Postaremos hoje alguns detalhes da fachada do belíssimo sobradão neo-clássico destruído pelas demolições dígnas de um bombardeio da segunda guerra mundial na região do Catumbi, no início dos anos 70 para a construção da Linha Lilás e de um plano urbanístico conjunto que até hoje, 35 anos após, não vingou.
Na nossa primeira imagem vemos o belo trabalho de serralheria no gradil da sacada do imóvel, há desenhos em ferro batido muito complexos e de extremo bom gosto que pela o estado de oxidação não podem ser plenamente observados.
Já a segunda imagem mostra não só a ânfora localizada no topo da fachada, certamente metálica e que fazia parte do conjunto com duas estátuas também metálicas, possivelmente de bronze, furtadas pouco tempo antes dessa foto ser batida e postas a venda num brechó da Rua da Lapa ao arrepio das autoridades competentes, que mesmo avisadas nada fizeram.
Mas também a grande flor estilizada arrematando a fachada do imóvel, detalhe esse por mim nunca observado nos imóveis antigos que sobrevivem pela cidade.
A demolição desse prédio entre no rol das demolições estúpidas em nossa cidade.
Linda essa parte de cima das janelas.
Afinal, houve um plano urbanístico para esta região? Tem algo a ver com o arrasamento da vizinha Cidade Nova?
A área foi demolida em 1970? Mas esse trecho da avenida, entre o cemitério e a Frei Caneca só foi feito em 1978 (eu lembro da construção, e dos engarrafamentos na Carmo Neto para pegar o Santa Bárbara).
Rafa, o plano urbanístico para as duas regiões era o mesmo, nessa mesma época o viaduto cruzando a Pres. Vargas já estava sendo realizado
Em 1970, esse prédio já devia ter mais de 100 anos.
Mas qual era o plano urbanístico? Previam após a demolição a construção de prédios na região ou era para ser tudo um grande vazio?
Sinceramente eles previam que uma região arrazada seria ocupada de forma rápida, enquantoi a própria Pres. Vargas tinha vários terrenos vazios em pontos muito mais nobres.
A região era imaginada como aquela parte perto da prefeitura e dos Correios que chegou a ser bem ocupada. O Sambódromo inviabilizou mais ainda uma possível ocupação da área ao dividi-la em mais uma marte.
Hoje até vemos uma tímida ocupação na região da Pres. Vargas, mas o resto da região ainda é um grande vazio urbano
Obrigado.
Vazio estúpido. A região era o local de moradores de media e baixa renda que foram expulsos para outros locais com o arrasamento. A classe médio migrou para outros bairros e a classe mais pobre para as favelas.
Hoje exitste espaço não utilizado em uma área com toda a infraestrutura urbana, enquanto a cidade cresce para áreas sem nenhuma infra.
Belo casarão !
Outro sonho de ocupação da região foi o Metrô na Cidade Nova, pensavam que em função da facilidade de transporte haveria muita gente interessada em construir e morar no lugar.