Russel, início dos anos 70, construção da segunda ala da Sede da Manchete

 

Nossa foto de hoje é uma continuação da imagem postada dia 13/09 último, uns 20 anos para frente, quando da construção da segunda ala do prédio da Manchete, viabilizada pela demolição do castelinho da Família Pareto.
A vista aéra nos possibilita a visão de um ângulo pouco comum do prédio, onde vemos dominando, ao contrario da recortada fachada de vidros fumê, a grande caixa d’água revestida por paineis de azulejos de Athos Bulcão além da caixa do Teatro Adolpho Bloch, encarapitado na encosta do Morro da Glória e visto por muito poucos, exceto os que nele foram quando ainda funcionava ou por funcionários e visitantes da Manchete. O minimalista jardim, coroado com a irregular cobertura e as obras de arte lá colocadas também nos mostram um panorama bem interessante.
Do lado direito vemos as abas do morro sendo recortadas para a construção da nova ala, projetada para agregar todas as funções do grupo Manchete, além da editora e possivelmente a tão sonhada emissora de TV, idéia acalentada pelos Bloch durante anos e que foi o pivô da ruína do grupo. Nos anos 80 essa segunda ala se mostrou insuficiente e mais um anexo, apoiado nas encostas foi levantado.
Na rua um festival de cores, tudo muito diferente dos tons tristonhos dos carros de hoje, na base da foto o denso arvoredo projetado por Passos.