Nossa vista tem hoje relação com o post sobre a caixa d’água do Morro da Viúva, que pode ser visto aqui: http://www.rioquepassou.com.br/2006/12/18/
Na foto contávamos a história do hoje desativado e praticamente desconhecido reservatório e outros fatos inerentes a importância histórica do Morro da Viúva para a construção da cidade.
Pois essa bela aérea do CAN, revela o topo do morro uma época que a Av. Ruy Barbosa era conhecida como Av. do Contorno e só tinha aberta um pequeno trecho de fronte ao hotel construído para Expo de 1908 e que chegou aos nossos dias sendo sede da Casa do Estudante da UFRJ, praticamente em ruínas, sendo a restauração e a entrega do prédio a cidade mais demorada que o ideal.
Na Av. Oswaldo Cruz podemos ver com nitidez a torre bem alta e esquia do Palacete Martinelli, obra do grande Virzi, demolida nos anos 70, a foto também nos mostra a área de lazer do palacete, no topo do morro. O pequeno pavilhão redondo faz parte dela. Essa área de lazer foi mantida pelo prédio construído no local.
Chegando na enseada de Botafogo podemos ver as instalações do reservatório, com as suas duas pequenas torres, e as paredes da caixa d’água.
Do velho fortim, que certamente deveria ser apenas um outeiro de artilharia, com alguns canhões espigados para a entrada da barra nada mais pode ser notado dessa altura, se seu sítio não foi destruído por nenhuma das obras posteriores ou posto abaixo junto com as fraldas exploradas pela pedreira certamente existirão vestígios que só uma caminhada no local poderá indicar
No canto superior direito da foto ainda podemos ver a cúpula da Vila Marinha, na rua Senador Vergueiro, outro projeto de Virzi e que já foi estrela de 2 post’s aqui no flog: http://www.rioquepassou.com.br/2006/05/30/ e http://www.rioquepassou.com.br/2006/05/31/
No pé da foto vemos a pedreira da Jannuzzi & Irmãos ainda em atividade, embora o cais da Av Ruy Barbosa já esteja no local em quase toda a sua extenção.
Comments (17)
Pois o canteiro da Oswaldo Cruz era realmente central.
Também num filme de 1964 vi a Rui Barbosa ainda com mão-dupla.
Mais uma foto espetacular!
Já postei uma foto do palacete dos Martinelli uma vez:
http://www.flickr.com/photos/carioca_da_gema/84404016/
:-)))
Maravilha de aula, André !
Pena que não dá mais para ver o morro, depois que foi fechado pelo último prédio paredão.
Incrível como a história da cidade é a história da transformação da paisagem e criação de espaço às custas de corte de morros e aterros.
Mais uma foto incrível, quanta mudança!!!
André,bom dia.
Nãp pude deixar de reparar um detalhe que talvez defina a posição do forte,ou,pelo menos, de alguma construção bastante antiga,e ainda não referida. Trata-se da marcação de uma planta de vários compartimentos,que podemos ver bem na extremidade de cá do morro,mais próxima ao observador,parte dela já desapareceu na exploração da pedreira,mas resta o suficiente para ver que são linhas artificiais.
Muito bem postada.
O acesso ao topo do morro no extremo voltado para Botafogo ainda é feito por um tunel horizontal na rocha sem acabamento, e depois verticalmente por um elevador em outra perfuração na rocha, vai do nivel da rua ao topo do morro sem parada, é assustador, seu construtor era proprietário e explorava minério.
Acho que foi o Luiz D’ou outros blogs que postaram a história desse local.
André Costa fotos só do Rio Antigo
Fala grande Panda…Finalmente consegui.Demorou mas tô na área! Feliz Natal!
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Rafael o canteiro era largo e havia dois renques de árvores, com o alargameto de um das pistas o canteiro foi estreitado, apenas um dos seus lados chegou aos nossos dias, a metade e as árvores dessa metade
André, tem um ponto mto curioso perto do túnel q liga a Barra a São Conrado, é um buraco que fica na pedra. Por anos eu via esse buraco com um portão e ultimamente vejo com o portão aberto e notei q há uma rua de paralelepípedos que entra nesse buraco. Não sei do que se trata, mas me parece ser algo mto antigo. O local é péssimo para se parar de carro (já q é uma via de alta velocidade), mas é algo mto curioso…e poucas pessoas notam a existencia desse local.
Vc poder me dizer do q se trata?
André,
Como vc sabe moro no Morro da Viúva, mudei para a primeira residência na Av. Rui Barbosa em 1954, e nunca mas saí daqui da área do morro mudando somente de edifício. Acompanhei a mudança tanto da RB como da Oswaldo Cruz. Andei muito sob este morro e cheguei a entrar uma vez na casa dos Martinelli, infelizmente sem máquina fotográfica. Uma vez quando adolescente com um amigo descemos o morro abaixo até a empresa de carros Comercial e Marítima, hoje é claro um edifício que por sinal foi o ultimo construído naquele pedaço que era o Posto de gasolina Texaco (N.S. de Nazareh), a Comercial e Marítima e a revenda de automóveis Propac ver meu post http://fotolog.terra.com.br/bfg1:5
Cheguei recentemente a fazer um PPT com os dados e publicidades que tenho sobre o Morro.
Quanto ao forte mando-lhe algumas fotos cuja primeira situa a sua construção em 1866 e demolição em 1922 (está em francês, sorry !). Ele, pelo que analisei, pelo menos a sua entrada situava-se na altura da divisa entre os prédios de nº100 e 170, área esta que depois sumiu com o trabalho da pedreira.
Acho que só não botaram o morro abaixo para fazer mais prédios, porque o mesmo é todo de pedra.
Esta mesma destruição, só que agora de matas e lagoas está sendo feita na Barra e Recreio.
Imensos prédios estão emparedando e poluindo as lagoas. Pedras imensas estão sumindo atrás dos concretos e o verde mingua a cada dia.
Ninguém faz nada, ninguém diz nada, pois se trata de condomínios de luxo construídos por grandes construtoras.
Ilan
O traçado da Av. Niemeyer e o começo de sua construção fizeram parte do projeto de uma estrada de ferro que iria até Angra dos Reis (preciso confirmar este destino).
Parte deste projeto seria um túnel em traçado similar ao do Túnel da Joatinga. Aquele buraco na pedra era uma das bocas deste túnel, escavada perto do fim do século XIX ou início do século XX.
Na década de 60, uma espécie de eremita, ou hippie, ou um simples “sem-teto” da época morava lá, protegido por uma grade que existia na boca do túnel. Imagino que ele tenha sido “despejado” pelo início das obras do Tunel da Joatinga, no final dos anos 60. Depois, a boca do túnel foi lacrada e ahistória esquecida.
Uma outra curiosidade: a casa mais próxima deste buraco era a primeira casa do arquiteto Zanine na região, sua própria residência.
Um acesso mais seguro pode ser feito por baixo do viaduto (chegue lá saindo da praça da Barra, onde fica o Osvaldo). Ou então, descendo a “Escadinha Flora Mae”, que sai do alto da Joatinga.
Talvez seja “Escadinha Flora Mei”… Não lembro.
FlavioM
Obrigado pela resposta, matou uma curiosidade minha de anos e anos…achava que poderia ser qualquer coisa, menos o q você disse agora. Tão logo cesse os atentados no RJ, vou visitar esse local, quem sabe até consiga tirar fotos e responderei aqui contanto sobre o que foi visto por lá.