A foto de hoje mostra um ângulo pouco conhecido das obras de construção da Av. Central, pois é tirada do que sobra da Ladeira do Seminário no Morro do Castelo.
O eixo da nova avenida ainda não tinha sido aberto, mas as enormes demolições dão cara de terra arrasada a velha cidade colonial abaixo, a velha Rua da Ajuda, uma das principais da velha cidade ainda tem seu traçado mantido, quase chegando no Largo da Mãe do Bispo, pela foto podemos ter uma idéia da sua exígua largura, que fica ainda mais estreita se pensarmos que essa era uma das mais importantes vias da cidade que era modificada por Passos.
O prédio mais alto que vemos na foto, em média distância e com a grande empena cega, era o prédio do Lyceu de Artes e Ofícios. Vários anexos desse prédio foram demolidos para o alargamento das ruas Treze de Maio e Barão de São Gonçalo, hoje conhecida como Alm. Barroso. Como compensação foram dados ao Lyceu sobras de terreno das demolições em volta de seu prédio, principalmente com a retificação e alargamento da velha Rua de Santo Antônio, hoje Bittencourt Silva.
Curiosamente esse prédio permaneceu até a demolição do complexo do Lyceu, sendo envolvido pelo novo prédio eclético que foi construído.
A foto nos mostra que, grande parte das fraldas do Castelo já foram desbastadas, para ceder lugar à construção de prédios como a Escola de Belas Artes e Biblioteca Nacional.
O terreno dos futuros Clube Naval e do Teatro Municipal ainda estava ocupados pelas velhas construções, quase todas da Rua Treze de Maio, pois pela foto parece que todas as da Rua da Ajuda já haviam sido demolidas.
Na parte inferior direita da foto podemos ver o pavimento de pés de moleque, da velha Ladeira do Seminário, que desapareceria em breve, e a curiosa “proteção” provisória da via, composta por restos de soleiras e platibandas de cantaria.
Comments (9)
Que transformação e modernização a cidade sofreu.
Taí um sacrifício que a população sofreu mas que valeu a pena. Depois de concluída, ficou linda!
E lá atrás, o vetusto Convento de Santo António, impassível à tanta destruição…
André,boa tarde.
A futura Av.Central ( sem eixo definido ainda) seria superposta àquela onde há pessoas andando?
Normalmente,se imagina que a maioria das construções derrubadas para a abertura da Av.Central seria neoclássica ou eclética inicial,mas quase tudo era ainda colonial,alguns exemplos podem ser vistos aqui.
Não Waldenir, onde vemos as pessoas andando é a velha Rua da Ajuda
Como conciliar crescimento e preservação? Ás vezes penso que o Rio já não dá conta do seu tamanho, mas é quase inimaginável pensar numa obra desse porte hoje em dia sem traumas! Abração e um Rio melhor para todos nós nos próximos anos!
sempre mudando pra melhor!! =)
Parabens pela publicação desta foto,especialmente pelo angulo da mesma,acredito que o calçamento da ladeira ainda era pé de moleque. Abs Jorge
Documento excelente!
Waldenir, hoje ainda resta um pedaço mínimo da Rua da Ajuda, em frente ao Ed Av. Central.