Hoje no Saudades do Rio temos um post que fala sobre um dos trabalhos feitos pelo arquiteto Le Corbusier em uma de suas estadas em nossa cidade e nunca realizado que eram os edifícios fita, por toda a cidade ( http://fotolog.terra.com.br/luizd ).
O modernista francês que influenciou toda uma geração no Brasil, os quais muitos superaram o mestre como os Irmãos Roberto e Reydi, deixou projetos e inspirações para uma cidade modernista, um deles realizado de outra forma e lugar que é o tema de hoje.
O desenho que vemos é a perspectiva de como ficaria o MEC, na visão de Corbusier e no terreno por ele escolhido, o que não foi possível.
Na década de 30 os terrenos para os prédios dos vários ministérios já estavam definidos pelo Governo Federal, muitos como parte da esplanada monumental criada anos antes por Agache, dentre eles o terreno do MEC.
Corbusier em visita ao país e convidado para elaborar, como consultor convidado não só para elaborar o prédio do futuro MEC como da nova cidade universitária, a qual Corbusier pretendia erguer no Centro da cidade. Mas problemas com a legislação trabalhista no caso do MEC e de fortes resistências do corpo docente quanto a realização da Cidade Universitária seu trabalho foi em muito limitado, mas não a ponto de não participar ativamente da criação do MEC.
Como falamos pouco a cima o terreno já destinado ao MEC, e de fato onde está hoje construído o prédio, não agradou por suas dimensões o arquiteto francês que saiu em busca de um novo, achando na mesma esplanada, quase a beira mar numa área fronteira ao Aeroporto que estava sendo construído, sendo esse terrenos de propriedade da PDF e não do Governo Federal.
Aparentemente o terreno ficava na região da Av. Gal. Justo quase na junção com a Av. Mal. Câmara na área onde mais tarde foi construído o Trevo dos Estudantes. Corbusier julgava que ali seria o melhor lugar para coloca-lo, com dimensões condignas com a função pretendida pelo prédio, ao contrário do outro terreno “Acanhado e sujo dentro de um bairro de negócios” segundo o próprio arquiteto. Tanto o terreno, como o projeto entusiasmaram o Ministro Capanema, que entrou em negociações imediatamente com a PDF. O prédio projetado para esse terreno seria um monobloco sobre pilotis, como o realizado, mas muito mais baixo e horizontal, como a figura deixa claro.
Mas por razões urbanísticas o terreno não poderia ser disponibilizado, tendo Corbusier ter que adaptar seu projeto original ao terreno previamente destinado, originando um prédio menos horizontal e com mais pavimentos, como realmente ficou o projeto definitivo realizado pela equipe brasileira comandada por Lúcio Costa e Reydi. Que aprimoraram o projeto adaptado de Corbusier corrigindo alguns erros como a ausência de vista para a baía, a qual o primeiro projeto possuía.
Comments (6)
luiz_o 12/17/07 10:06 AM …
Ótimas informações.
jban 12/17/07 4:06 PM …
Show de bola !
rodrigonetto 12/17/07 4:22 PM …
Esses prédios modernistas eram todos muito parecidos…. Caixote, pilotis, fachada de vidro recuada com brise-soleil, e construções horizontais no térreo, muitas vezes contrastando com o restante do prédio.
Escrevi esta descrição lembrando dos edifícios mais antigos do Fundão… vai dizer que não se enquadra direitinho neste projeto, e também no MEC que foi construído?
Olha só a Reitoria, que a Milu postou:
http://fotolog.terra.com.br/cartepostale:358
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
tumminelli 12/17/07 6:58 PM …
Eram mesmo todos muito parecidos.
🙂