Rua Pereira Landim, Ramos, 1972

Com a publicação das fotos dos arredores da Estação de Ramos na semana passada, um velho post voltou a baila, e graças ao auxílio do Google Street View todas a polêmica que a ele cercava foi eliminada.
Em 03 de Dezembro de 2004 mostrávamos um ponto de taxis lotação no Bairro de Ramos ( http://www.rioquepassou.com.br/2004/12/03/taxi-lotacao-ramos-1972/ ) a falta de resolução na placa da rua criou uma indefinição em qual esquina junto aos muros da linha férrea estaríamos naquele distante ano de 1972. O Antolog praticamente encerrou a questão como profundo conhecedor dos subúrbios da cidade, mas faltava aquele arremate da “certeza” que é tão característico do site.
Pois remoendo os velhos arquivos encontrei a outra foto do lote, bem como em uma comparação com as imagens recentes do Google de fato estávamos da Rua Pereira Landim.
Na foto vemos 3 lotaçães, antigos carros americanos que terminaram seus dias de praça usados em pequenos trechos do subúrbio até a atividade ser sumariamente proibida poucos anos a frente.
Com a demolição da marquise do prédio da esquina com a Rua Leopoldina Rego, a ambiência de uma construção dos anos 40 caiu por terra, na realidade temos um sobrado dos anos 20 que teve seu primeiro piso modernizado no final dos anos 40 início dos 50 para abrigar uma agência bancária. Vemos que o embasamento de granito e os gradis nas janelas estão lá áté hoje, bem como a banca de jornais, deslocada um pouco mais para dentro da Pereira Landim, como vemos na foto recente ( http://migre.me/3YPyL ).
 Mas quase tudo está como em 1972, os oitis cresceram, a iluminação pública foi trocada e os negócios foram muito esvaziados, como aliás aconteceu com toda a região.

20 comentários em “Rua Pereira Landim, Ramos, 1972”

  1. Ninguém vai identificar os carros?
    Me parecem ser do início dos anos 40, o do meio até mais antigo. Tinham portanto cerca de 30-35 anos de uso na época. Seria como se fossem carros do fim dos anos 70/início dos 80 hoje em dia. Galaxies talvez….

  2. A foto é ótima, a história é ótima e a pesquisa complementar ótima também.
    O leitor fica satisfeito.
    Uma pergunta: Os táxis que serviam o aeroporto do Galeão no início dos anos 60 não possuíam na porta um losango semelhante a este que podemos ver neste primeiro carro?

  3. O primeiro carro é sem dúvida um Chevrolet , Vitor.
    No losango na porta está escrito ( Ramos Praia) , o segundo
    veículo não consegui identificá-lo e o último da fila me parece ser um Mercury. Foto rara de uma época distante.

  4. O que eu achei mais interessante foi a placa “Ganhe uma TV a Cores…”. Devia ser alguma “pegadinha”, já que era uma novidade em 1972.

    1. Devem vir da mesma propaganda em ganhar uma nova tv de plasma em 2006 nas Casas Bahia, caso o Brasil seja campeão. (Sorte que o Brasil não foi hexa em 2006, rsrsrs)

  5. Alguns carros , pode ser o caso desse, tinham chassi mais longo e tinham pequenos bancos entre os dianteiros e traseiros . Quanto a placa com a frase ¨ganhe um tv …
    naquela época do milagre brasileiro já não se sabia escrever:
    O certo seria: ¨ganhe um tv em cores¨.

  6. Impressionante foto… em alta resolução dá prá ver que a jabiraca está com os pneus mais lisos que os slick da F1.

  7. Olhando melhor a foto , vê-se que que o pessoas que usavam
    esse meio de transporte não eram lá muito educadas.
    Reparem na garrafinha de plástico no chão tipo que vinha com laranja e um saco de amendoim cortado. Vê-se tambem
    depois do tercerio taxi , uma Variant e depois atás dela uma
    rural acho que já fabricada pela Ford do Brasil.

  8. A Pereira Landim é hoje uma rua arborizada e de calçadas largas (erosão a parte…) Entre a Barreiros e a Leopoldina Rêgo, é de onde se percebe o trem perdido, normalmente por este passar adiantado.
    Por falar nele, ontem descobri que o recorde de passageiros da estação em questão é de 1519 embarques no dia 15 de março de 2010… A estação Tomás Coelho do metrô (a menos utilizada desse sistema), nos dias de menor movimento dá 2000 passageiros. E o bairro de Ramos tem 40 mil habitantes… O transporte de massa está desprestigiado e não consegue seduzir os passageiros para deixar de ser pendular. Uma pena.

  9. Fi até ali conferir… O imóvel em primeiro plano segue lá. Variou a fachada em função de condicionadores de ar. Dali pra trás mudou um pouco. Esse trecho fica junto à Leopoldina Rego (que margeia o trem).

  10. estes carros faziam ramos ate av brasil ponto final 940. ia tomar vacina no posto que tinha na praia de ramos saudades

  11. esta rua em ramos fazia se o transpoerte de pssageiros para a praia de ramos na minha comcepiçao foi a maior praia do mundo

  12. Que foto supimpa!
    Rua Pereira Landim, paralela à André Pinto.
    Viajei no tempo.
    Tenho 55 anos e não me recordo dessas lotações, contudo, sabemos que esse local funcionou durante muito tempo como ponto final da lotação que saía da Pereira Landim até à Praia de Ramos (mais precisamente, Rua Gérson Ferreira, no ponto final do 940)
    Vivo, desde 1991, no Ceará, mas, continuo frequentando o Rio de Janeiro. Nesse ano, aliás, estive duas vezes na cidade, uma das quais, para, em abril, infelizmente, sepultar minha querida mãe.
    Nasci na Tijuca e fui criado em Ramos (morei na Rua Baltimore, na junção das Joões Romariz e Santana).
    Estudei na Escola Edmundo Lins entre 1973 e 1977, na Rua Nossa Senhora das Graças, em Ramos, e concluí o Ensino Fundamental em Olaria, na Escola Berlim, em 1980, perto da Quadra Azul, justamente quando comecei a correr.
    Grandes memórias…
    Dos meus 25 anos de Rio, 21 foram na área da Leopoldina. Os outro 4, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador.
    Como já dizia um velho enredo da querida Imperatriz Leopoldinense, ”Recordar é viver…”
    Seria bom que obtivéssemos mais material fotográfico da época.
    Saudades do meu passado carioca.

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