparedado( http://www.rioquepassou.com.br/2006/03/30/o-endereco-misterioso-do-plano-agache/ ).
Tumminelli e eu descobrimos o prédio e confirmamos a história há pouco mais de ano, adentrando dentro dele, o prédio no Posto VI hoje abriga uma loja do Zona Sul e sua portaria não existe mais, entra-se por o que era a porta dos fundos, num ambiente art-déco, e num salão com balcões em um discreto streanline ( se não me engano com balaústres metálicos), que abrigam algumas portas de apartamentos, em madeira escura com molduras e pé direito duplo dá-se de frente para uma grande parede de quase 6 metros de altura onde era a portaria envidraçada que dava para um jardim, tal qual o edifício Guarujá. Fica-se imaginando como deveria ser nos anos 30 e 40.
Mas a única imagem que tinha dele era a postada em 2006, na realidade já um fragmento ampliado de uma foto aérea do CAN.
Mas nos garimpos pela internet, passei o olho rapidamente numas imagens sobre rainhas praianas no Posto VI quando dei de cara com nosso personagem, bem no início dos anos 50, e não podia deixar de compartilhar as imagens com vocês.

Na primeira imagem temos a comprovação da fachada do prédio tal como no post de 2006, varandas com balaústres de inspiração naval e uma fachada simples ultimada com uma cobertura em balanço.

As duas outras imagens mostram claramente sua localização com o Hotel Riviera, hoje Orla Rio, ao lado e ogrande recuo do prédio, que já era sufocado pelas construções vizinhas, pena que a vegetação e o angulo das fotos nos impossibilite de ver o embasamento do prédio, em pé direito duplo, certamente é um tema que ainda merece mais investigação.
Uma pergunta que ouvi quanto ao Guarujá, como os moradores deixaram isso acontecer? Ora como no caso do Guarujá, como este aqui os dois prédios eram de aluguel, ou seja, ninguém era dono de apartamento, porém chegou aos meus ouvidos que a proprietária do exemplo aqui mostrado mora no prédio até hoje. Foi ela que vendeu os jardins ou seu pai ou marido ?

7 comentários em “O Endereço Misterioso do Plano Agache II”

  1. André, que revelação!Belo trabalho!!
    O que será que aconteceu realmente?
    Será que a pessoa não conseguiu resistir as cifras e acabou vendendo os jardins?
    Mistério!!!

  2. Uma lástima… nem todo mundo sabe dar valor a um jardim… preferem dinheiro mesmo já tendo o suficiente.
    Desculpe, mas não consigo me concentrar muito no assunto por causa dessa loura aí…

  3. Sensacional! Eu já tinha visitado o prédio com o Tutu e conheci a portaria decô-naval. A entrada do prédio “pelos fundos” ficou realmente muito estranha, uma portinha na Av. N.S.Copacabana que dá acesso a um longo e estreito corredor ladeado de caixas de medidores de luz.
    Pelo que vimos na época, a portaria do prédio ocupava também parte do que hoje são os fundos do Zona Sul, dá pra perceber a disposição das colunas dentro do supermercado. Parece que a loja ocupou toda a área do térreo, não restando nem uma área interna onde era a antiga portaria.
    Eu cheguei a postar fotos atuais do lugar mas não tenho como procurar os links agora.
    Ainda resta a curiosidade de visitar um dos apartamentos que davam frente pra Atlântica e conferir como está hoje a antiga fachada do prédio.

    1. Exato, entra-se por um estreito corredor no que seria a entrada de banhistas, e aí chega-se no que era o hall principal. Acho que percebemos a portaria amputada por debaixo do balcão pelo fundo da loja do Z. Sul. Até a disposição do elevador ficou estranha dando para uma parede cega.

  4. Muito suspeitos esses passeios pelo estreito corredor…
    Falando sério, excelente pesquisa tanto de fotos quanto “in locum”. É uma pena que a cidade perdesse tanto a sua humanidade.

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