Essa foto foi tirada no final dos anos 60, na esquina da rua Araújo Porto Alegre com a Av. Rio Branco e é muito interessante em termos de mobiliário urbano.
Vemos com destaque uma das placas indicativas de rua do tempo do estado da Guanabara, diferentes das atuais, mas que já naquela época eram iluminadas e sustentavam no seu topo publicidade.
O poste pintado de preto e branco era um dos postes que sustentavam sinais de transito, há outro do outro lado da rua, e que curiosamente em vários trechos da cidade, como aqui, eram instalados seguindo o modelo americano, ou seja colocados após o cruzamento.
Mas o que chama atenção é a adaptação que segura o repetidor para pedestres, longe da esquina e usando a base de um dos velhos postes de sinais da avenida desativados no início do anos 60. Pelo centro ainda é possível ver postes sobreviventes desse sistema dos anos 30, se não me engano na rua Araújo Porto Alegre com a rua México ainda há um deles, e na rua México com Nilo Peçanha ainda há a base de um deles.
Ao fundo vemos um dos postes de iluminação pública da avenida já na calçada a praça Floriano.
Comments (28)
Sensacional! Essa é uma daquelas fotos que normalmente ninguém tira, nem pessoas comuns nem jornalistas, mas que guarda um monte de informações.
Acho que tirando o mobiliário e os carros, tudo mais que está na foto permanece igual até hoje. Ah, a Araújo Porto Alegre tinha mão invertida!
Vou “caçar” esses “sobreviventes”, de repente isso vai dar até uma microssérie lá no meu fotolog…
Esse semáforo de dois fogos pra mim é novidade. Lembro que em 1978, ou no final de 1977, começaram a aparecer os atuais modelos de semáforo de 3 fogos, junto com as novas placas de sinalização e de indicação de rua.
No pacote aparecerem as lixeiras metálicas da Comlurb também em azul marinho. Mas deve ter sido em 1979.
Agora fiquei confuso. Já houve, ou estou inventando, um sistema de sinais de trânsito no Rio que usava apenas o verde e o vermelho, suprimindo o amarelo ?
E o que me intrigou foi esse nome “repetidor” para pedestres que eu nunca tinha ouvido.
E também não entendi o porque do termo “repetidor”; repetir o que ?
Certamente ele repete porque bebe Grapette.
Horrivel, tá bom, estou me retirando de mansinho….
AG, já houve sim sinais só verde e vermelho.
Em Madrid, é curioso, há uma luzinha verde e vermelha, a cerca de um metro do chão nos postes dos sinais.
Indagando a respeito me explicaram que os espanhóis têm o costume de parar tão “dentro” do cruzamento que não conseguem enxergar o sinal no alto. Aí precisam do auxílio das tais luzinhas.
http://fotolog.terra.com.br/luizd
AG, tb não entendi… Repetidor de pedestres? Será que é para o caso de não conseguir atropelar o primeiro e aí repete e manda ele de novo? Ah, e já houve, sim, sinais só com verde e vermelho. O atenção, vai fechar, era quando acendia os dois ao mesmo tempo!
vou me retirar de mansinho tb…
Fiz um “tour” agora na hora do almoço e verifiquei que os “sobreviventes” apontados pelo Decourt não existem mais. Na esquina de México com Nilo Peçanha não há nada (talvez esteja encoberto pelos camelôs) e com a Araújo Porto Alegre só tem uma marca de parafusos no chão. Mas na esquina de México com Alm. Barroso tem um velho poste sem função que talvez fosse um desses, só que é de design mais moderno, sem a base.
Hoje nesse lugar da foto não tem mais poste nenhum! Talvez seja culpa do Rio Cidade na Rio Branco.
Sinais de dois “fogos” ? Claro que havia, como ainda há em alguns ermos da cidade. O legal era quando acendiam os dois que era a senha para sentar o pé e passar !!!
Quanto ao “fogo”, aprendi uma nova hoje.. talvez referência ao tempo do candeeiro.
As fotinhos do favoritos estão demorando muito para serem atualizadas… eita fotolog mulambento !!!
Os sinais de duas luzes ainda tinham uma moldura de zebra…
As placas com os nomes de rua s hj tb tem lampadas flourescentes, muitas queimadas que não são trocadas.
Não entendi essa do AG de não lembrar que havia sinais com apenas o verde e o vermelho.
Outro dia desses passei por um cruzamento que ainda tinha esse “zebrado”, acho que lá na Zona Oeste. Esses semáforos eram pendurados em cabos (e não em postes) e não tinham repetidor pra pedestres.
Eu lembro também dos sinais de Niterói que eram em forma de T, com 2 vermelhos. Acho que também não tinham o amarelo.
O que eu não entendo mesmo é porque os paulista(no)s chamam o semáforo de “farol”. Farol é pra iluminar, e os sinais jamais tiveram essa função!
la em SP os “farois” tb são ao estilo americano, na outra esquina…
Rafael,
o que nao entendo é pq paulista, paranaense chama biscoito de bolacha, se na embalagem tem um puta “biscoito” escrito. Alias aqui no norte do estado do Rio tb chamam de bolacha… Vai entender.
No Centro os sinais apesarem de terem só duas cores nos anos 60 e 70 tinham repetidores de pedestres e muitos ficavam em postes específicos, como na Lagoa, Av. Atlântica, orla de Ipanema/Leblon, av Radial Oeste etc…
Como assim edubt, entender paulistas? Mais fácil farol iluminar. Alguém sabe por que chamam guarda-chuva de chapéu? Por acaso já viram alguém com um guarda-chuva (ou guarda-sol, ou sombrinha) na cabeça???
REPITO: Ninguém vai explicar o que é um repetidor de pedestre???
Ninguém comentou sobre as placas indicativas…
Eram perfeitas, proximas à esquina e iluminadas, dava para passar devagar com o carro e procurar a rua. Agora, com a “modernização” elas ficam longe das esquinas e sem iluminação. Já tentaram achar uma rua dentro do carro com estas “modernidades” ?? Sem contar os famosos sinais “logo depois da curva”. Um primor, isso quando a suposta faixa para o pedestre é formada pelo calçamento diferenciado, o que facilita muito para quem está dirigindo…
Ah, lembrei dos antigos repetidores… eles tinham escrito PARE e SIGA. Tinha um na esquina de Bambina com São Clemente.
Eu acho que o nome “repetidor” é justamente porque eles repetem para o pedestre o que o sinal lá do alto está indicando.
Pô Lefla um poste de sinal possui vários elementos, o principal é o que fica no topo e ele pode ter um repetido inferior para os carros, e outro para os pedestres, ou seja o repetidos para pedestres é nessa época osinal que tinha siga ou pare pintados na lente e hoje os bonequinhos verde e vermelho
O pessoal chama biscoito de bolacha, da mesma forma que a gente chama creme dental de pasta de dente, mesmo tendo um puta “creme dental” escrito na embalagem.
Sem falar na televisão (televisor), máquina de lavar roupa (lavadora), geladeira (refrigerador).
Pelo que entendi da foto, a rua que está com a “mão trocada” é a Avenida Rio Branco. Ah! não, já entendi. A foto foi tirada da esquina do Museu de Belas Artes!
Quis dizer o “ângulo” pois quem tirou está mais perto da Biblioteca Nacional. Agora se parar assim leva um buzum pela frente sem pena!
Seguinte, Rafael. Eu falei “confuso” que é uma maneira mais jeitosa de se referir à senilidade precoce.
Quanto essa coisa “paulixta” de falar tem uma coisa muito engraçada. O jingle do Bitônico Fontoura é aquele manjadíssimo B A bá, B E bé, B I bi ooooooooooooooootônico Fontoura.
Mas na peça inteira de rádio, gravada em Sampa, tem um texto antes da parte cantada. E nesse texto as crianças falam, como todo paulista, o E com acento circunflexo, bê. Quer dizer, no texto falado é bê, mas no cantado é bé. Durma-se com um barulho desses.
Todas as observacoes que eu tinha para fazer ja’ foram feitas… A mao invertida na Araujo Porto Alegre, o Pare/Siga, o verde e vermelho acesos ao mesmo tempo em vez do amarelo… Isso e’ que da’ chegar atrasado. Mas como quero fazer algum comentario, vou dizer que na esquina de onde a foto foi tirada, contra a parede do Museu de Belas Artes, e’ um otimo point para comprar revistas antigas de segunda mao. Ou pelo menos, era, ate’ uns dois ou tres anos atras. Essas coisas as vezes mudam de um dia para o outro. Alguem sabe me dizer se ainda tem vendedores de revistas ali?
Lefla, não é por nada não, mas com esta explicação sobre o repeteco dada pelo André…sei não, ainda acho melhor beber um Grapette.
:-)))))
continuando a sair de fininho…
Eu tb acho, photo. Muito esquisita essa explicação. Muito estranha…
saindo de fininho tb…
Em termos de placas com o nome das ruas, na minha opinião, as mais bonitas e práticas foram as que ainda predominam em locais onde o Rio-Cidade não chegou, desenhadas pelo Aloisio Magalhães. Penso que foi uma agressão à cultura carioca substituí-las por outras, modernosas, muitas de mau gosto, e sobretudo, sem a funcionalidade e durabilidade das que foram criadas pelo grande mestre:
http://www.mamam.art.br
Abração!
Pra quem não sabe, as placas às quais me refiro são aquelas de plástico azul com letras brancas, iluminadas por dentro, informando a numeração dos imóveis localizados de cada lado da rua no quarteirão em que se situam. Perfeitas! Prometo foto em breve: ainda devem existir várias em ruas que dão na Lagoa…
Mauro_AZ:
Os vendedores de antigas edições do O Cruzeiro, Manchete e até algumas Careta e Fon-Fon batem ponto agora na Pedro Lessa, junto com a feira permanente de discos LP. Fica entre o prédio da Biblioteca Nacional e o Centro Cultural da Justiça Federal. Com R$ 20 você sai com uma revista do O Cruzeiro em bom estado! Com mais R$ 10 leva um LP dos Originais do Samba no tempo do Mussum.
André, Lefla, Photo, …:
Não sabia que poste fosse assunto não rentável!!! Nem os hóspedes da Suipa tem tanto conhecimento assim. A respeito, existem alguns repetidores para carros aqui no Rio. No retorno do canteiro central da Av Atlântica com Figueiredo de Magalhães existe um pois o espaço para os carros pararem no sinal é muito curto e, com isso, o repetidor é fundamental para auxiliar o primeiro da fila.
Jaymelac:
As placas de indicação de ruas do Rio Cidade no Leblon são melhores, principalmente para os motoristas. Pena que não vingou.
Aki em Nikity os sinais em “T” perduraram até meados da década de 90, sendo substituídos somente a partir da gestão de Jorge Roberto Silveira, todos com as 3 cores e os postes azuis-escuro. Desde ano passado, com o “governo” Godofredo, TODOS foram repintados c/ 1 cor vinho, muito de mau-gosto por sinal…