Vista da Av. Rio Branco, Cadernos do Normandie

Nessa curta semana fecho as postagens com mais uma imagem do programa do cruzeiro do transatlântico francês Normandie ao Rio e América do Sul, pouco antes de estourar a II Guerra.
A foto tirada do Ed. A Noite, o mais alto da América do Sul a época mostra uma parcial do Centro, principalmente o exito da Av. Rio Branco, ainda pouco verticalizada. Vemos que por exemplo da Candelária para a Praça Mauá, por exemplo além do A noite só existia o Ed. Unidos, que foi construído no período aproximado de 1937/38. É impressionante constatar que da Rua dos Beneditinos até a Rua Buenos Aires não existia um só prédio, e eles continuavam escassos pela hoje verticalizada avenida. Para se ter uma idéia, os hoje achatados edifícios da região da Rua Álvaro Alvim se destacavam como os mais altos da foto, exceto pela Torre da Mesbla e pelo esqueleto do prédio do MEC.
A Rio Branco, ainda estava com o canteiro central, e com os postes centrais como na inauguração, pouco tempo depois sofreriam uma modificação e antes de 1945 seriam retirados. A foto também apresenta um detalhe curioso, os pés de Pau Brasil nesse trecho da avenida, estão muito mirrados, principalmente se compararmos com as árvores após a Rua de São Pedro, frondosas e copadas. O que será que aconteceu ??
Outro ponto de reflexão que a foto nos dá é que em menos de 03 anos a Av. Pres. Vargas, seria aberta, criando uma nova frente para a construção de novos prédios, a pergunta que fica é: Porque não se proibiu de construir na Rio Branco, enquanto a Pres. Vargas não estivesse toda edificada, ao contrário de se destruir toda a Rio Branco e até hoje a Pres. Vargas está sub-utilizada.