Tropas desfilam, não numa arrasada cidade pelos bombardeios da Segunda Guerra, mas sim no Rio de janeiro.
Vemos uma foto do desfile do 7 de Setembro na recém aberta Av. Pres. Vargas, é de chocar a total falta de arborização, urbanismo e conectividade dela com o tecido urbano em volta, que é demolido de forma atabalhoada deixando vazios como o de um bombardeio.
Esse desfile contou com a presença do presidente Americano Harry Truman, que veio fazer uma visita de uma semana ao Brasil.
As tropas estão passando por de fronte ao Campo de Santana, bem como do Ministério da Guerra e Central do Brasil, a rua que elas retornam saídos do desfile é a lateral do Campo onde fica o quartel dos bombeiros.
No fundo o primeiro dos prédios hoje conhecidos, todos os 3, como Balança mas Não Cai
Foto acervo: Biblioteca Truman
Visitem também http://www.fotolog.net/visaocarioca meu outro flog com fotos de minha autoria
Comments (19)
André,
Essa série vai ser de arrasar… 😉
Fico imaginando o que deu na cabeça do sujeito que contruiu o Balança mais não cai , ali nomeio do nada… até hoje aquele lugar é o meio do nada.
Certamente apostou que a região ia se desenvolver, mas o prédio bem como o entorno nunca vingaram, agora alí do lado subirá um grande edifício comercial, moderníssimo também no meio do nada, mas do lado de uma estação de Metrô, vamos ver se ele é capaz de fazer aquela região sair da decadência de mais de 60 anos
E você tem razão, rasgou a cidade ao meio. Mais do que a Av Central. No caso da Av Central havia um plano de construir novos prédios nos terrenos vazios e tranforma-la em um belo boulevard estilo frances.
– How do you do, Dutra ?
– Au tu iú tu, Truman ?
Era a piada que nasceu dessa visita suspeitíssima de uma semana (não sabia que tinha sido tanto tempo) do presidente americano ao Brasil.
Mais uma vez recebemos aqui o “patrão” que veio ver como ía o “sítio”, já que os afazeres na cidade impedem uma “inspeção” mais amiúde dos seus domínios.
E, para demonstrar nossa inteira lealdade com os bravos irmãos do norte, até botamos mais pompa e circunstância na parada militar de 7 de setembro.
– Pessoal, vamos marchar direito porque o “homem” tá aí !
É uma pândega, esse país.
Quanto a Av. Presidente Getúlio Dorneles, digo, Vargas, é exatamente como o André diz: parece uma Nuremberg depois da guerra. O que sobrou são casas arrasadas ou ocas. Uma desolação desértica.
E, para completar, temos na parte debaixo da foto as figura patéticas de dois sujeitinhos de fraque e cartola. Seria o Mandrake ?
O projeto original da Presidente Vargas previa que toda ela seria tomada por prédios de mesma altura com pilotis embaixo, o que só acabou acontecendo na região entre Rio Branco e Uruguaiana. Diga-se de passagem ia ficar horrendo.
O “Balança” tem os pilotis, mas não sei se é da mesma altura, bem como o prédio da ex-Telemar hoje Estácio de Sá. Mas prédios mais recentes, como o dos Correios e o do Detran, já fugiram à regra.
Essa região acabou de ser destruída pelo Metrô. Acho que até os anos 70 ainda preservava o casario, ainda que desagregado. O Metrô destruiu vários quarteirões que haviam entre a Central e a CEG e criou aquele espaço vazio onde hoje é o Terreirão.
Fui a muitas paradas de 7 de Setembro, quando era criança, aí na Presidente Vargas.
Tenho um tio militar e sempre ficávamos esperando ele passar de jipe.
Antes das paradas jogava-se areia pelo chão da avenida para que, quando as tropas passassem marchando, fizesse um ruído que dava um ritmo à parada.
Aguardávamos até quase o final, hora em que passavam as tropas à cavalo.
Santa inocência!!!
http://fotolog.terra.com.br/luizd
Tenho uma foto aqui de outra cerimonia desse mesmo angulo em data proxima a essa.
São muito parecidas mesmo… mas pelo que estou vendo, as difernças basicas sao os postes, Esses dai estão parecendo estarem escuros. E não há bandeiras em um deles.
Semana que vem vou começar a serie onde tem essa minha foto.
Os postes da Pres. Vargas,Roberto quando da sua inauguração eram escuros, um anacronismo, já que os postes do resto da cidade nessa época começavam a ficar cinza ou prateados, vide a Av. Atlântica quando os postes da nova iluminação em 36 já foram inaugurados prateados.
Acho que a pressa da inauguração da Av. fez importarmos, da Light paulista postes, pois afinal havia uma guerra no mundo, e os postes eram iguaisinhos os usados em São Paulo
Então não estou de todo cego… Ah! Meu monitor não está 100%. Então os postes são mesmo pretos…
:-)))))))
O `Balança-mas-não-cai` já estava lá…
Acho que aquele prédio não cai nunca…
Tenho a impressão que o verdadeiro “Balança” é o prédio da outra extremidade, onde fica a sede do Sindicato dos Taxistas. Aliás sabem a origem do nome? Segundo o meu pai é porque o prédio ficou ligeiramente desnivelado durante a construção.
Os postes restaurados do Centro Velho de SP são todos pretos. Enquanto isso existem aqui no Rio alguns remanescentes na Rua do Passeio e são prateados, em estado de razoável pra ruim. Não sei se foram restaurados em alguma época, ou se nunca foram substituídos.
Os da rua do Passeio são aparentemente da segunda geração, eles foram pretos mas nos anos 40 ficaram prateados como todos da cidade de ferro fundido, os que eram aplicados em postes comuns 90% da iluminação passaram de pretos para cinza claro ( iquais os que sobram em algumas ruas do Alto e de Santa Teresa).
Uma curiosidade : a foto é de 1947, e o primeiro dos prédios da série “Balança mas não cai” já estava pronto. E os outros dois,quando subiram?
Legais,também,os anúncios por cima do casario : Cinzano,Café Cruzeiro e Único,que eu não imagino o que possa ser.
Essa avenida é mesmo muito feia. Será mais uma maldição do período Vargas ? Quantas coisas feias ganhamos nesse período, inlclusive a estação de trens que parece ser mal-assombrada, que por pouco não saiu na foto.
Gosto demais de fotos que mostram como era um lugar…a história, os costumes, etc.
🙂
Fala André! Tem jeito sim, leva na Free Bike que os caras trocam os elastômeros. Mas e a reclinada? Não vai montar uma? Não força esse ombro não!
Milicos parasitas!!!!
Nessa época eu tinha quase 2 anos.