Do lado onde hoje mostramos a foto, a construção do viaduto São Sebastião e seu trevo, bem como a construção de toda a infra-estrutura de manutenção do Metrô varreu do mapa pelos menos uns onze quarteirões, em alguns lugares não aproveitados terrenos baldios e ruínas de prédios e casas ainda assombram a Av. Pres. Vargas.
Já do outro lado do canal a demolição foi para nada, terrenos baldios, que servem de estacionamento, terreirão do samba, e uma incipiente favelinha que surge as margens da Rua Carmo Neto.
A Av. Marquês de Sapucaí foi sendo eliminada do mapa, inicialmente ela chegava até o Largo do Santo Cristo e era uma importante via de ligação da cidade, hoje ela é uma via morta, engessada pelo sambódromo e com um anacrônico trecho perdido perto do Morro do Pinto.
O amigo Paulo Fragoso colocou link’s de fotos suas, tiradas dessa desaparecida região na década de 60 e que podem ser vistas aqui http://www.flickr.com/photos/pfragoso/250161477/in/set-72157594186449902/ .
Na foto vemos os destroços do quarteirão entre as ruas Comandante Mauriti ( praticamente desaparecida só restando um trecho sem nome do outro lado do canal ), Gal. Pedra, Marques de Pombal e Av. Pres. Vargas, englobando também a Av. Marquês de Sapucaí. Na esquina da Pres. Vargas com a Cmte. Mauriti, temos o prédio da CTB, depois Telerj e hoje Telemar, a única construção que existe no lugar hoje.
O curioso que o que resta tanto da rua Cmte. Mauriti como das ruas Gal. Pedra e Marquês de Pombal foram abrigados numa nova rua chamada de Rua Pereira Franco, mas fora o encontro de traçados nada resta mais das antigas vias.
Foto: Arquivo da família
Comments (14)
Um absurdo a forma como o bairro foi tratado.
André, o prédio em questão não seria um que foi construído para a Light pela Dra.Regina Feigel(?) e que hoje funciona uma filial da Faculdade Estácio de Sá?
Esse mesmo Roberto… pois é me esqueci deste detalhe, não é mais Telemar, sim faculdade
Meu pai que na época tinha a “Construtora Guanabara Ltda’ foi o empreiteiro…
Isso aí foi o anti-Pereira Passos.
Destruição pura.
Podiam ter construído o viaduto sem destruir tanto.
Localizei-me agora….
Outro dia entrei alí por dentro da Cidade Nova atrás de uma oficina e confesso que pensei ter chagado ao Haiti…. É de botar medo.
Parece que o morro da Providência não se encontra tão favelizado.
Não tem como saber o ano da foto ? Cheira 1973-75.
Se não me engano, Pereira Franco e Noronha Santos eram nomes de ruas igualmente arrasadas na Cidade Nova, perto dali.
E a Marquês de Sapucaí jamais foi “avenida” e sim rua. Ficou famosa como “avenida” por causa do carnaval, que hoje em dia não deixa o nome morrer, mesmo a rua tendo dado lugar ao Sambódromo há mais de 20 anos.
Curiosidade: o nome oficial original do Sambódromo era “Avenida dos Desfiles”, mas jamais foi chamado assim fora de documentos oficiais. “Passarela do Samba” também é um nome popular. Hoje em dia acho que ganhou o nome de Darcy Ribeiro, se não me engano.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Caro Almirante as fotos são de 1970, Fevereiro para ser mais exato, foram tiradas pelo meu pai com sua Leica e mais um outro fotógrafo, que usava filme kodak, meu pai sempre usou Agfa, há diferenças das cores entre os cromos
Agora sim, André, o sobrado de nº 76 ao qual me referia é este de cor escura que aparece à direita e não o que ficava ao lado do muro como disse no comentário feito na foto anterior.
Recebi as fotos via e-mail. Obrigado pela gentileza.
Abs.
Frequentei o P.C.Chagas do Hospital São Francisco, e tive um bom contato com as “meninas” que procuravam atendimento.
Mestre Bertoni também foi da Nacional.
Deve reconhecer a área.