Dia: 26 de junho de 2004

Um Humaitá completamente diverso dos dias de hoje, apesar de já contar com o viaduto Saint Hilaire, bem no pé da foto, e com vários prédios, o que desnorteia é primeiro a ausência do prédio da Delfim, hoje ocupado pela faculdade da Cidade, novo investimento do senhor Levingson, que depois de quebrar meio mercado financeiro Carioca, o resto o Naji Nahas quebrou, resolveu abrir uma espécie de Mac Donald’s Universitário.
Uma das razões do terreno do prédio ainda estar ocupado por casas é que o plano original do Rebouças contemplava aquela área toda com um grande trevo rodoviário, projeto básico de Afonso Reidy, e praça de pedágio, alguma coisa já foi mostrada aqui, e em breve após a série do Jockey o resto será.
No lado esquerdo onde temos uma verdadeira selva de pedra nos dias de hoje, ainda é ocupado por casas e galpões, quase todos destruídos pela especulação imobiliária que colocou prédios cada um com centenas de apartamentos e conseqüentemente milhares de carros em suas garagens que desembocam num dos principais escoadores de transito da zona Sul, rumo a zona Norte que é a rua Humaitá, resultando hoje num transito sempre confuso não obstante as 5 faixas de rolamento do local.
À direita temos uma surpresa, a favela da Macedo Sobrinho ainda está lá, subindo a vertente do morro em grande inclinação e muito parecida com a Santa Marta, que não foi removida e não tem a mínima chance de urbanização.
Reparem bem também à direita as ruas Casuarina, Engenheiro Marques Porto e Bogari, ainda completamente vazias nas encostas do morro da saudade.
O tecido viário da rua Humaitá apesar de semelhante tem diferenças significativas, principalmente perto do viaduto Saint Hilaire, os canteiros eram mais largos, inclusive com jardins, e um curioso disciplinador de fluxo, que hoje não existe mais, perto do acesso para entrar no túnel ou para quem mora no que sobrou da rua Pio Correia.