Túnel Santa Bárbara, logo após a inauguração

Por motivos de obras nosso arquivo inédito, bem como os livros e demais materiais de consulta estão indisponíveis, portando faremos um repeteco de posts que foram realizados no fotolog desde o início do “foi um RIO que passou”, quando possível com os textos revisados e enriquecidos. O de hoje, publicado em Novembro de 2004.
Uma foto tirada de dentro do recém inaugurado Túnel Santa Bárbara, ainda com uma única galeria, que com o aumento do tráfego o transformou num dos mais poluídos do mundo, pois como os carros andavam em regime de mão dupla em sua galeria, o deslocamento de ar em sentido opostos fazia a fumaça ficar confinada dentro dele.
O Santa Bárbara teve um construção bastante atribulada, primeiramente foram anos para sair do projeto, pois ele foi planelado no Plano Agache, do final dos anos20. As obras só se iniciaram nos anos 50, e incialmente enfrentaram problemas nas embocaduras, com o solo de péssima qualidade. No final da década, quando as obras estavam bem adiantadas o desabamento de uma gande massa de rochas no meio das galerias, além de atrasar as obras vitimou vários operários, muitos fatalmente.
Curiosamente neste trecho foi criada uma gruta, onde o Governador Carlos Lacerda construiu uma capela dedicada a Santa Bárbara homenageando os operários mortos. Mas por ela ficar no caminho do sistema de exaustão do túnel, ficou sem nenhuma condição de uso. Após a reforma dos anos 90 o painel da pintora Djanira foi restaurado, e se encontra hoje no prédio da Museu Nacional de Belas Artes.
O primitivo sistema de ventilação, composto de um grande ventilador, que sugava por aberturas na abóboda e conduzia os gases e a fumaça para uma grande galeria onde ela seria levada para cima da boca Catumbi, não dava conta e o túnel vivia tomado pela poluição. Por esta razão projeto semelhante que seria empregado no Rebouças foi abandonado.
A solução só veio no final da década de 80 início da de 90 onde as galerias foram divididas por uma parede e instalados ventiladores parecidos com o do Rebouças.
Duas curiosidades podem ser observadas nessa foto, a primeira são as luminárias usando lâmpadas fluorescentes no túnel, que também foram usadas no túnel Major Rubens Vaz, a à direita da boca a sede da administração ainda não construída e em seu lugar um precário barracão.