Como bem foi lembrado ontem pelo Waldenir a região além do velho e histórico Moinho Fluminense e do prédio eclético do 5 BPM, possui também uma jóia arquietônica que flerta entre o Déco e o Moderno, de autoria de Reidy.
O prédio foi escolhido por meio de um concurso público nacional e a proposta do então jovem arquiteto ganhou, a proposta era bem interessante, pois o prédio além de ser simples possuia mecanismos muito interessantes como camas que se elevavam rumo ao teto para facilitar a limpeza dos alojamentos.
O prédio era destinado ao albergamento noturno de necessitados, algo que infelizmente nunca “pegou”em nossa cidade. Ele foi construído na área aterrada, ou seja se encontra “abaixo” da Praça da Harmonia e junto a alguns armazens da nova região portuária, mas de suas janelas e pátios se avista o prédio principal do Moinho Fluminense.
Não sei qual o estado de conservação do prédio atualmente, nos anos 80 ele abrigava departamentos da inútil Fundação João XIII
Comments (28)
Agora que vi do que se trata, digo que gosto muito desta arquitetura. O Reidy fez muitas obras interessantes, e bonitas também.
Qual era o real objetivo da Fundação Leão xís í í í ? Proteger os mendigos?
Totalmente Bauhaus !! Não conhecia isso. Legal !
É dar assistência social aos necessitados, inclusive fazendo o recolhimento e socializando-os, mas em tempos de politicamente correto, incúria administrativa, bolsa família, almoço à um royal, é mais um órgão sucateado
Fundação Leão 13 ou João 23 ????
(aliás, a revista Superinteressante agora escreve assim. Aboliram os algarismos romanos)
O problema da assistência à população de rua é que os “necessitados” precisam “querer ser atendidos”. E ganhando uns R$ 1000 por mês em esmola, como noticiado nos jornais, quem é que precisa de “assistência”???
Acho que o Hotel e o Restaurante de R$1 da Rosinha andam substituindo essas iniciativas…
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Esse prédio é tombado?
Essa tipografia é linda!
Sou a favor dos algarismos romanos, os uso até hoje nas petições, o problema é que o pessoas não conseguem esvrever XLII Vara Cível ….
André, andei pesquisando e descobri como o albergue se encontra hoje. No link abaixo, que fala sobre as obras do Reidy, eles falam sobre as descaracterizações que o prédio sofreu durante esses anos e se você passar o mouse sobre a foto (que é igual a sua) mostra como o prédio está hoje. O local hoje abriga o CPRJ (Centro Pisiquiatrico do Rio de Janeiro).
http://br.geocities.com/reidy_web/albergue.html
Bom dia, André.
Obrigado pela referência.Eu não sabia do mecanismo para levantar as camas.Resta saber se ainda funciona,o que eu duvido muito.
Repare-se que as letras da fachada são totalmente Art-Deco,inclusive um costume deste estilo era exatamente escrever o nome/função do prédio em letras grandes e estilizadas na fachada.Isto pode ser notado particularmente em Copacabana.
Normalmente, os ônibus que têm intinerério pela praça da Harmonia não passam perto deste prédio o suficiente para ver detalhes ou a ocupação atual, mas parece estar em bom estado,ao menos externamente.
Corrigindo : intinerário )))
Pelo link fornecido pelo Vinicius, dá pra ver que descaracterizaram o prédio diminuindo o vão de entrada , tão importante na harmonia do conjunto! Pena!
E tipologia refere-se à taxionomia.
Vc é maníaco pelo Reidy. Eu acho algarismos romanos muito úteis e bonitos. Uso para colocar data. Mês em romano, dia e ano em arábicos. Aliás, bôa com acento é bem legal tb.
deve estar em pedaços
“E ganhando uns R$ 1000 por mês em esmola, como noticiado nos jornais”
isso é caô!
Putz! O prédio hoje está ridículo. Tá parecendo entrada de presídio!
Os mendigos podem não ganhar R$ 1000, mas que ganham bem mais que salário mínimo, isso ganham.
Gosto muito das letras art déco.
Qt à modificação do prédio atual, sem comentarios.
🙂
Mais um Bauhaus carioca. O Rio talvez tenha sido um dos lugares com mais aplicação prática das idéias daquele pessoal.
A única pena é o famigerado pó-de-cimento. Em muito pouco tempo, fica horrível.
Também não conhecia este aí. Fiquei curioso sobre o estado, hoje. Vai ser uma surpresa se estiver bem.
http://www.flaviorio.globolog.com.br
Excelente.
Isso é um portal egípcio …
good series on these buildings greetings from Manhattan
Caro André Decourt,
Sou paulistano, arquiteto e desenvolvo doutorado sobre arquitetura brasileira na USP. Estou pesquisando projetos que foram apresentados nas Bienais de Arquitetura dos anos 1950 e vi o seu comentário sobre o projeto do estádio do Flamengo do João Khair. Pelo que estou levantando, acho que esse projeto foi exposto na Bienal de 1951, junto com o projeto do Tenis Clube da Tijuca e com o projeto do Hospital da Avenida Barão de Petrópolis, também projetados por Khair.
O senhor saberia me informar como posso encontrar informações sobre esses projetos e sobre o arquiteto? Já fiz uma pesquisa bastante ampla aqui em SP, mas não encontro nenhum material em livros ou revistas da época.
Infelizmente existem alguns arquitetos e obras que ficaram “de fora” da História. Por isso desenvolvo a minha pesquisa!
Desde já agradeço a sua atenção,
Muito obrigado,
Helio Herbst
Caro Hélio, nunca consegui ver uma planta, ou uma maquete do que poderia ter sido o estádio do Flamengo, como vc bem sabe reduzido a apenas um lance de arquibancadas. Como Flamenguista lamento em não conseguir lhe ajudar.
Você já entrou em contato com o clube??
Outro lugar que vc poderia arrumar pelo menos plantas ou informações descritívas seria no Arquivo Geral da Cidade.
Abraços e muita boa sorte no seu Doutorado, estou a disposição para alguma informação extra
A arquibancada do Flamengo foi construida de 1936 a 1938. Fiquei curioso sobre este projeto de 1950. Seria prevista a demolição da arquibancada, que era relativamente nova (12 anos)? Ou era o projeto original, de 14 anos antes?
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