Nessa foto de Malta vemos os últimos dias do Largo do Moura, o pelo menos o que restava dele depois da construção do Mercado Municipal na Adm. Passos.
Os pavilhões da exposição de 22 sobem em meio a um dos tecidos urbanos mais ancestrais da cidade, modificando para sempre o local, que passaria todo o séc.XX e início do séc. XXI sofrendo transformações.
Na extrema esquerda vemos o mercado, que junto aos seus torreões virados para o Calabouço ganhava uma máscara neo-colonial, disfarçando sua fachada Art-Noveu que em nada combinava com o novo estilo arquitetônico oficial do Brasil.
Ao seu lado, praticamente colado em sua fachada que abrigava o portão de número 1 era erguido o Pavilhão das Pequenas Indústrias, ao fundo, no local do antigo Largo da Batalha subia o imponente Pavilhão dos Estados, o mais alto da exposição. A sua direita, discreto, mas já terminado vemos o Pavilhão do Distrito Federal e Administração da Exposição, a única construção que permanece de pé nos dias de hoje como Museu da Imagem e do Som.
Na direita, em primeiro plano temos o luxuoso Pavilhão da Agricultura e Viação, que contava com um elaboradíssimo interior.
A via entre os pavilões era no meio do novo Largo do Moura, pós Passos, podemos até ver o meiofio, os postes de iluminação e o piso de saibro entre o pavimento da paralelepípedos das vias circundantes. O pavilhão das Pequenas Indústrias inclusive está sobre o leito de uma linha de bonde. Fora das obras a vida corre normal, com as carroças que transportavam os gêneros do mercado para a cidade, e carrinhos de burros sem rabo.
Curiosamente poucos anos após o término da exposição, esses dois pavilhões mais próximos foram demolidos, voltando o Largo do Moura a ter uma configuração muito próxima ao período anterior ao da exposição, mas pouco tempo depois a pequena praça foi tomada por uma estação do bonde bagageiro.
O Pavilhão da Agricultura e Viação ficava onde até pouco tempo atrás tinhamos um grande estacionamento e onde há pouquíssimos anos foi construído mais um prédio do complexo do Fórum, que vem ocupando todos os espaços da região.
Largo do Moura 1922
u
André,
o prédio no centro desta foto é o mesmo da foto do dia anterior que está no canto direito (foto: Panorâmica da Expo de 22)?
abraços
No extremo direito da foto de ontem é o Pavilhão de Estatística, o Pavilhão dos Estados é o de maior altura, na parte direita da foto
André, o centro cultural da Saúde que fica aí próximo, não seria também um remanescente da Expo?
O Centro Cultural da Saúde é o Pavilhão de Estatísitca de expo de 22, embora hoje esteja sem sua cúpula e com um terceiro pavimento
A construção clara à esquerda é a fachada cenográfica do Mercado ou o pavilhão de Pequenas Indústrias?
Já fiz umas comparações cartográficas nesta área, infelizmente agora não posso “pescar” os links.
É o pavilhão, a fachada cenográfica está sendo montada junto aos portões 6,7 e 8 do Mercado (extremo esquerdo superior da foto), na face virada para a Casa do Trem, onde ficava o largo na frente do Pavilhão de Estatística. Nesse lado Pavilhão das Pequenas Indústrias encobriu a fachada do Mercado
E esta foto faz 87 anos amanhã!
Faz aniversário junto com o meu velho,tinha visto a data, mas não dei conta que era amanhã, que ha 87 anos atrás a foto foi feita
Imagino o dinheirão que gastaram aí para depois demolir quase tudo…
A Justiça, quanto mais prédios faz hoje em dia, mais ineficiente fica.
É só fachada mesmo.
E a cada vez que se precisa ‘autenticar’ qq coisa, mais dinheiro entra para os cofres do Tribunal de Justiça…
Para o Tribunal, ou para os donos dos cartórios?
Nos cartórios de registro de imóveis, pessoas, notas etc grande parte vai para o titular do cartório e uma pequena parte para o TJ, já nos processos judiciais, vai quase tudo para o TJ, e umas pequenas porcentagens para OAB-CAARJ, Associação de serventuários etc…
Que coisa… Quanta construção , demolição, desmonte, mudança em um trecho tão pequeno e em um tempo tão curto… no final não temos nada.
Também havia a rua José Cândido da Costa Velho, onde passava o bonde.
Já pensam em revitalizar o centro, inclusive, com um novo mercado municipal. O maior estrago na região foi a demolição do Morro do Castelo e, posteriormente, a construção do viaduto, hoje demolido.
Espero que referências do passado como o Largo do Moura, o Calabouço, etc., mesmo hoje inexistentes, possam ser resgatados.