Subúrbio de Cascadura, anos 50

Por motivos de obras nosso arquivo inédito, bem como os livros e demais materiais de consulta estão indisponíveis, portando faremos um repeteco de posts que foram realizados no fotolog desde o início do “foi um RIO que passou”, quando possível com os textos revisados e enriquecidos. O de hoje, publicado em Março de 2005.
Estação de Cascadura em 1959, típica confusão desse tipo de localidade, muita gente, bondes, ônibus e lotações disputam o grande número de pessoas que desembarcam das composições.
Segundo fontes o local permanece ainda muito parecido, o acesso à estação de trem, e os azulejos em xadrez do boteco ainda permanecem os mesmos, bem como a largura da rua.
As mesmas fontes dizem que o tempo parou, o comércio deixou de existir em torno da estação e há vários imóveis abandonados. Um retrato comum dos subúrbios cariocas, que vão sendo destruídos pela incúria dos governantes, que expulsaram suas indústrias através de altos impostos e falta de contra partidas; o ICMS com alíquota de 35% sobre telecomunicações em nosso estado é só um recente exemplo, bem como a população expulsa pela violência e pelo avanço sem controle das favelas, que como um câncer vem fagocitando a cidade sadia, ocupando áreas abandonadas ou muito desvalorizadas, que irá acarretar o mesmo efeito em área próxima e assim sucessivamente até alguém ter topete para brecar, mas quem será ????
Pelo visto não será o recém eleito, aliado das mesmas politicas que vem destruindo os subúrbios, depois do surto urbanizatório do final dos anos 50 até o meio dos 70. O estudante da PUC e do CSI, certamente fará como muitos politicos bem nascidos. Deitou loas às localidades, levadas ao atual estado pelo interesse dos políticos de ter uma massa pouco esclarecida e facilmente manobrável, mas a partir do  dia 1 de Janeiro estará mais interessado em fazer obras de fachada na Z. Sul da cidade, atender os interesses  das espúrias alianças de sua campanha, e entregar o além da Av. Brasil ao populismo e clientelismo, que desejarão manter a região do mesmo jeito.

34 comentários em “Subúrbio de Cascadura, anos 50”

  1. Esta foto é de Cascadura? Não consigo identificar o local, que rua seria esta? Suas fontes estão erradas, o comércio em torno da estação é grande e muito diversificado com destaque para a rua Silva Gomes, polo de informática/eletrônicos que muito frequento.

    1. Identifiquei o local há muito tempo pela linha do bonde, que na foto publicada aparece com seu número. Infelizmente todas as minhas anotações o o meu PC estão encaixotados, teclo do notebook da minha mulher. Mas identifiquei o lugar corretamente na época. Já a `fonte foi um amigo que transita pelo subúrbio como OJA

      1. A foto deve ter sido tomada do alto das escadarias da estação, mas do lado oposto da Av.Suburbana. Quando estiver lá fotografo. Um lugar onde o comércio esta arrasado é ao longo da Av.Uranos devido sobretudo ao tráfico e favelização. Dá pena de ver. Cascadura é bem calmo. O único fato notável recentemente foi o caso do menino arrastado preso ao cinto do carro.

    2. MILTON PONTES PARENTE comentou,
      Esta foto é da Rua Nerval de Gouveia, que é parralela a estação de trens, onde existia a estação do bonde que vinha de Jacarepaguá e fazia o retorno de volta, se voce observar bem existe a escada para ás pessoas subir no viaduto e embarcar no trem, ou ir para o outro lado no Centro Comercial de Bairro ou na Rua Sidônio Paes e Av. Suburbana.
      MILTON PARENTE.
      (21) 9949-0735

      1. O senhor coneheceu meu pai ?João Pessoa de Lima ele era advogado e era vice presidente na ocasião da inauguração da piscina, salvo engano o presidente era o Senhor Manhães ele Tinha uma rede de Drogarias chamada -Drogarias Manhães

  2. Essa foto foi publicada no Nosso Século (eu acho) e era identificada como Cascadura.
    Eu não conheço a região, como aliás conheço muito pouco o Subúrbio como um todo (aliás vide o mapa publicado no Globo, não sei qual é a referência, mas “Zona Norte” é apenas a Grande Tijuca, o restante é “Subúrbio”).
    Olha, é difícil dizer isso sem tocar em preconceito, mas eu acho que as favelas são apenas a exacerbação de um “gosto pela desordem” que o brasileiro/carioca como um todo tem, e que a Zona Norte/subúrbio sempre mostrou mais que a Zona Sul. As regiões movimentadas do subúrbio sempre foram desorganizadas e sujas, mesmo antes do crime organizado se tornar o principal poder da cidade. É fato que no subúrbio existem lugares limpos e organizados, mas enquanto que na Zona Sul isso é (vá lá) regra, no subúrbio é quase exceção. E não tem nada a ver com favela.

    1. A palavra “subúrbio” foi desvirtuada e tomou sentido pejorativo, deveria cair em desuso. A região da Leopoldina e Ilha do Governador deveriam ser nomeadas “Zona Leste”
      O lugar mais sujo da cidade é o centro, lá é freqüêntado por pessoas de todo o município. A zona sul é mais policiada e limpa na orla, os hotéis exigem isto. Não vejo muita diferença de limpeza/sujeira entre o Engenho de dentro e Botafogo na região da Dona mariana e Sorocaba p.ex. A parte de dentro do Leme é muito suja também, Copacabana idem. Claro que na zona norte as construções e casas são mais simples e com pouco manutenção, mas isto se deve a fator financeiro, inclusive do estado na sua área de atuação.
      Quando o lugar já e sujo, ninguém respeita. Por que que no metrô todos respeitam? O mesmo cara da favela que joga papel no chão e o cara da zona Sul que joga guimba e lata pela janela do carro?

      1. O Centro é sujo principalmente porque não tem moradores, só população flutuante, não há gente para cobrar coisas básicas como limpeza, funcionamento da iluminação pública, galerias de águas pluviais etc….

  3. Não sei se podemos classificar as favelas como um câncer e nem a cidade de sadia, pois as favelas se tornaram uma necesidade com o crescimento da cidade que precisava de mão de obra que morasse o mais próximo possível do trabalho desde de as reformas de Passos ou antes.

    1. Acho que esse raciocínio poderia ser aplicado há 40 anos, mas não hoje. Em sua origem as favelas eram ocupações precárias e rurais, hoje em dia são amontoados de concreto e lixo governados por bandidos. Por que não houve um mínimo de ordem em sua ocupação, como na maior parte do subúrbio, de origem igualmente pobre? E o que dizer de favelas que tiveram origem como bairros organizados, como a Cidade de Deus e a Vila do João? O que faz a favela são os seus moradores e (como eu disse) o “gosto pela desordem”. É a mesma força que criou o Camelódromo.

    2. Se as favelas, com seu crescimento incontrolável, não é um câncer. O que seria em termos de urbanismo? Vou mais longe, pois acho que o Rio de Janeiro é um organismo tomado por metástase e que vai, inevitavelmente, matá-lo. Isso tudo causado pela mentalidade atrasada e populista, muito bem explicitada na fala de um antigo “intelectual” e Vice-Govenador: Favela não é problema, é solução.

      1. Favela é um problemão para a cidade e é solução apenas para aqueles que se beneficiam diretamente dela: traficantes, policia, políticos, religiosos e outros seres parasitários.

  4. Acho que o nome dessa rua é Nerval de Gouvea (lado oposto à Av. Suburbana). E até os azulejos do comércio que aparece à esquerda são os mesmo de meio século atrás.O comércio do lado oposto foi pro saco. Os lotações viraram Kombis, controladas pelo poder paralelo. A largura da via é a mesma. Passar por aí por volta das 18:00/19:00h é um inferno.

  5. pobreza + moradores com gosto pela desordem + amontoado de lixo + uma doença que vai matar a cidade.
    Essa generalização beira o preconceito, favelas são um problema pra cidade e isso é inegável, mas favela é antes de tudo consequência.

    1. Concordo plenamente com a sua última afirmação. Favela é conseqüência de muitas décadas de descaso e abandono da população à própria sorte. Nunca houve, com execeção de Lacerda e Negrão de Lima, político nenhum interessado em resolver a questão: remoção de favelas e construção de casas populares. O único intersse era beneficiar-se politicamente, ter aquele curral de miseráveis para manobra. E dane-se a cidade. Ela vai ser engolida pela metátase e vamos todos fazer parte da “solução” de Darcy Ribeiro.
      Está ruim, mas vai piorar, pois nosso prefeito eleito é aluno desta escola de oportunistas.

  6. É Cascadura mesmo, lado contrário à Av. Suburbana e eu me LEMBRO de já ter entrado neste bonde, quando era BEM criança, e ele entrava ali onde tem apenas um trilho e dava uma volta bem circular no terreno ali dentro e saía para voltar ao centro de Cascadura ! E, eu passando há alguns poucos anos por ali, vi que o terreno ainda existe!e, se não me engano ainda com os trilhos ! Ô, gostosas recordações !( PS- E, acabei de ir procurar no Google Earth, e lá está o terreno bem circular, logo embaixo do nome da rua ( Nerval de Gouveia, mesmo !! )

  7. Esta foto é da Rua Nerval de Gouveia, que é parralela a estação de trens, onde existia a estação do bonde que vinha de Jacarepaguá e fazia o retorno de volta, se voce observar bem existe a escada para ás pessoas subir no viaduto e embarcar no trem, ou ir para o outro lado no Centro Comercial de Bairro ou na Rua Sidônio Paes e Av. Suburbana.
    MILTON PARENTE.
    (21) 9949-0735

  8. Ali era o final da linha do bonde que vinha de jacarepaguá com o ponto final em Cascadura, eu estudava no Colégio Arte e Instrução e pegavamos carona no bonde até a estação de trem, eu sempre gostei do suburbio, ás amizades são sinceras, sai de Cascadura fui mora no Bairro do Leme, foi muito bom, hoje moro na Barra da Tijuca, mas sinto saudades do bairro de Cascadura e das amizades que lá deixei.
    Coloco o meu e-mail para contatos;
    MILTON PARENTE, fui diretor social do Cascadura Tenis Clube, e construimos com muita luta a piscina e o parque aquático do clube.
    Grandes bailes promovir e cutir no Cascadura Tenis Clube.
    Sem mais, um forte abraço para todos os Cascadurense.
    [email protected]
    Tel. (21) 9949-0735

  9. Fui um dos colonizadores do ano de 1946 do Bairro de Cascadura, em 1950 fui morar na rua do Souto no nº 18, que fazia esquina com a rua Nerval de Gouveial. no sentido de Quintino/Piedade. A foto é de fato da referida rua, aliais tenho algumas fotos escolares deste local. Se observarmos os trilhos do bonde, que já saiu da gare de retorno, existia um desvio que era para o bonde que chega-se antes esperar a saída do que estava estacionado na gare, que era uma peguena estação, com bancos longos de madeira para as pessoas esperarem os bondes e um toalete para os passageiros, que era fechado, para usá-lo tinha que apanhar as chaves com o chefe da estação.Neste local , peguei muita carona nos seus carros enquanto o bonde fazia o contorno para voltar para jacarepagua e parava enfrente ao Colégio Arte e Instrução, onde estudei por muitos anos.
    Ao lado existia uma passagem, uma porta aberta, onde existia uma balcão com quiches os quais os trocadores prestavam contas das cobranças efetuadas na viagem e o motorneiro as ocorrências havidas, no local havia WC e pias para uso dos empregados da Light. Pena que ninguém teve a idéia de fotografar de frente a estação, nem eu.Mas voltando a foto, ali se vê os trilhos entrando na gare do bonde, que está por trás de um microonibus, além da fachada da fábrica de Pipulas do Dr. Waitt, vocês se lembram, não, que pena.Enfrente as escadas de subida e descida da estação de trens de Cascadura existia um Cartório de Registro Civil. O boteco tinha balcão para os três lados, um para via pública, outro no acesso a segunada escada e a terceira para dentro da estação de trens. Tem muita coisas para contar só nesta foto, dá para escrever um livros. O Milton Parente que o diga, Vc. talvés não era do meu tempo escolar, mas gostaria que fosse,também não moro mais no bairro, sai em 1960, para casar. È tenho 51 anos de casado e com a mesma mulher.E digo, valeu apena.Minha famiília continuou a residir no bairro na Rua Padre Telemaco, 35, até os meados dos anos de 1970. Obrigado, por ter dado-me esta oportunidade de recordação. Abraços Cascadurense.
    bmx games, youtube

  10. Gostaria de saber mais sobre o bairro de cascadura, principalmente, rua souto e antigo engenho (fazenda que havia ) nas imediações. vim morar aqui neste bairro em 2009, e pouco sei do mesmo, inclusive fotos
    Moro na rua lancastre, proximo a são pedro.

  11. Cascadura. Meu pai MILTON GOMES PARENTE, chegou no bairro nos anos 50 e ser estabeleceu com comércio na Rua Sidônio Paes, no ano de 1958 fundou a ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE CASCADURA, no Largo de Cascadura, na Rua Iguapé nº 10 – 5º andar com sede própria com 100 sócios proprietários, por ser trata de um prédio comercial de salas não tinha como fazer a parte recreativa, aí ele teve a ideia com o Médico Dr. Gilberto Ururai e outros de fundar o CASCADURA TÊNIS CLUBE no mesmo ano de 1958 na Rua Barbosa nº 150, e os comerciante e moradores compraram título de sócio proprietário e fundaram o clube já com a sede própria. Meu pai era muito barrista, sempre lutando por melhoria do comércio e do bairro, muitos foram os carnavais que ele ajudava a promover, fazendo coretos e banda de músicas na Rua Sidônio Paes, tendo um ano que a Escola de Samba Em Cima da Hora desfilou completa no Bairro. Eu seu filho MILTON PONTES PARENTE, fundei a ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE CASCADURA, O ROTARY DE CASCADURA. Fui candidato a Vereador pelo Bairro, Como Diretor Social do Cascadura Tênis Clube, junto com o Presidente do Clube Nicércio Manhães, compramos o terreno em frente ao Clube e construímos o Parque Aquático tão sonhado pela comunidade.
    A minha mulher Dra. Lilian de Souza Parente, médica no bairro desde o ano de 1980 atendendo a todos no bairro, com especialidade de Ginecologia, Clinica Médica Homem e mulher, Obstetrícia, Homeopatia, Acupuntura e medicina Oriental, está atendendo até hoje com consultório na Rua Sidônio Paes 47.

  12. Por favor, preciso de uma foto antiga da Rua Sidônio PAes, 19 em Cascadura para provar a existência desse imóvel, junto à Secretaria de Urbanismo.
    Desde já, agradeço.

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