Nossa foto de hoje é uma continuação da imagem postada dia 13/09 último, uns 20 anos para frente, quando da construção da segunda ala do prédio da Manchete, viabilizada pela demolição do castelinho da Família Pareto.
A vista aéra nos possibilita a visão de um ângulo pouco comum do prédio, onde vemos dominando, ao contrario da recortada fachada de vidros fumê, a grande caixa d’água revestida por paineis de azulejos de Athos Bulcão além da caixa do Teatro Adolpho Bloch, encarapitado na encosta do Morro da Glória e visto por muito poucos, exceto os que nele foram quando ainda funcionava ou por funcionários e visitantes da Manchete. O minimalista jardim, coroado com a irregular cobertura e as obras de arte lá colocadas também nos mostram um panorama bem interessante.
Do lado direito vemos as abas do morro sendo recortadas para a construção da nova ala, projetada para agregar todas as funções do grupo Manchete, além da editora e possivelmente a tão sonhada emissora de TV, idéia acalentada pelos Bloch durante anos e que foi o pivô da ruína do grupo. Nos anos 80 essa segunda ala se mostrou insuficiente e mais um anexo, apoiado nas encostas foi levantado.
Na rua um festival de cores, tudo muito diferente dos tons tristonhos dos carros de hoje, na base da foto o denso arvoredo projetado por Passos.
Que prédio lindo, que pena estar abandonado. Ferreira Gullar já disse: daqui a 200 anos, se é que alguém na humanidade irá falar sobre a geração que habitou esse país na segunda metade do século XX, o nome que será lembrado será de Oscar Niemeyer. Ponto. E a despeito de suas posições políticas e de algumas obras (bem) menores, ele é o que se pode chamar de “Gênio da Raça”.
Andei muito neste prédio e no outro, praticamente em toda existência da TV MANCHETE. Entre os bons e maus momentos ficaram os bons que superam os maus. A tv manchete ocupou por um bom tempo o prédio da extinta TV TUPY na URCA. O interior do prédio era considerado humano, por serem as divisorias de vidro transparente e todos se viam, apesar de haver o crachá colorido que limitava o aceso, não era levado muito em conta.
Ficou a saudade da convivência.
Obrigado André pela postagem desta foto.
Já li vários livros sobre a Manchete e a saga do Bloch.
Todos escritos por autores muito saudosos.
Realmente deve ter sido bom trabalhar lá e dá pra perceber que o Adolfo Bloch era uma figuraça.
Uma pena ter acabado tudo. Tem coisas no Brasil que deviam virar instituição.
Impressionante como impérios desabam.
Tem um SP2 bem em frente da entrada do prédio, e um Corcel logo atrás. Tirando eles, um vermelho à direita que não consegui identificar, e uma Rural na lateral do prédio, todos os outros carros são Fuscas!
Ontem à noite passei pelo aterro e conferi o prédio. Ao contrário do que eu pensava a divisão em duas alas é bem visível. E a ala da esquerda, que estava pra ser construída na foto, é bem maior.
Ontem à noite passei pelo aterro e conferi o prédio. Ao contrário do que eu pensava a divisão em duas alas é bem visível. E a ala da direita, que estava pra ser construída na foto, é bem maior.
Estes prédios da Manchete foram recentemente adquiridos por uma grande empresa e creio que já há alguma atividade de reforma no interior.
Os dois prédios com acabamento em mármore, dizia-se que o Sr; Adoufo Bloch comprou uma marmoraria e uma montanha no Espírito Santo para garantir a entrega do mármore.
Em todos os estados onde existe uma ‘casa da manchete’ os acabamentos são em mármore.
Todos os móveis utilizado nas ‘casas’ e nestes prédios foram construídos em Água Grande (Parada de Lucas) no centro gráfico da Manchete.