Nessa foto vemos as obras de troca de pavimentação da rua da Alfândega tomada da Av. Passos. É muito bom constatar que a Casa Turuna continua firme e forte, arrastando multidões para dentro do estabelecimento para a compra de artigos festivos e fantasia, carro chefe da loja há décadas.
Mas a foto nos mostra detalhes interessantes de urbanismo, o principal é a linha de bonde que segue pela rua, embora ela não possua trilhos, a ausência de arcadas, e a iluminação feita por postes laterais confirma a passagem de bondes por ela, fora a rede aéra para a energização dos carris.
Infelizmente não possuo informações claras de quando a linha de bondes funcionou nesse trecho da rua da Alfândega e não posso afirmar se os operários trabalham no assentamento dos trilhos ou na sua remoção, mas houve uma linha bondes nesse trecho da rua, facilmente constatável para quem tem a última edição do “Histórias das Ruas do Rio” de Brasil Gerson, onde na parte central do livro temos uma bela foto da Igreja do Santíssimo Sacramento e onde nosso ramal de carris é figurante cruzando a Av. Passos.
A foto também nos mostra muitos sobrados que mesmo seguindo a receita eclética de fachadas, não escondem o seu passado colonial, pela disposição de telhados, janelas e mesmo quinas.
Sem dúvida uma bela foto compartilhada pelo amigo.
Foto: Malta
Acervo: Francisco Patrício
Comments (16)
Peraí, se essa Casa Turuna é a mesma de hoje, a rua é a Senhor dos Passos e o sobrado à direita é o do McDonald’s. Merece uma visita ao local pra confirmar.
E a igreja do SS.Sacramento fica na esquina da Buenos Aires.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
Caro André,
Acompanhando esta foto tinha um texto com a curiosa história desta Casa Turuna, sobretudo de seu fundador: o “patrício” Manoel Turuna – seria interessante.
Apenas por curiosidade: até 2002 (pelo menos) trabalhava neste estabelecimento um funcionário que tinha perto de 75 anos de casa – ali chegou, ainda petiz, no ano em que esta foto foi clicada – um record!
Confesso o meu fascínio por fotos de antigas casas comerciais (quase todas de portugueses)- acredito que a Alma da Cidade é melhor compreendida através da história de seu Comercio.
Apenas como curiosidade: em outra foto da Turuna (1921) está uma das tabuletas mais castiças que já vi:
“- DEIXE-MÔ-LÔS FALAR MAS QUEM MAIS BARATO VENDE É A TURUNA”.
Abraço.
Interessante nessa foto é o modismo dos chapéus. Sensacional! Nota-se também que grande parte dos sobrados de esquina tinham sacadas de 45º.
Bela foto.
bjs!
Engraçado.. realmente se vê a fiação do bonde entrando pela Alfândega.. não dá pra imginar tão pouco espaço e bonde junto…
“e onde nosso ramal de carris é figurante cruzando a Av. Passos….”
Como um rabo de saia leva o autor a ser poético…
E se a Casa Turuna revelasse as fantasias que alguns dos comentaristas deste “fotolog” compram…
Caro Patrício a pressa de hoje de manhã não de deixou procurar o texto junto com os emails, vou fazer um adendo no post
Queria deixar um comentário e partilhar um pouco do que sei sobre os post de julho sobre a Gloria :
Onde hj é um prédio espelhado ao lado do chafariz(empresa onde trabalho), atrás ainda encontra-se um morro e pelo q vejo dos ultimos andares do prédio e pelo tipo de tijolo de uam construção semi demolida com certeza foi lá q foi feita a foto.
Estou com uma foto de 360 graus atual tirada lá de cima, quem se interessar pela foto para comparar com as mudanças é só enviar um e-mail pedindo.
donjorge, Mande em alta para o André !!!!
Minha paixão, essas sacadas todas com gradis rendados,um diferente do outro e cada um mais lindo que o outro.
André, desculpe a minha burrice, mas como faço para inserir um link neste fotolog ? Obrigada.
Abraços,
Solange, é só copiar o texto e colar aqui no Guestbook
Parece que a linha da Alfândega estava nesse pacote. Por sinal, nem sabia que passavam elétricos na dita.
Um angulo da paisagem não muito alterado.
Mudou a quantidade de tráfego e de pedestres, causando um bloqueio visual maior.
Boa quarta-feira.
Meu pai Sebastião Loques Rebello trabalhou até os 72 anos na Casa Turuna. Desde criança quando eu ia ao centro da cidade com minha mãe e depois adulta trabalhando no centro, gostava muito de passar por lá para ver meu pai. Vendo esta foto me dá muita saudade daquele tempo.