Parcial do Centro, início dos anos 60


Estamos no início dos anos 60, pois o Ed. Av. Central já está concluído mas o da dese da Caixa ainda engatinha nos primeiros pavimentos, mas além de mostrar os dois prédios a foto, ajudada principalmente pela falta de verticalização na Rua da Ajuda nos mostra muito mais.
Na parte inferior esquerda vemos um pedaço do Ed. da Ordem Terceira do Carmo, construído no alinhamento das antigas casas de banhos, bares e sobrados que existiam alinhados junto ao velho chafariz de Grandjean, demolido no final dos anos 20, o prédio por muitos anos abrigou o loop dos bondes de Santa Teresa e que nssa época face o desmonte do Morro de Santo Antônio já não mais operava. Junto vemos uma ponta do largo da era Passos, já com a praça redonda transformada em uma tripa para facilitar o tráfego de veículos.
Podemos ver também claramente o desaparecido quarteirão entre as Ruas de São José e Assembleia, sepultado pelo PA da Av. Nilo Peçanha, que existia desde os anos 30 e só pode ser realizado com a construção do Ed. De Paoli que de um uso final ao terreno da loja A Exposição, devorada por um violentíssimo incêndio no início dos anos 40, como podemos bem obeservar pois o quarteirão só possui íntegro sua face para o Largo da Carioca estando o resto ocupado por galpões. Chama a atenção também o conjuto de prédios de concreto armado na Rua da Assembléia de 8 a 10 pavimentos entre a Rio Branco e a Gonçalves Dias, postos abaixo nos anos 70 para a contrução de dois espigões que chegam a altura do Ed. Av. Central, ajudando a quebrar a escala humana do Largo de hoje.
Ao fundo vemos a Rua da Ajuda ainda com o casario do início do séc. XX, percebemos que nem o edifício do BEG havia começado a subir, muito menos o Barão da Javari, mais ao fundo vemos o Terminal Erasmo Braga onde hoje está o Ed. Menezes Cortes, mais ao fundo  o Pal. Tiradentes a igreja de São José e o Ed. Estácio de Sá, sede de grande parte das repartições da PDF, possivelmente já EGB na época.
Identificamos vários prédios com o do Clube de Engenharia, do Cineac, o Nilomex, o Cardeal Arcoverde etc…

14 comentários em “Parcial do Centro, início dos anos 60”

    1. Eu o acho representativo de uma época, o racionalismo do modernismo na corrente bem Chicago. Era avançadíssimo quando foi construído mas hoje está em franco processo de decadência, acelerado pelo seu entorno e tipo de comércio que se estabeleceu em sua galeria.

  1. Fora o fato de ser um horror é saber que foi construído aonde ficava a Galeria Cruzeiro, um local bem com a cara do Rio e que era, indiscutivelmente, muito mais bonito e simpático.
    Foto bem bacana…

  2. Trabalhei, como estagiário de arquitetura, na HC Cordeiro Guerra, construtora e com o escritorio do predio em frente ao Central.
    Pouco tempo depois,trabalhei no proprio Av.Central alguns anos.

  3. Impressionante a foto, de aproximada mente 50 anos atrás, que nos mostra uma transição entre o antigo e o novo (para a época).
    O Avenida Central, comparado com os horrendos caixotes de vidro de hoje, nem é tão feio assim.

  4. André, meu camarada, tomei a liberdade (?!) de juntar à bela foto lá do Morro dos Cabritos, em 1940, uma outra pequena, de 1984, que mostra meu pai perto dos 70 anos. É sem tirar nem pôr o sujeito que está ao lado do calhambeque, idêntico ao carro que meu pai tinha em 1959/60. É MUITA COINCIDÊNCIA, não é mesmo? Quanto a essa foto do Avenida Central, aquele local se chamava (a não sr que me engane) TABULEIRO DA BAIANA e lá ficava um monte de Bondes, isso quando eu tinha uns 5 anos de idade, por volta de 1957/58. Como mudou o Rio, concordas?! (EM TEMPO: coloco a foto amamnhã em meu blog!

    1. Maravilha, mas acredito que aquela foto seja anterior a 1959, tem cara de ser anos 40. O Tabuleiro ficava mais para a direita inferior da imagem, onde o Av. Chile e a Alm. Barroso se juntam

  5. Salvo engano, no prédio atarracado à esquerda do Edifício Av. Central, funcionava a Casa Palermo, tradicional na venda de discos e que possuía uma cascata na entrada.
    E, também, uma das velhas confeitarias com estilo e nome franceses – a Manon – que se transferiu, totalmente desfigurada, para o final da Ouvidor, com o mesmo nome e onde acho que funciona até hoje.
    São memórias de minha infância, que já vai longe…

  6. Andre: Qual sería o custo de construção de um prédio desse
    tipo em comparação a um de alvenaría nos dias de hoje.
    Acho que não conciliamos os projetos de engenharía e arquite-
    tura de hoje com os projetos do passado , sempre havendo um imenso choque visual entre os dois. Pôe-se abaixo para
    modernizar e não conservar. As vezes restaurar custa mais
    caro que construir um novo , mas eu acho que falta bom senso no final.

  7. Olá!
    Sou produtora de um documentário de longa-metragem que está sendo produzido em Brasília, no qual acabamos utilizando a foto desta postagem
    Gostaríamos de saber se poderiam nos ajudar com a origem desta foto, para que possamos negociar os direitos de uso com seu autor ou detentor dos direitos.
    Desde já, agradeço muito a atenção

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