A foto dada como de 1949 mostra um cidadão atravessando a Av. Rio Branco no cruzamento com a rua Dom Gerardo, a travessia parece ser bem calma, os carros passam bem afastados, como ainda houvesse um canteiro central.
Ao olhar essa foto sempre fiquei encafifado com o grande remendo logo após o transeunte, pois proporcionalmente parece ter a mesma medida dos antigos canteiros de árvores com espécimes de Pau Brasil, os que sustentavam os postes era menores.
Pois a foto do Luiz matou a charada e do Flávio consolidou a informação. Quando os canteiros foram retirados, mas talvez sendo essa operação sendo realizada durante a segunda guerra, a avenida não foi recapeada, mas sim ganhou remendos.
Nessa foto a pista parece estar mais emborrachada, embora na foto do Flávio dê para perceber que várias esquinas estão emborrachadas, pelo cruzamento de veículos, mas o resto da via não.
De resto vemos no fundo os guindastes do porto, um dos postes de iluminação exclusivos da Praça Mauá, e a direita o prédio da Casa Mauá, demolido nos anos 80 para dar lugar ao cafona Rio Branco 1.
Foto: possivelmente da National Geographic
Comments (15)
Pista emborrachada?
Sim Lefla, quando os carros passam eles deixam um pouquinho da borracha do pneu no pavimento, com muito movimento essa borracha é bem significativa, deixando uma “capa” de borracha no asfalto.
Pos isso que as ruas de grande movimento tem o asfalto de cor diferente, e até textura, das ruas que tem pouco movimento.
Hoje, o nosso tranqüilo cidadão não duraria muito, atropelado por uma moto, um ônibus pirata, um táxi ou uma van…
Sempre o misterioso ângulo elevado… será que não existe algum “making of” do trabalho desses fotógrafos, mostrando como é que eles tiravam essas fotos “de cima”?
É capaz que os carros estivessem afastados justamente pra desviar do andaime em que o fotógrafo estava!!!!
Acho que se fosse hoje a Casa Mauá não teria sido demolida. Será que foi alguma manobra escusa, como aquela da Paulista, em que puseram tudo abaixo quando veio a suspeita de tombamento?
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
era mão dupla?
Rodrigo esse trecho da R. Branco é mão dupla até hoje
Pois é Rafael pensei nisso, dos carros estarem desviando do andaime do fotógrafo, mas lá embaixo, perto da P. Mauá os carros continuam afastados, e há outro pedestre lá embaixo também na mesma posição do nosso personagem.
Quando a demolição do Casa mauá, acredito que ele tenha sido demolido às pressas com medo do tombamento, que aliás veio pouco tempo depois para vários imóveis da região, mas o imóvel era da igreja…sabe como é…
Inúmeras suposições e hipóteses podem se basear nesta foto. Algumas respostas vocês ja esboçaram. Posso dizer que muitos prédios da Av. Rio Branco pertencem à Mitra Arquepiscopal do Rio de Janeiro, e não duvido que a Casa de Mauá tenha sido um deles. A calma do cidadão em primeiro plano é absolutamente extemporânea, ele hoje estaria em pânico neste mesmo local. A mancha do remendo é a única até onde se vê, na direção da Praça Mauá. Um eventual pedaço de canteiro central seria o último da Avenida neste trecho. A foto tirada de cima é intrigante; a tese do andaime pode ser verdadeira…
Post duplo em “Rio Antigo, e outras mais”.
http://www.flaviorio.globo.com.br
Muitos imóveis do Centro pertencem à igreja, inclusive o que eu trabalho, que pertence à Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária.
Reparei hoje que o sobrado que abriga há 100 anos a Casa Cruz tem um brasão em frente escrito “Sta Casa da Mizericordia”. E por aí vai.
No caso específico da Casa Mauá, acho que todos os edifícios que contornam o Morro de São Bento pertencem aos beneditinos.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
André, minha mãe contava que no regresso dos pracinhas,ela, barriguda de mim,estava neste trecho em 1949 e teve um desmaio,sendo socorrida por reporteres que cobriam o evento, Radio Nacional, e transeuntes, então em 1949 eu ja estava aí neste local, valeu? abraços
O Andre lembrou bem, esse é o único trecho da Rio Branco que tem mão dupla atualmente. Seria um bom lugar para fazer uma restauração do antigo canteiro central, com postes, árvores… quem sabe algum prefeito sem mais o que fazer invente isso.
http://fotolog.terra.com.br/rafael_netto
O prédio em frente ao numero 99 da Rio Branco, que abrigou o Bar Simpatia por muitas décadas, também é da Igreja, mas neste caso e talvez por este motivo foi preservado até hoje, sendo um dos da primeira geração da Av. Central
O que era exatamente a Casa Mauá?
Parabéns pelo beol trabalho, André!
Eu estudei no São Bento e diziam que a área toda pertencia aos beneditinos.
Já no final dos anos 70 estavam derrubando a Casa Mauá e construindo o RB1. Por que ele levou tanto tempo pra ficar pronto?