Esse é o velho departamento de limpeza de Copacabana na rua Tonelero, onde hoje está a estação Siqueira Campos do Metrô em 1928.
Como o bairro essas instalações sofreram várias mudanças físicas e de uso com o passar dos anos.
O prédio à esquerda foi ampliado e ganhou um segundo andar, virando um posto de saúde, o muro a direita, foi no início dos anos 70 levantado para proteger o recém criado 19 BPM; na Siqueira Campos foi instalada uma garagem da inspetoria de conservação, e no final, ainda nos anos 70, os garis foram expulsos indo para a boca do túnel Major Rubens Vaz, lá na rua Pompeu Loureiro. Mas veio a obra do metrô e eles passaram a dividir o espaço com a turma da conservação, por fim o Metrô chegou nos pântanos dessa região de Copacabana e foi todo mundo desalojado.
Sem contar que com a fusão da Guanabara o terreno foi desmembrado entre o estado do Rio e a Prefeitura, e o mais surreal, o batalhão que é estadual ocupava área que ficou municipal e a conservação que é municipal ficou em área estadual, e o pior até hoje a situação fundiária daquela região está confusa, pois o Metrô acabou com a velha PA que existia ali e os terrenos novamente estão indo para os entes públicos só que partindo do zero.
Antes de ser tudo demolido só umas das coisas que aparecem nessa foto permanecia intacto, que era o pequeno portão de pedestres, com suas torrinhas laterais de ferro fundido apesar de muito maltratados e pintados de uma cor só eles ainda resistiam a tantas modificações.
Foto de Malta
Comments (19)
Pera lá… deixa eu ver se entendi… havia na Rua Tenreiro Aranha um posto da Comlurb, algo como deposito. Uma construção antiga, devia ser remanscente dessa ai.
Essa rua ai na foto é a Tonelero? Então essa foto deve ter sido tirada da Figueredo.
Ta meio confuso isso ai.
O que eu acho interessante na foto também é o acabamento da colocação dos paralelepípedos, sem nenhuma ondulação. Uma coisa que me revolta é esse “bota abaixo” indiscriminado de árvores por parte das autoridades. Em Belém por exemplo todo o centro da cidade é arborizado com arvores sempre sendo podadas, igualzinho como no Rio de Janeiro.
Hoje passei em Guadalupe e vi aquele terrenão onde funcionava a fábrica da Remington maquinas de escrever, na Av.Brasil, só com a caixa d`água de pé. Tomara que não invadam e façam mais uma favela.
E que tempinho sem vergonha ne!
Roberto essa foto é tirada da Tonelero, a Figueiredo acima da Tonelero nem sonhava em existir, a Tenreiro Aranha era só uma vila, que terminava em L nas margens do riacho que descia do morro dos Cabritos e hoje passa por baixo da Figueiredo
Ricardo, por mim pode esfriar mais ..sou um carioca atípico odeio e sinto muito calor !!!
Posto de Saúde Francisco de Barros Barreto, meu contraparente.
Eu sou um carioca típico, o carioca típico detesta o calor. Gosta do mês de maio, o céu muito azul, a temperatura fresca, a praia morna. Quem gosta do calorão são os imigrantes do Norte e Sul do País, acostumados com a canícula ou fugindo do gelo, respectivamente. O Rio de Janeiro a 40º é terrível, é pra turistas, orquídeas e as pessoas taradas, que gostam de ficar assando, feito frangos, nas areias incandescentes da praia. Nada contra, mas de carioca não tem nada. Carioca acorda tarde, vai à praia tarde, ou acorda cedo e dorme no auge do calorão.
Obs: nem sabia que por baixo da Figueiredo passava um rio. Onde será que ele desemboca???
Essa área hoje infelizmente é mais um vazio urbano de concreto e cercado de muros. Não era pra ser assim. Na época da construção do Metrô, vi o projeto da construção de um edifício sobre a estação, não sei se seria um shopping, se abrigaria o posto de saúde, ou ambos.
Nada disso aconteceu e não sei exatamente de quem é a culpa, desleixo da empreiteira que construiu o Metrô, incompetência do Estado ou ranço burocrático. Algo parecido aconteceu na Uruguaiana e na Rua do Catete.
Ele desembocava na praia, mas hoje ele é conduzido para o interceptor oceânico, desce outro também pela Santa Clara, que tem uma grande galeria em seu subterrâneo, por isso a lingua negra que aparece na praia nas fortes chuvas
A construção era pertinho de onde seria a parte da Figueiredo Magalhães após a Tonelero.
Tomei vacina no Posto de Saúde citado.
Há uma foto, acho que no André ou no Roberto, que mostra esta área por volta de 1950 (a Tonelero já alargada, com lotações e uma mulher com uma criança na calçada).
E, como Copacabanense de nascimento, estou com o Leflaneur. O paraíso aqui é de maio a setembro –
e quem quer ver foto do Rio em pleno verão é só ir hoje em htpp://fotolog.terra.com.br/luizd
Rafael o prédio foi embargado pelas associações de moradores de Copacabana, era um shopping gigantesco, sem nenhum lazer tipo cinemas e teatros que o bairro tanto precisa, mas a novela na área ainda não terminou
Com certeza o Rio fica mais charmoso no inverno, mais sereno e convidativo a um passeio no calçadão. Quanto à novela do terreno parece que ele ainda não teminou, pois ouvi dizer que ainda existe a idéia de construção de um edifício comercial no local. A urbanização da praça foi provisória, o que explica a falta de arte no jardim e no acesso do metrô.
Odeio calor… só tem uma vantagem. As moçoilas em seus sumários biquinis e roupas devidamente condizentos com o clima dos tropicos.
No tocante à foto, esse então era o departamento que deixou uma cosntrução remanscente escondida na Tenreiro Aranha, quase na Siqueira Campos.
Eu gosto do verão.
Ele é que não me suporta mais. E sabe por que ?
Porque ele já se cansou de mim.
Antigamente, quando eu era um garboso infante, saíamos pelas praias de mãos dadas, (eu e o verão) olhando as “modas”, apreciando as cores, sentindo o cheiro de abacaxi e óleo bronzador. Era gostoso dormir pelado, ouvindo o mar batendo lá longe, acordar às 6 da matina e ir a praia com meu pai. E tomar sorvete ? E beber um Crush geladinho ? E ver a Lucinha irmã do Caneta, ir a praia com um biquininho amarelo cheio de babadinho ? E por falar na Lucinha, quando eu ia pro chuveiro…deixa par lá.
Aí o verão foi se afastando de mim. Eu percebia isso mas fingia que não via. Mas a cada ano que passava, é claro que o meu verão não era mais o mesmo. A praia ficou cheia, o ar passou a cheirar mal, o chopp ficou quente, o Crush sumiu, o ar refrigerado não me deixa mais dormir pelado, o mar ficou emparedado e a Lucinha casou, teve três filhos, engordou e hoje só fala de empregada.
Eu resisto. Não falo nada. Mas no fundo, no fundo, choro de saudade do meu querido verão.
Sei que a novela da área não terminou… o asfalto continua cheio de remendos (e não me admira que no final acabem tascando só uma “camada de acabamento” por cima, sem nivelar a base), ficaram dois terrenos vazios, um na Figueiredo outro na Siqueira (respectivamente onde era a clínica Cezar Benjó e a loja de vimes do José Soares) e a construção na esquina de Figueiredo e Tonelero parece estar aguardando a demolição. Mas acho que as casas e a vila na esquina de Siqueira e Tonelero foram salvas, inclusive a lanchonete Burgão se instalou lá depois das obras, se o prédio estivesse condenado acho que isso não aconteceria.
O que impressiona é o fundo sem nenhum prédio visivel…
… nascida em Copacabana essa mineira que vos fala adora um calorao!
Morando num,a estacao de esqui há 4 anos adoro quando os termômetros marcam acima do 20!!!
A foto é realmente uma relíquia!
Alguém lembrou bem: calcamento nivelado!!!!
… mas o tráfego era muito menor, né ?
O que seria esse interceptor oceanico, que vc sempre cita qdo fala da av atlântica?
a propósito, sempre acompanhei calado seu fotolog que, na minha humilde opinião é o melhor da rede (/tumminelli idem), mas hoje resolvi me pronunciar
parabéns…p/ quem gosta de Rio de Janeiro e sua história, esse flog é uma referência, c/ certeza
O posto de saúde não é Francisco, mas sim João Barros Barreto, e recentemente voltou a ocupar essa mesma área após a construção do abençoado metrô. A diferença é que atualmente ocupa um prédio projetado para SER um posto de saúde, ao invés do eterno improviso de um casarão do departamento de limpeza ou, pior, o meio de uma praça.
Essa pequena rua de acesso que aparece na foto, transversal a Rua Tonelero, foi posteriormente a entrada do 19º BPM, quando ganhou duas guaritas. Um sinal de trânsito bem no meio do quarteirão da Tonelero era controlado de dentro de uma das guaritas para entrada e saída das viaturas.
Marcos, vc tem razão. João foi Ministro do TSN, no Estado Novo. Eram parentes, primos ou coisa que o valha, mas meu contraparente era o Francisco, chamávamos Chico Barreto. A família é uma só. Minha avó me teria dado um cascudo!
Não vi o posto de saúde novo, mas aquela casa onde funcionava o outro era bem agradável, tinha árvores, era térrea. Caindo aos pedaços, como tudo que é público, mas era bonito o lugar.