Av. Rio Branco, anos 30

andredecourt's photo de 17/01/07

Hoje teremos um post duplo com o flog “Saudades do Rio”.

Luiz D’ postou hoje uma foto do acervo do Francisco Patrício ( http://fotolog.terra.com.br/luizd:625 ) mostrando um trecho da velha Av. Rio Branco, com prédios desconhecidos, deixando comentaristas perdidos quanto a localização.
Posto então essa bela foto, mostrando uma Av. Rio Branco que não existe mais, ainda mais nesse trecho, pois foi o que a Av. Pres. Vargas rasgou.
O prédio que vemos à esquerda é um curioso exemplar do que podemos chamar de primeira geração e meia da avenida, pois o prédio original foi modificado, ganhando pelo menos mais 3 pavimentos e tendo a fachada modernizada, sendo retirados praticamente todos os elementos ecléticos dela. Ele foi demolido na abertura da Pres. Vargas, em algumas fotos da demolição da igreja de São Pedro, postadas aqui no flog ele aparece, pois junto com a igreja foi uma das últimas construções a ser demolida.
A rua que vemos separando ele do seu vizinho é a Gal Câmara, onde hoje é a pista lateral sentido Centro da Pres. Vargas, o prédio seguinte sobreviveu à abertura da Pres. Vargas, mas em poucos anos foi demolido para a construção do prédio do Banco Mercantil Brasileiro.
Já o edifício déco fazia parte da segunda geração dos prédios da Rio Branco, e já foi mostrado em algumas fotos aqui no flog e em flog’s de amigos. Ele permaneceu na avenida até o final da década de 70 início da de 80 quando foi demolido sendo em seu lugar construído o horrendo, brega e desproporcional Manhatan Tower, no mesmo estilo do Rio Branco Um.
Mais atrás, vemos as cúpulas do Café Persa, da Casa Colombo, do Jornal do Commercio e outros dois prédios décos, o da Cia Equitativa de seguros, demolido nos anos 70 e o Guinle até hoje de pé.
A foto do Luiz D’, mostra no rés do chão a esquina da Av. Rio Branco com a Rua de São Pedro.

Comments (12)

violetamafalda 17/01/07 07:30 …
Qual era a rua de São Pedro, André?
Excelentes fotos vc tem mostrado.
Beijo.
Derani 17/01/07 08:40 …
Ótimo post duplo!
Duas vistas: de cima e a rés-do-chão.
Qualquer dia, com essa profusão de fotos, vamos ter a Avenida da década de 30 esquadrinhada metro a metro…
AG 17/01/07 10:02 …
Andresíssimo, como falei lá no recanto do Luiz, você fez um gol de bicicleta na entrada da área. O post duplo de hoje (parabéns a você e ao Luiz) estufou as redes e fez a galera aplaudir.
Detalhe apenas para o “rés do chão”. Fora do eixo Porto-Lisboa, ouvi pouquíssimas pessoas usarem este termo tão castiço. Fora o Jânio Quadros e o Austregésilo de Athayde, só vi uma pessoa citar o vocábulo mais de uma vez e com sabedoria. Falo do gauchão machão, masculão como ele só, José Lewgoy. Como já foi citado aqui, num entrevista, o nosso George Raft caboclo dizia que só entrava em cinema se ele fosse no “rés do chão”. E reforçava o termo com a certeza safada de que pouca gente sabia que diabo era aqule tal de “rés”. E levando um garfo de macarrão do Marguta à boca, remetava: – Cinema em shopping never, jamais, niemals, giammai, nunquinha.
natureco 17/01/07 10:04 …
Só gostaria de saber se sobrou algum exemplar eclético na Rio Branco.
Abçs.
Luiz.
Luiz D’ 17/01/07 11:22 …
Excelente e esclarecedor “post” duplo.
O André sabe tudo!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
jban 17/01/07 11:33 …
Os “donos” dos fotologs estão dando um show de bola !!!
AG 17/01/07 11:43 …
Mas o que é isto ?
Primeiro a Minerva, nos “inervando” com um CD, provavelmente do Camelódromo da Uruguaiana.
Vendeta — isso é nome de perfume feito em Nova Iguaçu.
Depois Oskar que promete aparecer ” en la pantalla la letra inicial del chico o de la chica que te gusta”
Que negócio é esse ?
Isso aqui não é Ciudad del Este não, hermanitos.
Iban encher lo saco de su turma.
Vinicius 17/01/07 14:46 …
André, por que quando faziam nessa época uma reforma em um imóvel, tiravam os ornamentos ecléticos? Seria um modismo?
andredecourt 17/01/07 16:27 …
Vinícius, era a mesma coisa antes que reformar um imóvel colonial e acrescentar ornamentos ecléticos, ou modernizar prédios antigos hoje com paineis de vidro ou metálicos
Rafael Netto 17/01/07 20:17 …
Então eu acertei o local!
Essa história da reforma, fez-se muito durante os séculos XIX e XX e eu cheguei a postar no meu fotolog uma prova testemunhal disto:
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto:254
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto:255
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto:256
Hoje em dia, com a consciência de preservação, passaram-se a ser feitos os “retrofits” nos quais se restaura o exterior modernizando o interior. O que nem sempre é bom, porque muitas vezes, o interior original do prédio também costuma ter valor histórico e artístico.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Evelyn 17/01/07 22:34 …
Que foto bacana!
Saberia dizer o que encontramos hoje respectivamente nestas edificações citadas?No lugar do Café Persa,por ex,hj o que temos?E na famosa Equitativa?
AG
Encontrei várias vezes José Lewgoy sábado à noite no cinema Roxy, sentadinho, sozinho com sua bengala na primeira poltrona à esquerda.
Li uma entrevista dele dizendo que cinema em Shopping é igual a entrar em labirinto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

+ 78 = 85